Música e outras coisas
A BALADA DO SOLDADO
Franklin Benjamin Foster nasceu no dia 23 de setembro de 1928, em Cincinnati, Ohio. Filho da professora Lillian Watts Foster e do funcionário dos correios Frank B. Foster, o garoto cresceu em uma cidade culturalmente bastante rica. Localizada na confluência entre os estados de Ohio, Indiana e Kentucky, Cincinnati era um dos principais destinos dos enormes contingentes de negros que, nos primeiros anos do século vinte, deixaram a empobrecida e segregacionista região sul dos Estados Unidos, em busca de melhores condições de vida e trabalho.
A cidade também recebeu uma enorme gama de imigrantes europeus ao longo de sua história, especialmente italianos e alemães. Musicalmente, de lá saíram artistas notáveis, como Dinah Shore, Fats Waller, Rosemary Clooney, George Russell e James Brown. Um dos maiores orgulhos dos habitantes da cidade é o renomado Cincinnati Conservatory of Music, ligado à University of Cincinnati.
Embora não pertencesse a uma família musical, Frank dispunha de um piano em casa e aos seis anos de idade começou o aprendizado no instrumento, pelas mãos de Artie Matthews. Como ocorria na maioria dos casos, o primeiro contato com a música se deu no âmbito erudito e o garoto logo desenvolveu uma enorme afeição pela música do russo Tchaikovsky.
A paixão pela música clássica era estimulada pela mãe, que costumava levar o garoto aos concertos que a Cincinnati Simphony costumava realizar na cidade. Durante seis meses o garoto foi um dedicado aluno, mas um acidente obrigou-o a abandonar os estudos musicais. Frank foi atropelado por um caminhão e passou cerca de dois meses hospitalizado, com fraturas nas pernas e várias escoriações pelo corpo.
Felizmente, o acidente não deixou seqüelas, mas somente cinco anos mais tarde, quando estava com onze anos, ele voltaria a estudar música. O instrumento escolhido foi a clarineta e, graças à influência do irmão mais velho, Charles Amos Foster, Frank começou a prestar atenção ao jazz, que até então lhe era pouco familiar.
Charles costumava freqüentar o Coliseum, onde se apresentavam algumas das principais big bands da época, como as de Count Basie, Duke Ellington, Jimmie Lunceford e Erskine Hawkins. Embora não tivesse idade para freqüentar esses bailes, Frank ficou bastante interessado pela música que essas bandas produziam e que tornavam aquele período musicalmente tão estimulante.
Frank ganhou a clarineta de presente ao pai e, de posse do instrumento, passou a freqüentar a Wurlitzer Music Store, onde recebeu aulas por quase um ano, com o clarinetista Bud Rohs. O aprendizado musical e a intensiva audição de discos de jazz levaram o garoto a adicionar o saxofone ao seu rol de afinidades.
Graças ao trabalho de gente como Willie Smith, Johnny Hodges e Earle Warren, estrelas, respectivamente, das orquestras de Jimmy Lunceford, Duke Ellington e Count Basie, Foster se apaixonou pela sonoridade do instrumento. Em pouco tempo já era capaz de realizar proezas admiráveis com o sax alto e em 1942 foi contratado por Charles Danzi, que comandava uma das orquestras de baile mais populares de Cincinnati.
Em seguida, ingressou em outra banda local, a Jack Jackson’s Jumping Jacks e ali conheceria o trompetista Matthew Garrett, pai da cantora Dee Dee Bridgewater. Outro músico com quem fez amizade na época foi o tenorista Tom McClure, que o inspirou a se aventurar pelo sax tenor. Frank ainda passaria por uma infinidade de bandas locais, como as de Andrew Johnson e de Tommy Smith, tocando em clubes como o Cincinnati’s Cotton Club e o Sportsman’s Club, em Covington.
A bordo dessas orquestras, Frank viajou exaustivamente pelas cidades da região. Dayton, Springfield, Portsmouth, Lexington eram destinos freqüentes e os bailes eram sempre para platéias negras. Foster recorda aquele período difícil: “Nós tocávamos apenas para negros. Não havia platéias mistas naquela época. Ou o público era composto apenas de negros ou era apenas de brancos”.
As apresentações e viagens eram realizadas apenas aos finais de semana e Foster não teve maiores dificuldades para conciliar o trabalho e os estudos. Em seu último ano no ensino médio, organizou a banda da escola e elaborou todos os arranjos. Após a conclusão do ensino médio, ele foi estudar música na Wilberforce University, onde ingressou em 1946. Suas primeiras opções haviam sido o Oberlin Conservatory e o Cincinnati Conservatory, mas essas instituições, na época, não admitiam negros.
Frank já era então um consumado admirador de Lester Young, Buddy Tate, Don Byas e Ben Webster e havia optado, em definitivo, pelo sax tenor. Na universidade, fez parte de uma banda chamada Wilberforce Collegians, e se tornou bastante próximo do trompetista Freeman Lee. Os dois voltariam a tocar juntos muitos anos depois, na banda do pianista Elmo Hope.
Frank se tornou, rapidamente, um dos esteios da banda, responsável pelos arranjos e também por algumas das composições incluídas no seu repertório. Em 1947 a banda venceu um concurso nacional, promovido pelo jornal The Pittsburgh Courier, cujo prêmio foi uma viagem a Nova Iorque, para se apresentar no Carnegie Hall, dividindo o palco com as orquestras de Lucky Millinder, Billy Eckstine, Count Basie e Duke Ellington. Durante aquela viagem, ele pôde freqüentar os mitológicos Three Deuces e Onyx Club onde assistiu, extasiado, a apresentações de Fats Navarro, Miles Davis, Bud Powell e Charlie Parker. Bird era um ídolo e vê-lo ao vivo fez com que a admiração de Foster aumentasse ainda mais.
Durante o verão de 1949, o trompetista Snooky Young, encantado com o talento de Foster, o convidou para uma temporada de seis semanas em Detroit. O saxofonista adorou o cenário musical da cidade. Ele conta: “Detroit era um verdeiro paraíso, um dos principais pólos do jazz e parada obrigatória se você quisesse tentar a sorte em Nova Iorque. Ali estavam os Irmãos Jones – Thad, Hank e Elvin – Kenny Burrell, Tommy Flanagan, Barry Harris, Doug Watkins, Paul Chambers, Sonny Red. A lista era interminável”.
Terminada a temporada com Young, Frank quis permanecer na cidade. O destino atendeu seu desejo, mas não exatamente da maneira que ele havia planejado. Certa noite, após uma gig, Foster deixou seus instrumentos – um sax alto, um tenor e uma clarineta – no clube, onde tocaria na noite seguinte. Um amigo do alheio passou pelo local e surrupiou-lhe as ferramentas de trabalho.
Sem se deixar abater, o saxofonista apanhou o limão e fez uma suculenta limonada. E recorda o fato: “Eu usei o roubo dos instrumentos como desculpa para continuar na cidade. Dizia para todo mundo que tinha que encontrá-los, pois era uma questão de honra”. O certo é que ele não se esforçou muito para ter os instrumentos de volta, preferindo tocar com os atrevidos músicos da cidade. Ali também fez amizade com Wardell Gray, que na época fazia parte da orquestra de Count Basie.
O período em Detroit foi marcante também para os músicos da cidade, que pelos próximos anos o veriam como uma espécie de espelho. O pianista Tommy Flanagan, em uma entrevista, declarou: “Frank Foster exerceu uma grande influência sobre os jovens músicos de Detroit. Ele compôs um bocado de temas bastante originais. Nós costumávamos a comparar Frank a John Coltrane”.
Cerca de um ano depois, voltou para Cincinnati e continuou a tocar em bandas da região, até ser convocado pelo exército, em abril de 1951. Designado para uma base na Califórnia, ele passou uma semana em San Francisco e ficou boquiaberto com a força da cena local. Era possível ver de perto, em locais como o Jimbo's Bop City e o Jackson's Nook, astros como Dexter Gordon.
O primeiro encontro entre os dois foi bastante pitoresco. Vestido com a indumentária do exército, Frank decidiu participar de uma jam session liderada por Gordon. Como não era conhecido na cidade, disse que havia tocado com Sonny Stitt, o que era mentira, e subiu ao palco. Decidido a testar as habilidades do soldado, Dexter emendou uma versão supersônica de “Cherokee”, mas o garoto não se intimidou e segurou a onda com maestria. Após um duelo que durou vários minutos, a batalha terminou sem vencedores, para delírio da privilegiada assistência. Como recompensa, Foster ganhou o respeito de Gordon, que lhe deu o apelido de “Soldier Boy”.
Já a experiência com outra lenda do jazz não foi tão feliz. Foster participava de uma gig, quando soube que Lester Young estava na platéia. Empolgado, o jovem quis impressionar Pres e atacou o saxofone com toda a volúpia dos seus 22 anos, espalhando pelo ar uma cornucópia de acordes.
Ao final do show, soube por terceiros o que Young havia achado de sua performance: “Não gostei. Ele toca muitas notas”. Muitos anos depois, ele recorda o episódio e suas conseqüências: “Eu fiquei arrasado, era como se tivesse sido tragado pelo chão. Aquela foi uma valiosa lição sobre como não fazer uma abordagem musical.”
Após servir no Japão e na Coréia, onde, felizmente, foi destacado para o setor de suprimentos e foi poupado de entrar em combate, ele foi dispensado do exército em maio de 1953. Alguns meses depois, Frank daria início à associação que, pelos anos vindouros, marcaria sua vida e sua carreira, ao receber um convite de Count Basie para integrar a sua orquestra. Sem pestanejar, o saxofonista pegou suas coisas e se mandou para Nova Iorque, apresentando-se ao novo patrão no dia 27 de julho.
Poucos meses antes, quando já havia deixado as forças armadas, Frank foi assistir a uma apresentação da big band de Basie no Graystone Ballroom e soube que o pianista, então, buscava um substituto para Edie “Lockjaw” Davis. Dois ex-colegas da época do Wilberforce Collegians, o saxofonista Ernie Wilkins seu irmão, o trombonista Jimmy, o reconheceram e o chamaram para subir ao palco.
Com a orquestra, Frank tocou “Body and Soul” e “Perdido” e agradou Basie, que elogiou sua atuação, deu-lhe uma piscadela e disse: “Eu vou entrar em contato com você, garoto”. Três longos meses depois ele realizava o sonho de tocar na mais poderosa máquina de swing que o jazz já havia produzido.
Como que para premiá-lo, naquela mesma noite Foster vivenciou um dos momentos mais marcantes de sua longa carreira musical. Ele havia ido ao Birdland, com a cantora Sheila Jordan, para assistir a uma apresentação de Charlie Parker e comemorar o seu ingresso na banda de Basie. No meio do concerto, Bird chamou-o ao palco e os dois tocaram juntos “Dance of the Infidels”, de Bud Powell.
Foi uma experiência inesquecível. Ele rememora: “Acho que eu causei uma boa impressão e durante a execução ele exibiu vários truques que apenas músicos muito experientes são capazes de fazer.Depois do show nós conversamos brevemente, mas para dizer a verdade eu estava tão extasiado que nem lembro direito o que eu disse a ele ou o que ele me disse. Eu fiquei em um delicioso estado de choque”.
Em maio de 1954, quando já havia se estabelecido como uma das vozes mais proeminentes da orquestra de Basie, da qual seria também o diretor musical, compositor e um dos seus principais arranjadores, Frank gravou pela primeira vez como líder, para a Blue Note. A seu lado, o trombonista Bennie Powell, o pianista Gildo Mahones, o contrabaixista Percy Heath e o baterista Kenny Clarke.
Foster se tornou amigo inseparável de outro destacado solista da orquestra, o saxofonista Frank Wess. Foram onze anos de turnês pelo mundo, gravações históricas, apresentações em programas de TV como The Jackie Gleason Show, The Dinah Shore Show e The Garry Moore Show. Frank conheceu pessoalmente astros como Jerry Lewis, e esteve presente em gravações da banda com gente do calibre de Sarah Vaughan, Nat “King” Cole, Ella Fitzgerald, Lena Horne e Frank Sinatra.
Como compositor, assinou inúmeros sucessos que seriam imortalizados por Basie e seus comandados, como “Shiny Stockings”, “Didn’t You”, “Down for the Count”, “Four, Five, Six”, “Rare Butterfly”, “Blues Backstage”, “Back to the Apple”, “Discommotion” e “Blues in Hoss Flat”, apenas para citar algumas de suas composições.
Seu papel de destaque na orquestra não impedia que ele desenvolvesse uma prolífica carreira como músico de estúdio,participando de álbuns de craques como Joe Newman, Buck Clayton, Harry “Sweets” Edison, Thelonious Monk, Kenny Burrell, Frank Wess, Thad Jones, Hank Jones, Duke Pearson, Benny Goodman, Ray Charles, Eddie Higgins, Kenny Dorham, Richard “Groove” Holmes e uma infinidade de outros.
A relação com os músicos de Detroit permaneceu bastante intensa e um dos grandes momentos de Foster pode ser conferido no álbum “All Day Long”, onde o saxofonista está rodeado de grandes nomes surgidos naquela cidade. Embora os créditos apontem o guitarrista Kenny Burrell e o trompetista Donald Byrd como líderes da sessão, é Frank quem brilha com uma intensidade superior, não sendo exagero dizer que sua atuação deslumbrante chega a ofuscar os demais parceiros.
Gravado para a Prestige no dia 04 de janeiro de 1957, o disco traz, além de Foster, Byrd e Burrell, o pianista Tommy Flanagan, o baixista Doug Watkins e o baterista novaiorquino Art Taylor. A faixa de abertura é um blues estupendo, composto por Burrell mas que dá a todos os integrantes do sexteto uma excepcional oportunidade para que exibam seus talentos superlativos. São quase dezenove minutos de virtuosismo, criatividade, histamina e muita técnica, com direito a solos exuberantes, especialmente os de Burrell, Foster e Byrd.
“Slim Jim” é um had bop de autoria de Byrd, que protagoniza um sensacional duelo com Foster. Motivados e bastante competitivos, os dois disparam frases nervosas e certeiras, que empolgam o ouvinte e contagiam os outros integrantes da banda. Flanagan executa um solo transbordante de energia, Burrell se esbalda com uma pegada funky e Taylor acrescenta um leve componente latino ao tema.
Byrd também comparece com a ótima “Say Listen”, outro petardo sonoro de alta voltagem. Burrell faz o primeiro solo e sua abordagem é sempre melodiosa e energética. Em seguida vem Foster e seu sopro é agressivo, ríspido e muito imaginativo. Adotando uma postura semelhante, o autor do tema descarrega um discurso eloqüente e ferino, dentro da melhor tradição de antecessores como Fats Navarro.
Art Taylor faz a breve, porém explosiva, introdução de “A. T.”, composição feita por Foster em homenagem ao baterista, que também elabora um solo tecnicamente irrepreensível. Embora o saxofonista tenha se consagrado na orquestra de Count Basie, cujo repertório era essencialmente calcado no swing, é em no contexto bop que ele consegue exibir a plenitude de sua arte. Seus improvisos somam uma técnica magistral a uma paixão incontrolável e o resultado é arrebatador. Destaque também para as atuações de Flanagan e Burrell, particularmente inspirados.
Para fechar o disco, o sexteto emenda outra composição de Foster, a inebriante “C. P. W.”. Com um andamento mais cadenciado e um groove que a aproxima de trabalhos como os dos Jazz Messengers ou do Clifford Brown-Max Roach Quintet, a faixa tem muitas qualidades, como os sopros que atuam em uníssono e uma indiscutível presença do blues. Foster e Burrell improvisam de modo exemplar e patrocinam alguns dos solos mais consistentes do álbum. Uma aquisição preciosa, que consegue, em suas cinco faixas, captar o espírito espontâneo e aglutinador do jazz.
Cansado da rotina de viagens e concertos, Foster saiu da orquestra de Basie em 1964, decidido a priorizar a carreira de arranjador, realizando trabalhos para Sarah Vaughan, Tony Bennett e Frank Sinatra. Entre 1970 e 1975 co-liderou um grupo com Elvin Jones, por onde passaram feras como George Coleman, Dave Liebman, Joe Farrell e Steve Grossman. Outra associação bastante produtiva foi com a Thad Jones–Mel Lewis Orchestra.
Durante a década de 70, enveredou pela educação musical, permanecendo por cerca de um ano como artista residente no New England Conservatory of Music, em Boston, em 1971. Naquele mesmo ano, começou a dar aulas em várias escolas públicas da região de Nova Iorque, dentro do programa “Cultural Enrichment Through Music, Dance, and Song”. Entre 1972 e 1976 foi professor assistente do State College of New York.
O saxofonista montou uma série de pequenos grupos, como o “Living Color” e o “”, e as orquestras “The Non-Electric Company” e “Loud Minority Big Band”. Também formou, com o velho amigo Frank Wess, um elogiado quinteto, no início da década de 80. Em 1985 realizou uma longa excursão pela Europa, acompanhando o organista Jimmy Smith.
No ano seguinte, Foster sucederia Thad Jones na direção musical da nova Count Basie Orchestra, permanecendo ali até 1995. Ele recebeu dois prêmios Grammy, por seus trabalhos com Diane Schuur (melhor arranjo em acompanhamento vocal por “Deedles’ Blues”, em 1987) e George Benson (por “Basie’s Bag”, na categoria de melhor arranjo instrumental de jazz, em 1988), além de ter sido indicado outras vezes, por arranjos feitos para Charles Trenet e Frank Wess. Em sua discografia como líder, registram-se gravações para Blue Note, Savoy, Prestige, Catalyst, Denon, Concord, Bee Hive, Challenge, EPM e Arabesque.
Seus arranjos e composições já foram interpretados por grandes orquestras e pequenos conjuntos, onde se destacam The Carnegie Hall Jazz Ensemble, The Detroit Civic Symphony Orchestra, The Ithaca College Jazz Ensemble, The Jazzmobile Corporation of New York City, The Lincoln Center Jazz Orchestra, e The Metropole Orchestra of Hilversum, na Holanda. Elaborou, a pedido de Dizzy Gillespie um arranjo para “Con Alma”, a ser executado pela London Philharmonic Orchestra, com regência de Robert Farnon, em 1983.
Em 2001 Foster sofreu um AVC, que comprometeu seus movimentos e o impediu de tocar. Mas não conseguiu tirar-lhe o ímpeto criativo e nem o talento como arranjador. Um dos seus últimos trabalhos foram os arranjos para o álbum “A Swinging Christmas” (Sony, 2008), de Tony Bennett, que conta com a participação da Count Basie Orchestra.
Em 1987 recebeu o título de doutor Honoris Causae da Wilberforce University, onde havia ingressado como aluno, quase 40 anos antes. No ano de 2002, a National Endowment for the Arts lhe concedeu o título de Jazz Master, maior honraria a que um músico de jazz pode aspirar e em 2007 seria a vez de ser nomeado Living Jazz Legend, pelo Kennedy Center.
Em 2009 Frank foi agraciado com o Living Legacy Award, concedido pela Mid Atlantic Arts Foundation. Kenny Barron fez o show que encerrou a cerimônia de entrega do prêmio, no Terrace Theatre do Kennedy Center, em Nova Iorque. Ainda naquele ano, teve a sua suite “Chi-Town is My Town and My Town’s No Shy Town” executada pelo Chicago Jazz Ensemble, sob a direção do trompetista Jon Faddis, no Harris Theater, em Chicago. Foster doou seus arquivos, incluindo fotos, partituras e gravações, para a Duke University.
Apesar dos problemas de saúde, ele também doou o saxofone que usou em várias gravações com a orquestra de Count Basie, para a Jazz Foundation of America, a fim de ajudar as vítimas do furacão Katrina, que devastou New Orleans em 2005. Foster se mantém ativo até hoje, compondo e elaborando arranjos, na tranqüilidade do seu lar, em Chesapeake, Virginia, onde mora com a esposa, Cecilia Foster, sua companheira há mais de quarenta anos.
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