O PEQUENO GIGANTE
Música e outras coisas

O PEQUENO GIGANTE



É provável que o nome Milton Michael Rajonsky não signifique muita coisa para a imensa maioria dos fãs de jazz. Mas se você perguntar a algum deles se conhece Shorty Rogers, apelido pelo qual o Milton ficou conhecido, a resposta só pode ser uma: sim! E, tenho certeza, esse “sim” virá acompanhado de um sorriso de orelha a orelha, pois Shorty é um dos mais talentosos e queridos músicos de todos os tempos, uma das principais cabeças pensantes – ou seria sacolejantes? – do movimento West Coast e sinônimo de jazz de ótima procedência. Baixinho na estatura – daí o apelido – Rogers é um verdadeiro gigante do jazz.

Esse fabuloso trompetista, compositor, bandleader e arranjador nasceu no dia 14 de abril de 1924. Oficialmente, o músico veio ao mundo em Great Barrington, mas sua família morava Lee, cidadezinha próxima e que na época não dispunha de hospital. De qualquer forma, ambas ficam no estado de Massachusetts e para desfazer uma eventual confusão, Shorty costumava dizer: “nasci em Great Barrington, mas Lee é a minha cidade natal”.

O primeiro contato com a música foi completamente acidental. Seu pai era um modesto alfaiate em Lee e possuía uma pequena loja na cidade. Um dia, um ajudante do seu pai, de nome Walter Raith, chegou na loja com uma pequena corneta nas mãos e o garoto ficou curioso acerca do instrumento. Sem cerimônia, pediu-o emprestado e, em apenas algumas semanas e de maneira completamente autodidata, já extraía dali as primeiras notas. Em pouco tempo, já fazia parte da banda da escola, onde tocou até os nove anos.

Com essa idade, Shorty mudou-se com a família para Nova Iorque. Mais tarde, como presente pela passagem do Bar Mitzvah – aniversário de 13 anos que, na cultura judaica, simboliza a transição para a idade adulta - o garoto não se fez de rogado: pediu ao pai um trompete de presente. O reluzente instrumento custou a nada módica quantia de 15 dólares e o garoto, fã de Benny Goodman e Louis Armstrong, descobriu que o seu destino não poderia ser separado da música.

Shorty tinha uma irmã mais velha – Eve Rogers, que acabaria se tornando a segunda mulher do vibrafonista Red Norvo – que era apaixonada por jazz e que o levava para assistir às grandes orquestras do swing em lugares como o Paramount Theatre. Assim, o garoto pôde ver de perto as poderosas orquestras de Duke Ellington, Jimmy Lunceford e Count Basie. Cada vez mais apaixonado por música, foi matriculado na High School of Music and Art, onde teve contato mais sério com as escalas e partituras.

A primeira experiência profissional de Rogers foi no início da década de 40, com a banda do trombonista Will Bradley, que havia participado de um concerto na escola como músico convidado e havia gostado bastante do desempenho do jovem trompetista. Shorty ainda nem havia concluído o colegial quando foi contratado por Bradley ficou na orquestra por alguns meses. Em seguida, passou cerca de um ano na banda do cunhado Red Norvo, que incluía Eddie Bert no trombone, Aaron Sachs no clarinete e Ralph Burns no piano, e costumava se apresentar em clubes da Rua 52.

A rotina de concertos durou até Rogers ser convocado para o exército, em 1943. Ali passou exatos dois anos, quatro meses e sete dias – a conta é do próprio trompetista, que revela que a experiência não lhe foi das mais agradáveis, embora integrasse uma orquestra que costumava tocar o repertório de Duke Ellington e Barney Bigard.

De qualquer forma, logo após a dispensa, em 1945, Shorty se juntou à orquestra de Woody Herman, a azeitadíssima máquina de swing conhecida como “First Herds”, que congregava, entre outros, os talentos de Bill Harris, Flip Phillips, Billy Bauer, Sonny Berman, Jimmy Rowles e Pete Candoli, tendo como arranjadores craques como Ralph Burns e Neal Hefti.

Em 1947 Herman reformulou a sua orquestra (então chamada de “Second Herds”), que passou à história por apresentar uma abordagem moderna do swing e por congregar um quarteto de saxofonistas extraordinários, os “Four Brothers”. Originalmente, eram eles: os tenoristas Zoot Sims, Stan Getz e Herbie Steward (depois substituído por Al Cohn) e o baritonista Serge Chaloff.

A orquestra também contava com a excelência de músicos como Ernie Royal, Gene Ammons, Lou Levy, Oscar Pettiford, Terry Gibbs e Shelly Manne. Rogers foi mantido no posto e além do estimulante convívio com tantas feras, ainda obteve do patrão o sinal verde para escrever alguns arranjos para a orquestra. Dividindo a tarefa com o genial Jimmie Giuffre, começou, de fato, a carreira que mais tarde o consagraria e lhe daria notoriedade até maior que a de trompetista.

Em dezembro de 1949, devido à perda de público e às dificuldades econômicas, Woody foi obrigado a desfazer a sua orquestra e muitos dos seus músicos acabaram sendo acolhidos por Stan Kenton, que então provocava uma verdadeira revolução na forma de encarar o velho swing, radicalizando os experimentos harmônicos insinuados pelo clarinetista. Muitos dos músicos de Herman se mudaram para a Califórnia, entre eles o bravo Shorty.

Na orquestra de Kenton, Shorty reencontrou os antigos companheiros Shelly Manne e Zoot Sim e uma verdadeira constelação que incluía nomes como Buddy Childers, Maynard Ferguson, Art Pepper, Bud Shank, Bob Cooper, Laurindo Almeida, Conte Candoli, Sal Salvador, Stan Levey, Frank Rosolino, Richie Kamuca, Bill Perkins, Charlie Mariano, Mel Lewis, Carl Fontana, Pepper Adams, Jack Sheldon e outros. Os arranjos ficavam a cargo de sumidades como Gerry Mulligan, Lennie Niehaus, Marty Paich, Bill Holman, Pete Rugolo e Bill Russo. Não se fazendo de rogado, Rogers não apenas elaborava arranjos como compunha temas para a orquestra, na qual permaneceria até 1951.

Ao mesmo tempo, ele participava ativamente do movimento West Coast, uma resposta californiana ao bebop novaiorquino, que embora não tivesse tanta distinção, do ponto de vista estritamente musical – uma leveza maior nos arranjos e uma sonoridade mais polida eram, talvez, os elementos mais perceptíveis a diferenciar as duas escolas – era bem mais “assimilável” comercialmente, já que seus músicos, em sua grande maioria, eram brancos.

A rigor, o jazz sempre abominou qualquer tipo de preconceito e o racismo jamais teve espaço entre os músicos de jazz. Mas aquela cambada de músicos brancos, muitos deles bem-nascidos e bem apessoados, se adequava como uma luva aos interesses dos executivos das grandes gravadoras, como as poderosas Columbia, RCA e Capitol, sempre ávidos por alguma novidade musical.

Pequenos selos californianos, como a Fantasy, dos irmãos Max e Sol Weiss, a Contemporary, de Lester Koenig, e a Pacific Jazz, de Richard Bock e Roy Harte, brotavam como erva daninha e contratavam qualquer “young man with a horn” que aparecesse pela frente. Se não vendiam milhões de discos como Nat King Cole ou Frank Sinatra, jovens como Chet Baker, Gerry Mulligan, Dave Brubeck, Stan Getz, Cal Tjader, Paul Desmond, Red Mitchell, Bob Brookmeyer, Pete Jolly, Bob Cooper, Jimmy Giuffre, Warne Marsh, Russ Freeman, Barney Kessel, Herb Geller, Richie Kamuca, Jimmy Rowles, Jack Montrose, Bob Gordon e Vince Guaraldi tinham um público fiel, composto por jovens de classe média que compravam seus álbuns e iam a seus shows com assiduidade.

Uma das críticas feitas ao West Coast é que, aparentemente, o filé mignon das turnês e gravações ficou reservado aos músicos brancos, cabendo aos negros o papel de meros coadjuvantes. Há uma certa razão nessa tese, mas é preciso lembrar que a sociedade norte-americana da época era extremamente racista e a estrutura do showbizz refletia esse racismo. Basta lembrar que muitos músicos negros não podiam sequer se hospedar nos mesmos hotéis em que seus colegas brancos ficavam e, durante as excursões, eram obrigados a dormir nos ônibus que os transportavam.

Embora sujeitos como Artie Shaw e Benny Goodman, bandleaders de prestígio e ativos batalhadores pelo fim da segregação racial, mantivessem em suas orquestras uma infinidade de músicos negros desde a década de 30, ainda demoraria algum tempo para que os Estados Unidos extirpassem de sua estrutura social o vergonhoso germe do racismo.

Para finalizar e mostrar que os músicos de jazz tocavam em absoluta comunhão e fraternidade, muitos dos maiores nomes ligados ao West Coast Jazz, como Carl Perkins, Leroy Vinnegar, Wardell Gray, Curtis Counce, Sonny Criss, Teddy Edwards, Dexter Gordon, Chico Hamilton, Elmo Hope ou Lawrence Marable, eram negros e se apresentavam, sem qualquer problema, nos clubes mais badalados de Los Angeles e San Francisco.

Um desses clubes, o Lighthouse, era uma espécie de Minton’s dos músicos do West Coast Jazz. A banda da casa, a “Lighthouse All-Stars”, liderada pelo baixista Howard Rumsey, era um celeiro de jovens talentos e Shorty Rogers era um dos seus membros mais destacados. Aliás, a influência do trompetista era sentida até do lado de baixo do Equador. Vários músicos que, no final dos anos 50, iriam desencadear a Bossa Nova, eram seus fãs e ouviam seus álbuns com devoção. João Donato e Tom Jobim, por exemplo, eram seus admiradores confessos.

Paralelamente, começou a elaborar arranjos para os estúdios de cinema e um dos filmes em que atuou como arranjador foi “The Wild One”, de 1953. Dirigido por Lazlo Benedek, a película, que no Brasil recebeu o título de “O selvagem”, catapultou Marlon Brando ao estrelato. Outro trabalho importante foi na trilha sonora do filme “The Man With the Golden Arm”, produção de 1955, estrelada por Frank Sinatra e dirigida por Otto Preminger. Aqui Shorty não só escreve os arranjos para o score, composto por Elmer Bernstein, como também lidera a orquestra, onde tocam, entre outros, Conte Candoli, Buddy Childers, Milt Bernhart e Frank Rosolino.

Além de integrar a banda de Rumsey e de fazer arranjos para Hollywood, o trompetista ainda achava tempo para liderar os seus próprios conjuntos, por onde passariam luminares como Art Pepper, Joe Mondragon, Shelley Manne, Jimmy Giuffre, Leroy Vinnegar, André Previn, Bud Shank, Barney Kessel e Hampton Hawes. Não é à toa que em muitas sessões os álbuns de Rogers são creditados a “Shorty Rogers And His Giants”.

Começou a gravar como líder em 1952, dividindo-se entre a Capitol, por onde lançou seu primeiro disco (“Modern Sounds”), a RCA e a pequena Atlantic. Na gravadora dos irmãos Ahmet e Nesuhi Ertegun produziu uma das gemas da sua discografia e, certamente, um dos seus mais consistentes trabalhos em pequenos grupos. Liderando os afiados Curtis Counce (baixo), Jimmy Giuffre (clarinete, sax tenor e sax barítono), Pete Jolly (piano) e o infalível Shelly Manne (bateria), Shorty está completamente à vontade e swingando como nunca.

O álbum, que recebeu o nome de “The Swinging Mr. Rogers” foi lançado em nome de “Shorty Rogers And His Giants”. As gravações foram feitas em Hollywood, em maio de 1955, e a foto que ilustra a capa do disco é de autoria do talentoso William Claxton. Seis dos oito temas são de autoria do líder e os outros dois foram compostos por seu quase xará Richard Rodgers, em parceria com o inseparável Lorenz Hart.

Um deles é “Isn’t It Romantic?”, que abre o disco de forma sensacional, com a dupla Rogers e Giuffre dialogando em alto nível, ora atuando em uníssono, ora sob a forma de “pergunta-e-resposta”. O líder tem uma sonoridade límpida, sem arestas, e Giuffre consegue, com o indomável sax barítono, efeito semelhante. Fabulosa a atuação de Jolly, com um solo que é pura agilidade e fluidez.

A dançável “Trickley Didier” é uma das mais saborosas do disco, com seu clima que emula as orquestras do swing mas não esquece a excelência improvisativa do bebop. Inspirado, Giuffre elabora, desta vez no sax tenor, um solo absolutamente antológico. O grupo demonstra uma enorme espontaneidade em “Oh! Play That Thing”, que tem um pezinho no blues e outro no diexeland, com a clarineta de Giuffre contribuindo, decisivamente, para a deliciosa atmosfera retro do tema. Destaque também para o piano atrevido de Jolly.

A ensolarada “Not Really The Blues” é West Coast em estado puro, alegre e vibrante. Manne e Counce preparam o terreno para as pirotecnias de Rogers, Lolly e Giuffre, em uma das faixas mais empolgantes do disco. O blues “Martians, Go Home” é uma das composições mais conhecidas de Rogers. Bem-humorada e inteligente, brinca com as especulações – muito fortes naquela época – sobre uma possível invasão marciana à Terra. O clima descontraído se deve, em grande medida, à sardônica interpretação de Giuffre e sua clarineta mágica, mas a segurança de Counce tambpém merece ser ressaltada.

“My Heart Stood Still”, da dupla Rodgers & Hart, recebe um arranjo contagiante. A alegria do quinteto se evidencia em cada nota, em cada acorde, com destaque para a explosiva atuação de Manne e para a esfuziante performance do líder. “Michele’s Meditation”, uma das raras baladas compostas por Shorty, é arrebatadoramente lírica. Aqui, Giuffre usa a clarineta de maneira contida e o líder soa com a delicadeza de quem interpreta uma canção de ninar.

Como a festa não pode parar, “That’s What I’m Talkin’ Bout” retoma a atmosfera febril, com graciosidade e leveza. Swingante e alegre, ela é o veículo perfeito para as sacolejantges peripécias do grupo, que se esmera em solos inebriantes, merecendo destaque os de Jolly e de Giuffre, ambos soberbos. Rogers e Manne duelam com uma categoria absurda, enquanto o impávido Counce mantém-se firme na condução das linhas harmônicas.

A partir dos anos 60, Rogers foi progressivamente se afastando do mainstream jazzístico, dedicando-se apenas à bem-sucedida carreira de arranjador. Em 1962 simplesmente deixou de gravar e de fazer concertos. Emprestou seu talento para as trilhas de desenhos animados como “Pernalonga”, “Mr. Magoo” e “Three Little Bops” e de seriados de TV como “The Partridge Family” (no Brasil, “A Família Dó-Ré-Mi”), “The Rookies” (no Brasil, “Os Novatos”), “The Love Boat” (no Brasil, “O Barco do Amor”), “Starsky and Hutch” (no Brasil, “Starsky e Hutch”) e “The Mod Squad” (no Brasil, “The Mod Squad” mesmo).

Ainda chegou a fazer arranjos para gente como Mel Tormé (no álbum “Coming Home, Baby”, onde dividiu a tarefa com o maestro Claus Ogerman), Herb Alpert And The Tijuana Brass, Lalo Schifrin e a cantora Frances Faye, mas nada que alterasse a sua atribulada rotina nos estúdios de TV e cinema. Um dos seus trabalhos mais intrigantes foi elaborar os arranjos do curioso álbum “A Spoonful Of Jazz” (World Pacific, 1967), de Bud Shank, no qual o saxofonista interpreta canções da banda pop Lovin' Spoonful.

Em 1982, ensaiou uma volta aos palcos, participando de um concerto ao lado da Britain’s National Youth Jazz Orchestra, na cidade de Bath, Inglaterra, juntamente com o velho amigo Bud Shank. No ano seguinte, voltou aos estúdios para gravar o seu primeiro álbum como líder, após vinte anos, para a Concord. O disco – “Yesterday, Today And Forever” – conta com a participação de Bud Shank (que divide com o trompetista os créditos do álbum), do pianista George Cables, do baixista Bob Magnusson e do baixista Roy McCurdy.

Animado com o resultado, em maio de 1985, ele co-liderou com Shank um quinteto que incluía o pianista George Cables, o baixista Monty Budwig e o baterista Sherman Ferguson e que chegou a fazer alguns shows na região de Los Angeles. Uma das apresentações foi gravada e lançada em LP com o título “California Concert”, pela Contemporary e o cd, maravilhoso por sinal, foi posteriormente lançado pela OJC.

No início da década de 90, o trompetista reestruturou a “Lighthouse All Stars”, tendo a seu lado, mais uma vez, o ubíquo Bud Shank, além dos antigos parceiros Bill Perkins, Bob Cooper, Conte Candoli, Pete Jolly, Monty Budwig e Lawrence Marable. A reunião foi registrada no álbum “Eight Brothers”, gravado para a Candid em 1992 e cujo título é deveras apropriado.

Pena que não viveu muito tempo para desfrutar, novamente, dos apuros e delícias da nada mole vida de músico de jazz. Adoentado há algum tempo, Rogers faleceu no dia 07 de novembro de 1994, no Valley Presbyterian Hospital, em Van Nuys, Califórnia, de causas não reveladas. Nas palavras do crítico André Francis, “seu estilo denso e concentrado, que não recua diante de certos sons deformados, deixa uma funda impressão de frescor e leveza”. E “The Swinging Mr. Rogers” é a demonstração cabal da sabedoria dessas palavras!

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