Música e outras coisas
PONDO A BOCA NO TROMBONE!
Estamos na Inglaterra, no século XII. O Rei, Ricardo Coração de Leão, ausentara-se do país, a fim de lutar nas Cruzadas. Em seu lugar, havia deixado seu irmão mais novo, o astucioso e corrupto Príncipe João. Inebriado pelo poder, João iniciou uma era de desmandos e arbitrariedades e, ao contrário do irmão mais velho, considerado um soberano justo e amado por seu povo, o príncipe era um homem cruel e rancoroso. Promoveu um gigantesco aumento nos impostos e oprimia os mais pobres com uma política fiscal extorsiva.
Seu braço direito era o pérfido Xerife de Nottingham, um sádico que adorava matar e torturar pessoas de todas as idades, até mesmo crianças, e que impunha o terror em seus domínios. A população não tinha a quem recorrer e tudo parecia perdido. No entanto, eis que uma voz se insurge contra a opressão e a tirania: o nobre Robin de Locksley, filho do Barão Locksley, retorna ao lar depois de quase dez anos combatendo no Oriente, ao lado do Rei Ricardo.
Ao chegar, descobre que seu pai havia sido assassinado pelo Xerife de Nottingham e que os bens da família haviam sido desapropriados em nome da Coroa. Ele se revolta contra o tenebroso regime comandado pelo Príncipe João e decide dar um basta. Exímio no manejo do arco e flecha, Robin se torna um fora-da-lei e, baseado na floresta de Sherwood, começa um incansável combate contra as forças reais. Escudado por um grupo de fiéis seguidores, dentre eles o corajoso João Pequeno e o guia etílico-espiritual Frei Tuck, ele assume o codinome de Robin Hood e se torna uma lenda, ao desafiar o tirano e seus aliados.
Adorado pela população humilde, que o protege das investidas do Xerife e seus asseclas, Robin ganha cada vez mais simpatizantes, ao assaltar os ricos e distribuir o produto dos roubos entre os pobres. Após inúmeras aventuras, ele e seus homens conseguem, finalmente, vencer as forças malignas do Príncipe João e, com o retorno de Ricardo Coração de Leão à Inglaterra, o país volta à normalidade. Como recompensa por ter se mantido fiel ao rei, Robin é condecorado com o título de Conde de Locksley e se casa com a doce Lady Marian, uma prima distante do Rei Ricardo. Passados tantos séculos, o culto à sua memória só cresceu e se encontra representado na literatura, no cinema, na televisão e até mesmo em games.
Bom, mas afinal o que o lendário Robin Hood, personagem sobre o qual há inúmeras controvérsias, inclusive existindo historiadores que afirmam que ele sequer existiu, tem a ver com o jazz? A rigor, absolutamente nada, a não ser que algum dos expoentes do jazz britânico, como Tubby Hayes ou Derek Smith sejam seus descendentes longínquos – o que é pouco provável. Mas é que não pude deixar de lembrar do lendário personagem, ao descobrir que um dos mais inventivos e respeitados músicos do jazz também se chama Locksley.
No caso, trata-se de Locksley Wellington Hampton, que apesar do nome, não tem nenhum parentesco com o célebre Príncipe dos Ladrões e nem, adiante-se logo, com o renomado vibrafonista Lionel Hampton, apesar da coincidência de nome e sobrenome. Ainda não sabe de quem eu estou falando? Talvez o apelido ajude: Slide. Já lembrou? Claro. Mr. Locksley não é outro senão o querido Slide Hampton, um dos maiores trombonistas de todos os tempos.
Nascido no dia 21 de abril de 1932, em Jeannette, na Pensilvânia, ele provém de uma família extremamente musical. O pai, a mãe, as quatro irmãs e os quatro irmãos de Slide eram músicos. O pai, saxofonista e baterista, liderava uma orquestra em Indianápolis, para onde a família se mudou no final dos anos 30 e, virtualmente, da qual todos os filhos chegaram a fazer parte. Eventualmente um ou outro músico local era integrado ao grupo, mas o grande diferencial da banda era, justamente, possuir uma estrutura essencialmente familiar.
Slide tinha doze anos quando se agregou ao comboio musical da família e desde os oito já tocava trombone com desenvoltura. Tocando um repertório baseado em sucessos das big bands de Count Basie, Duke Ellington, Dizzy Gillespie e Stan Kenton, a Duke Hampton Band chegou a excursionar, com relativo sucesso, em Nova Iorque, se apresentando em espaços privilegiados, como o Carnegie Hall, o Apollo Theater e o Savoy Ballroom.
Em Indianápolis, o cenário musical era bastante movimentado e alguns dos melhores amigos do jovem Hampton eram o pianista Buddy Montgomery (irmão mais novo de Wes Montgomery), o trompetista Freddie Hubbard e o também trombonista David Baker, que se tornaria um dos mais renomados compositores eruditos contemporâneos. Embora o ambiente familiar fosse dos mais estimulantes, Slide tinha ambições profissionais que não cabiam naquela simpática banda da família, jê que a repercussão do seu trabalho se limitava às cercanias da cidade.
Por esse motivo, em 1952, aos vinte anos, ele aceitou o convite para se juntar à banda do veterano saxofonista Buddy Johnson, que o levou para Nova Iorque e com quem tocou por cerca de dois anos. Após a saída do grupo de Johnson, Slide atuou em algumas bandas de R&B, até ser contratado pelo vibrafonista Lionel Hampton, em 1955. Profundamente influenciado por J. J. Johnson, Slide não demorou a se firmar como uma estrela em ascensão no mundo do jazz.
Ele não guarda boas recordações do período com Lionel Hampton, a quem descreve como um líder egoísta, autoritário e indiferente aos problemas de seus comandados. A orquestra tinha músicos do gabarito de Clifford Brown, Wes Montgomery, Art Farmer, Gigi Gryce e Benny Golson, mas Slide se incomodava, sobretudo, com a ausência de compromisso de Lionel com a questão racial.
Segundo o trombonista: “Lionel Hampton era um grande músico, mas não era um grande ser humano. Ele jamais dava apoio ou condições para que seus músicos se desenvolvessem e nem os inspirava a alcançar níveis técnicos mais elevados. Ele tinha a possibilidade de ajudar muito os músicos afro-americanos, de lhes abrir portas, mas infelizmente era tão ególatra que jamais pensava nas outras pessoas”.
Por essas razões, Slide não ficou muito tempo na banda do seu xará Hampton e saiu no ano seguinte. Pouco depois, em 1957, foi contratado pelo trompetista Maynard Ferguson e esse trabalho lhe assegurou bastante notoriedade no concorrido mercado novaiorquino. Sobre Ferguson, muitos elogios, tanto no aspecto pessoal quanto no musical: “ele era um sujeito muito bacana e um trompetista formidável, extremamente querido e respeitado por seus músicos”.
À vontade naquele ambiente, Slide começou a compor e elaborar arranjos, sendo responsável por alguns dos maiores sucessos da big band do canadense, como “The Fugue”, “Three Little Foxes” e “Slides Derangement”. O trombonista permaneceria na orquestra até 1959, quando gravou “Slide Hampton and His Horn of Plenty”, para a Strand, e decidiu partir para a carreira solo, liderando seus próprios grupos. No ano anterior, ele havia chamado bastante atenção da crítica especializada ao acompanhar a trombonista Melba Liston em seu histórico álbum “Melba Liston and Her Bones”.
Como músico de apoio, Slide tocou com gigantes da estatura de Art Blakey, Curtis Fuler, Tadd Dameron, Randy Weston, Barry Harris, Nat Adderley, Thad Jones, Oscar Peterson, Dexter Gordon, Hank Mobley, Mel Lewis, Max Roach e muitos outros. Em 1962 o trombonista montou o Slide Hampton Octet, onde atuavam craques como os trompetistas Booker Little e Freddie Hubbard, o baixista Butch Warren, o baterista Pete LaRoca e o saxofonista George Coleman. Com esse grupo, Hampton excursionou várias vezes pela Europa e gravou álbuns bastante elogiados pela crítica, como “Exodus”, gravado para o selo francês Gitanes (disponível em cd na série Jazz In Paris) e “Two Sides of Slide Hampton”.
Durante muito tempo, Hampton morou em Fort Greene, no Brooklyn, em uma casa de 14 quartos, onde costumava hospedar músicos de várias partes do país e que chegavam a Nova Iorque para tentar a sorte. Eric Dolphy, Freddie Hubbard, Wayne Shorter e Wes Montgomery, por exemplo, viveram ali durante alguns meses. A casa era ponto de encontro de grandes nomes do jazz e um dos mais assíduos freqüentadores era o grande John Coltrane, que, segundo Slide, era “uma pessoa bastante humilde e uma figura humana exemplar”. Outro músico que costumava passar horas ali era seu vizinho, o baixista Bill Lee, pai do hoje consagrado cineasta Spike Lee.
Em meados dos anos 60, o trombonista trabalhou como diretor musical da gravadora Motown, trabalhando em discos de figuras seminais como Stevie Wonder e The Four Tops Thad. Ele também fez parte da Thad Jones-Mel Lewis Orchestra, onde dividia a responsabilidade pelos arranjos com Jones, o trompetista e líder da banda. Em 1967 participou do formidável álbum “Luminescense!”, sob a liderança de Barry Harris e no ano seguinte juntou-se à orquestra de Woody Herman para uma vitoriosa turnê pela Europa.
Slide gostou tanto do que viu ali que resolveu permanecer no Velho Continente, estabelecendo-se na França e depois na Holanda, onde o mercado para os músicos de jazz não havia sofrido tanta restrição quanto nos Estados Unidos. De fato, muitos músicos norte-americanos haviam feito a mesma opção e Hampton tocou com vários deles, como Benny Bailey, Don Byas, Kenny Clarke, Kenny Drew, Johnny Griffin e Dexter Gordon.
Além de trabalhar como freelancer, ele participou de inúmeros festivais e atuou em orquestras de rádio e televisão. Também comandou a “Summit Big Band”, integrada por músicos americanos e europeus e que tinha como co-líder o trompetista sérvio Dusko Gojkovic.
O trombonista somente voltaria para os Estados Unidos em 1977, quando então iniciou uma respeitada carreira de educador musical, ministrando cursos e oficinas em instituições como Harvard University, University of Massachusetts, De Paul University e Indiana University. Naquele ano Slide foi um dos destaques do álbum “Sophisticated Giant”, sob a liderança de Dexter Gordon, e que contava com uma banda onde brilhavam, entre outros, Woody Shaw, Frank Wess, Bobby Hutcherson, Benny Bailey, Rufus Reid e George Cables.
Remonta desse período a criação do “World of Trombones”, grupo que possuía uma formação inusitada, composta por nove trombones e mais sessão rítmica, e que agregou alguns dos mais talentosos trombonistas de várias gerações e estilos, como Curtis Fuller, Steve Turre, Janice Robinson e Papo Vasquez, além de contar com o suporte de craques como o pianista Albert Dailey e o baixista Ray Drummond.
Outro projeto a que Hampton se dedicou foi o Continuum, um quinteto co-liderado pelo saxofonista Jimmy Heath, dedicado a fazer a releitura da obra de Tadd Dameron. Também atuavam na banda os excepcionais Kenny Barron, Ron Carter e Art Taylor e o grupo lançou, em 1982, o formidável “Mad About Tadd: Tadd The Music Of Dameron”, pela Quicksilver.
Três anos depois, Slide gravaria um dos seus álbuns mais brilhantes, desta feita para a gravadora holandesa Criss Cross. Trata-se de Roots, no qual o trombonista se faz acompanhar por um time de primeira linha: Clifford Jordan no sax tenor, Cedar Walton no piano, David Williams no contrabaixo e Billy Higgins na bateria. As gravações foram realizadas em sessão única, no dia 17 de abril de 1985.
A faixa de abertura é um petardo concebido por Jordan, a bombástica “Precipice”, hard bop impetuoso, com tinturas de blues e recheado de dissonâncias. Potente como um dínamo, Higgins é a força motriz que alimenta e incita os companheiros. O líder tem uma atuação empolgante e seus duelos com o fogoso Jordan evocam a parceria entre Sonny Stitt e J. J. Johnson do início da década de 50.
A versão do quinteto para “Solar”, de Miles Davis, é impactante. Walton se mostra particularmente inspirado, construindo linhas harmônicas ousadas e, em muitos momentos, recriando o arcabouço melódico do tema, tornando-o irreconhecível. Slide e Jordan se mostram absolutamente entrosados, emendando solos tecnicamente perfeitos, nos quais exteriorizam não apenas a formação eminentemente bop como também a influência das vertentes contemporâneas do jazz.
A assimétrica “Roots” é de autoria de Frankie Beverly e do próprio Hampton. Fincada no blues, mas com um groove que remete ao soul jazz dos anos 60, a faixa dá amplo espaço para que todos os membros da banda possam solar. Destaques para a pegada nervosa e vigorosa de Walton, que faz uma breve citação a “Rhapsody In Blue”, de George Gershwin, e para o sopro arredio e inquieto de Jordan.
O pianista assina “Maple Street”, provavelmente o mais arrojado dos temas do álbum. Sua estrutura procura reproduzir o caos e a urgência das ruas de uma grande cidade e sua melodia enviesada remete às composições de Thelonious Monk. Hampton despeja uma sucessão de rajadas sonoras, cortantes e furiosas, enquanto o incansável Higgins expõe todo o seu virtuosismo ao inventar texturas percussivas de diversos matizes. A atmosfera por vezes claustrofóbica é amplificada pela abordagem de Walton, que extrai do piano uma sonoridade turbulenta e impregnada de blues.
O quinteto apresenta versões bastante dignas para dois standards: “My Old Flame”, de Arthur Johnston e Sam Coslow, e “Just In Time”, de Adolph Green, Betty Comden e Jule Styne. A primeira ganha uma interpretação leve, com um discreto acento bossanovístico que lhe confere charme e graciosidade. A segunda merece um arranjo anabolizado, rápido e envolvente, com direito a atuações vulcânicas de Higgins, Walton e do líder.
Charlie Parker marca presença com a exuberante “Barbados”. O líder exibe um domínio completo do idioma bop,mas também trafega com bastante intimidade pelos ritmos afro-caribenhos. A bateria de Higgins é calorosa e expansiva, trazendo para o ambiente do bebop a malemolência e o balanço da música latina. Merecem ser ouvidas com atenção as cintilantes intervenções de Jordan, um saxofonista de infinitos recursos técnicos e de uma capacidade inventiva aparentemente inesgotável. Um take alternativo de “Precipice” torna ainda mais apetitoso este álbum, um dos mais consistentes da discografia do trombonista.
Durante a segunda metade da década de 80, Slide fez parte da “Paris Reunion Band”, com quem excursionou pela Europa, apresentando-se em festivais como o North Sea e o de Montreux. A formação da banda incluía grandes nomes do jazz, como o saxofonista Johnny Griffin, os trompetistas Woody Shaw e Dizzy Reece, o baixista Jimmy Woode e o baterista Billy Brooks.
Nos anos 90, o trombonista se manteve em atividade incessante. Fez parte da lendária Dizzy Gillespie Alumni All-Stars, onde atuavam feras como Paquito D’Rivera, Airto Moreira, Também foi, durante muito tempo, arranjador da Carnegie Hall Jazz Band e em 1992 participou do DVD “Live! The Lady Sings... Jazz & Blues: Stolen Moments”, da cantora Diana Ross.
Em 1993, Slide prestou uma emocionante homenagem a Gillespie no álbum “Dedicated To Diz”, gravado para a Telarc, no qual lidera uma big band integrada por músicos de várias gerações, como Jon Faddis, Roy Hargrove, Cláudio Roditi, Steve Turre, Antonio Hart, Jimmy Heath, Danilo Perez, George Mraz e Lewis Nash.
Hampton pode exibir, com orgulho, alguns prêmios Grammy em suas estantes. O primeiro deles foi na categoria “Best Jazz Arrangement Accompanying Vocalist”, pelo arranjo elaborado para “Cotton Tail”, em gravação feita pela cantora Dee Dee Bridgewater. Ele voltaria a ser agraciado em 2005, agora na categoria “Best Large Jazz Ensemble Album”, pelo album “The Way: Music of Slide Hampton”, no qual lidera a The Vanguard Jazz Orchestra. No ano seguinte, foi indicado novamente, por conta do arranjo que fez para “Stardust”, para a Dizzy Gillespie All-Star Big Band.
Dentre as muitas homenagens recebidas ao longo de seus quase setenta anos de carreira, destaca-se o título de Jazz Master, concedido ao trombonista pela National Endowment for the Arts, em 2005. Naquele mesmo ano, Slide teve seu nome inscrito no Hall of Fame da Indianapolis Jazz Foundation. Em 2006 criou a “Slide Hampton Ultra Big Band” e lançou um álbum em homenagem a Antonio Carlos Jobim, com a participação da cantora Maucha Adnet, ex-vocalista da banda do maestro.
Em 2009 compôs “A Tribute to African-American Greatness”, onde homenageia grandes vultos africanos e afro-americanos, em diversas áreas, como Nelson Mandela, Oprah Winfrey, Tiger Woods, Thelonious Monk, Thad Jones, Dexter Gordon e Barack Obama. Slide continua a trabalhar intensamente, ministrando cursos, elaborando arranjos, gravando e, sobretudo, se apresentando em concertos e festivais pelo mundo, com a vitalidade e a energia de um garoto de dezoito anos.
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