OSSOS DE VIDRO, VONTADE DE FERRO
Música e outras coisas

OSSOS DE VIDRO, VONTADE DE FERRO


Tem gente que já levanta da cama reclamando de tudo e de todos. Não era o caso de Michel Petrucciani. Ele, certamente, não ia perder seu precioso tempo se lamentando da vida, do custo do aluguel, da derrota da seleção francesa, do frio ou do calor. A vida urgia e o pequeno Michel tinha pressa. Impunha-se degustar a vida em um único gole, sorvendo-a como se cada dia fosse o último. Afinal de contas, quando se nasce com uma doença degenerativa como a “osteogenesis imperfecta”, cada dia é, mais que o mero transcurso de 24 horas, uma vitória do espírito sobre a adversidade.

Petrucciani veio ao mundo no dia 28 de dezembro de 1962, na cidade de Montpellier, na França. A família, de origem italiana, era absolutamente devotada à música. O pai, Antoine, era guitarrista de jazz. Dois dos seus irmãos, Louis e Philippe, também eram músicos: o primeiro era baixista e o segundo, guitarrista como o pai. A doença que acometeu Michel, de origem genética, trouxe-lhe inúmeras limitações. Seus ossos eram extremamente frágeis, o que causava dificuldade para caminhar. Para realizar as tarefas mais corriqueiras, o pequeno precisava da ajuda de alguém.

Mas, em compensação, a natureza dotou-lhe de um talento sobrenatural para a música. Desde a mais tenra idade, o garoto foi exposto ao melhor do jazz e seu primeiro herói foi Duke Ellington. Certa vez, quando tinha cinco anos, assistiu a uma apresentação do maestro na televisão e decidiu: queria aprender a tocar piano. O pai, então, comprou-lhe um piano de brinquedo e o garoto, ao ver o pequeno instrumento, não escondeu seu desapontamento.

A fim de demonstrar toda a sua indignação, ele apanhou um martelo, destruiu o brinquedo a marretadas e deixou bem clara a sua vontade: “quero um piano de verdade”. Antoine trabalhava em uma base militar e ali havia um velho piano de armário, bastante danificado. Ele conseguiu autorização do comandante da base para ficar com o instrumento e o levou para casa. Conseguiu restaurá-lo e fez algumas adaptações para que o filho pudesse tocar.

O garoto, com todas as limitações impostas pela doença, não demorou a dominar o instrumento e a desenvolver uma técnica própria que o permitia alcançar grandes extensões do teclado. Ele recorda as dificuldades iniciais do aprendizado: “Quando eu era criança, tinha a impressão de que as teclas pareciam dentes. Era como se elas estivessem rindo de mim”. Todo o cuidado era pouco, pois dada a fragilidade de seus ossos, mesmo uma pequena queda da bancada poderia lhe ser fatal.

Com uma vontade férrea e muita disciplina, Michel começou a enveredar pela música erudita, tendo estudado o repertório clássico por cerca de oito anos. O garoto tomou um choque quando assistiu, ela primeira vez, a uma apresentação do virtuose Arthur Rubenstein: “Seus dedos se moviam com tamanha velocidade que parecia que eu estava assistindo a um desenho do Pernalonga. Percebi logo que jamais poderia ser tão bom quanto ele, e esse fato foi decisivo para que eu me dedicasse exclusivamente ao jazz”.

Embora fosse um aluno disciplinado e treinasse por até sete horas por dia, Michel não demorou a perceber que não tinha tanta afinidade assim com o universo da música erudita. São dele as seguintes observações: “Estudei piano clássico por oito anos. Esse aprendizado ortodoxo lhe dá disciplina e ajuda a desenvolver a sua técnica. Você aprende a levar a sério  instrumento. Mas eu cansei daquela rotina de concursos e competições. O ambiente da música clássica era burguês demais pro meu gosto”.

O amor pelo jazz, obviamente, jamais refluíra e Michel costumava tocar clássicos do estilo em casa, acompanhado pelo pai e pelos irmãos. Ellington era seu compositor favorito mas, ao piano, suas influências eram os já consagrados Bill Evans, McCoy Tyner e Herbie Hancock, além de uma estrela em ascensão que, em meados da década de 60, havia causado furor na banda do saxofonista Charlie Lloyd e agora, nos anos 70, alçava vôos cada vez mais ousados: Keith Jarrett.

O primeiro concerto de Petrucciani foi realizado em 1975, quando ele tinha treze anos. Sua primeira aparição pública em um festival de jazz aconteceu em 1978, no Cliousclat Jazz Festival. Sua figura singular, que precisava ser carregada até o piano, causou enorme curiosidade na assistência. Mas bastaram os primeiros acordes para que o público esquecesse dos problemas físicos do pianista e se concentrasse na música que emanava daquele corpo diminuto, que media pouco menos de um metro e vinte centímetros de altura e pesava apenas trinta quilos.

Uma verdadeira lenda do jazz, o trompetista Clark Terry, estava presente naquela edição do festival. Por coincidência, ele estava sem pianista em sua banda e andava à procura de alguém para acompanhá-lo naquela noite. Ao ser apresentado pelos produtores do festival ao pequeno Michel, Terry não botou muita fé nas habilidades do rapaz. Pediu, então, para que Petrucciani tocasse um blues e pouco menos de dois minutos foram suficientes para que o veterano trompetista tivesse certeza de que estava diante de um fenômeno.

O início da carreira profissional, como tudo na vida de Michel, também foi bastante penoso. Além dos baixos cachês e da desconfiança dos donos de clubes e produtores de festivais, em relação ao seu talento como instrumentista, o jovem viveu aventuras dignas de um personagem de histórias de espionagem. Já liderando seu próprio trio, ele viajava pelo interior da França, tocando em qualquer lugar que aparecia. Nessa época, era comum que o seu produtor entrasse nos hotéis com o pianista escondido em uma mala, a fim de economizar nas despesas com hospedagem.

A partir de 1981, após uma consagradora apresentação no Festival de Jazz de Paris daquele ano, as coisas mudaram radicalmente e Petrucciani passou a ser um dos mais requisitados jazzistas do cenário europeu. Ele nem completara 20 anos e já podia se orgulhar de ter tocado com figuras do calibre de Aldo Romano, Lee Konitz, Chuck Israels e Kenny Clarke, entre outros. Em 1982, durante sua primeira excursão aos Estados Unidos, ele resolveu procurar Charles Lloyd, que havia se afastado do mundo do jazz e curtia uma aposentadoria precoce. Através de amigos comuns, Michel chegou até a mansão do saxofonista, em Santa Barbara, na Califórnia.

Vivendo dos direitos autorais dos mais de cinco milhões de discos vendidos nos anos 60 e 70, Lloyd certo dia recebeu a inesperada visita daquele pequenino francês que se anunciava pianista de jazz. Intrigado, o saxofonista convidou Petrucciani para entrar, ofereceu-lhe a bancada do Steinway e convidou-o a tocar um pouco. Os dois passaram os dois dias seguintes tocando e, ao final da maratona, Michel havia convencido o saxofonista a voltar aos palcos. “Michel mudou a minha vida. Nunca imaginei que eu fosse voltar a tocar em público”, confessou Lloyd em uma entrevista.

Ocupando um lugar que quinze anos antes havia sido do ídolo Keith Jarret, Petrucciani se tornou, rapidamente, um astro em ascensão. O novo quarteto de Lloyd era complementado pelo contrabaixista Palle Danielsson e pelo baterista Son Ship. Com o espírito renovado pela força criativa de Michel, o saxofonista voltou à rotina de concertos e gravações, apresentando-se nos Estados Unidos, Europa e Japão, tendo sempre uma ótima receptividade por parte de público e crítica.

Ao mesmo tempo, o pianista não descuidava da própria carreira solo e embora já tivesse gravado alguns discos por selos europeus, o sucesso de vendagens viria mesmo após assinar com a Blue Note. Ele foi o primeiro músico de jazz francês a ser contratado pela lendária gravadora de Alfred Lion e seus discos lançados ali, como “Live at the Village Vanguard” (1984), “Michel Plays Petrucciani” (1989), “Live” (1991) e “Promenade With The Duke” (1993), se alinham entre os melhores de sua extensa discografia.

Em fevereiro de 1985, o quarteto de Charles Lloyd, com Petrucciani ao piano, fez um memorável concerto no Town Hall, em Nova Iorque. O resultado pode ser conferido no DVD “One Night with Blue Note”, dirigido por John Charles Jopson. Posteriormente, o diretor confessaria que durante as filmagens foi às lágrimas em diversos momentos do show. Outro momento inesquecível na carreira do pianista foi a sua apresentação no Festival de Montreux de 1986, ao lado dos portentos Wayne Shorter e Jim Hall. A apresentação foi gravada e lançada em CD pela Blue Note, no magistral “Power Of Three”.

Na vida amorosa, Michel se revelava um verdadeiro sedutor. Casou-se com Erlinda Montano, para quem compôs “To Erlinda”, com Marie Laure Roperch, com a pianista Gilda Buttà e, finalmente, com Isabelle Mailé. Teve um filho, Alexandre, com Roperche, que também é portador da “osteogenesis imperfecta”. Além disso, era um farrista incorrigível e, além das mulheres, também era chegado ao álcool e às drogas.

A cantora Joyce, que foi sua amiga e conviveu de perto com ele, relembra algumas histórias engraçadas sobre ele: “Fomos amigos, privamos de uma razoável proximidade. (...) A cada vez que passávamos por NY a trabalho e ele estava lá, ou ele ia nos ver ou nós a ele. Em 1992 fizemos uma temporada numa casa novaiorquina chamada Ballroom, hoje extinta, e ele apareceu por lá quase todas as noites. E também o vimos outras tantas vezes tocando no Vanguard, com nosso também amigo Joe Lovano e com Charles Lloyd. (...) Passamos uma divertida noite no apartamento dele na 12th Street. Nessa noite ele propôs ao Tutty: ‘você é alto e forte, mas é gago; eu sou deficiente e só tenho 1,20m, mas falo pra caramba. A gente podia fazer uma dupla’. Michel era genial, mesmo com sua língua de trapo e sua compulsão por mulheres, drogas e bombons. Chegamos a planejar um disco ou uma parceria juntos, que nunca se materializou”.

Se a vida amorosa era movimentada, mais movimentada ainda era a sua agenda de shows. Petrucciani atravessou a década de 80 como uma das atrações mais disputadas do circuito de festivais de jazz ao redor do planeta. Para que se tenha uma idéia do seu prestígio, em 1989 ele recebeu a vultosa importância de vinte e seis mil dólares para participar do álbum “Manhattan Project” (Blue Note) ao lado do baterista Lenny White, do saxofonista Wayne Shorter, do baixista Stanley Clarke e do tecladista Gil Goldstein.

Aquela década também foi pródiga em homenagens ao pianista, que eram de todos os tipos e provinham de todos os lugares. O jornal Los Angeles Times escolheu o pianista como “Jazzista do Ano”, em 1983. Pouco tempo depois, também seria escolhido como “Melhor Músico de Jazz Europeu”, pelo Ministério da Cultura da Itália e, na terra natal, recebeu o importante “Prêmio Django Reinhardt”. Já era, então, um artista mais do que consagrado.

Petrucciani tocou com, virtualmente, todos os grandes nomes do jazz em atividade nos anos 80 e 90, na maior parte das vezes liderando as sessões. Em seus discos ou concertos, dividiu os estúdios e palcos com estrelas do gabarito de Jack DeJohnette, John Abercrombie, Dave Holland, Tony Williams, Eddie Gomez, Joe Lovano, Stanley Clarke, Romero Lubambo, Niels-Henning Ørsted Pedersen, David Sanborn, Cecil McBee, John Scofield, Gary Peacock, Freddie Hubbard, Warne Marsh, Stephane Grappelli, Al Foster, Joe Henderson, Billy Hart, Gerry Mulligan, Dizzy Gillespie, Tânia Maria, Roy Haynes e muitos mais.

Em 1992, Petrucciani fez uma aplaudida excursão pela Europa, tocando em dueto com o pai, Antoine, em uma turnê que recebeu o sugestivo nome de “Tal pai, tal filho”. Dois anos depois, receberia mais uma importante homenagem: o título de Cavaleiro da Legião de Honra, uma das mais prestigiosas comendas concedidas pelo governo da França.

Em novembro de 1997, durante uma temporada japonesa no clube Blue Note, Petrucciani gravou o excepcional álbum ao vivo “Trio in Tokyo”, lançado pelo selo francês Dreyfus. Secundado pelo baterista Steve Gadd e pelo baixista Anthony Jackson, Petruccianni se apresenta em estado de graça. Notável não apenas como intérprete, ele aqui exibe sua não menos brilhante faceta de compositor – dos nove temas, sete são de sua autoria.

A exuberante “Training” foi escolhida para abrir o disco, com seu ritmo pulsante e seu andamento supersônico. Bebop em estado bruto, o tema exige de Gadd e Jackson coesão e agilidade. O dedilhado de Michel é rico, generoso, feérico, opulento, desafiador. É um pianista expansivo e, ao contrário de craques que se notabilizaram pelo uso econômico do teclado, como John Bunch, ele é capaz de percorrer as 88 teclas com furiosa competência e um sentido harmônico ímpar. Jackson usa o contrabaixo elétrico durante todo o concerto, mas consegue extrair do seu instrumento uma sonoridade ressonante e amadeirada, à Steve Swallow, assemelhada à de um contrabaixo acústico.

Acompanhado por dois músicos extremamente habilidosos, o pianista passeia pelos cânones do post-bop em “September Second”, com uma abordagem contemporânea, mas longe de ser hermética. Gadd é um dínamo, incapaz de perder o tempo exato da batida e seu trabalho com os pratos beira o imponderável. Jackson, outro instrumentista de grande talento, faz uma marcação impecável, deixando Petrucciani livre para acelerar os andamentos, digitar com a voracidade de um monstro antediluviano e deixar perplexo o mais cético dos jazzófilos.

A balada “Home” é delicada e melodiosa, com um discreto acento bossanovístico que remete a imagens lúdicas e paradisíacas, com uma parte final surpreendente, na qual o trio vai acelerando até atingir uma espécie de êxtase melódico, retornando novamente ao clima ameno do início. Em “Little Piece in C for U” Michel e seus homens excursionam pela nem sempre confortável zona do jazz de vanguarda, construindo um vertiginoso caleidoscópio harmônico, intrincado e cheio de dissonâncias, com atuações primorosas de Gadd e Jackson, que se mostra um virtuose do contrabaixo elétrico, na melhor tradição de Jaco Pastorius.

Mais uma balada, “Love Letter” tem uma atmosfera quase impressionista, com elementos da música erudita que fazem lembrar as composições de Bill Evans. Sua melodia é sóbria e a abordagem de Petrucciani é comedida e muito elegante. Destaque para a hipnótica linha de baixo construída por Jackson e a sonoridade amadeirada que ele extrai do seu instrumento – pode-se jurar que ele está tocando um contrabaixo acústico e usando o arco.

A inebriante “Cantabille” começa em ritmo lento e vai acelerando até o final apoteótico, com Michel repetindo a mesma nota, de forma cada vez mais rápida e alucinada Jackson e Gadd, impávidos, seguem as imponentes alegorias sonoras do líder com vigor e muita potência. Rápidas citações a “Blues Skies” e “Without a Song”, tinturas de soul e funk e uma batida infecciosa acrescentam histamina ao tema.

“Colors” é uma balada de harmonia intrincada e melodia dissonante, que segue em um crescendo, como se fosse uma espiral de harmonias, com direito a citações a “But Not for Me” e “But Beautiful”. A originalidade da abordagem de Petrucciani e o lirismo de seu dedilhado criam uma atmosfera de intimidade com o ouvinte. Seu toque é sempre incisivo e o discreto acento de bossa nova que ele imprime ao tema provoca um belo contraste entre as passagens mais reflexivas e as mais exuberantes.

A versão devastadora de “So What” é a síntese do gênio criativo de Petrucciani. Com clareza, inventividade e fluência, ele recria a composição de Miles Davis, tornando-a algo novo e completamente surpreendente. A permanente tensão entre graves e agudos, a investigação de novas possibilidades rítmico-harmônicas, a interação telepática entre piano, contrabaixo e bateria, as trocas inesperadas de andamento, os diálogos sempre inflamados, enfim, são muitos os predicados desta que é, sem dúvida, uma das faixas mais empolgantes do disco.

Um dos mais empolgantes e conhecidos temas do jazz, “Take de A Train”, foi o escolhido para fechar o disco. A composição de Billy Strayhorn ganha um novo fôlego, graças à interpretação poderosa do trio. Com uma abordagem moderna e sem medo de cometer algumas “heresias” (pelo menos do ponto de vista dos puristas mais renhidos), Petrucciani injeta uma dose cavalar de adrenalina. Gadd é outro músico ousado e sua batida incorpora elementos de samba, sem que isso soe pitoresco ou inverossímil. Um disco formidável e uma excelente porta de entrada para o universo mágico e encantador desse pianista magistral.

1998 marca o lançamento do estupendo “Both Worlds”, novamente para a Dreyfus Records, no qual o Michel lidera um sexteto multinacional integrado pelos norte-americanos Anthony Jackson (contrabaixo), Steve Gadd (bateria) e Bob Brookmeyer (trombone), e pelos italianos Flavio Boltro (trompete) e Stefano di Battista (saxes alto e soprano). Todas as composições são de autoria de Petrucciani, com arranjos de Brookmeyer.

Trabalhando em um ritmo frenético, o pianista cumpriu uma exaustiva temporada de mais de 140 concertos naquele ano. É possível que essa rotina tão estafante tenha contribuído para precipitar as coisas, mas o certo é que no dia 06 de janeiro de 1999, Michel Petrucciani faleceu, em decorrência de uma infecção pulmonar, em Nova Iorque. Seu corpo foi enterrado no cemitério Le Père Lachaise, em Paris, onde estão os restos mortais de gigantes da cultura ocidental como os escritores Marcel Proust e Oscar Wilde, o compositor Frédéric Chopin e o vocalista da banda de rock The Doors, Jim Morrison.

Ao saber da prematura morte de Petrucciani, o então presidente da França, Jacques Chirac, seu fã declarado, emitiu uma nota de pesar na qual afirma que o pianista “renovou a linguagem jazzística, entregando-se de corpo e alma à sua arte, com paixão, coragem e genialidade musical. Ele foi um exemplo para todos nós”.

Para o estudioso Sylvio Lago, Petrucciani era um pianista de “aptidões múltiplas, com o frágil corpo capaz de uma vigorosa impulsão rítmica e amplitude dinâmica”. Ainda de acordo com o pesquisador, Michel era capaz de extrair do piano grande força sonora e aproveitava “todos os recursos polifônicos do instrumento, das graduações e intensificações das sonoridades ao fraseado límpido e coerente em suas linhas melódicas e chorus da improvisação”.

O desassombrado Petrucciani jamais deixou que as dificuldades o abatessem. Sua filosofia de vida era simples e direta: “Tudo o que eu quero na vida é me divertir com o que faço. Jamais deixarei que alguém ou alguma coisa me impeça de fazer as coisas que eu tenho vontade de fazer”. Lamentavelmente, o pianista morreu sem ter conseguido realizar o seu grande sonho: montar uma escola de jazz em Paris, nos moldes das norte-americanas Berklee e Juilliard.

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