Música e outras coisas
O ELEGANTE MESTRE DO CONTRABAIXO
Reverenciado no meio musical como um dos mais refinados, versáteis e influentes contrabaixistas da história do Ron Carter é como vinho de ótima safra: a cada ano que passa ele parece tocar ainda melhor. Poucos músicos participaram de tantas gravações quanto Carter – estima-se que tenha atuado em cerca de 2.000 delas – o que o torna o baixista mais requisitado do jazz, ultrapassando os veteranos Milt Hinton e George Duvivier, cujas atuações nos estúdios também chegam à casa dos milhares.
Nascido no dia 4 de maio de 1937, em Ferndale, estado do Michigan, este notável instrumentista, arranjador, compositor, educador e regente teve o seu interesse pela música despertado aos dez anos de idade, quando iniciou os estudos do violoncelo. Algum tempo depois, mudou-se com a família para Detroit, onde deu continuidade aos estudos na Cass Technical High School.
Após a conclusão do ensino médio, matriculou-se na Eastman School of Music, tendo feito parte da orquestra filarmônica daquela instituição. Graduou-se bacharel em 1959, com apenas 22 anos e até então se dividia entre a música erudita e o jazz. Ainda naquele, casou-se com a professora de literatura e ativista Janet C. Carter, que no futuro seria fundadora e curadora do Studio Museum, no Harlem.
Carter era bastante consciente das dificuldades e do preconceito racial que enfrentaria para se consolidar como músico erudito. No final dos anos 50, uma conversa que teve com o temperamental regente inglês Leopold Stokowsky acabou por encaminhá-lo definitivamente em direção ao jazz. O maestro, que na época comandava a Orquestra Sinfônica de Houston, disse-lhe certa vez, após ouvi-lo tocar: “Rapaz, você toca contrabaixo maravilhosamente bem. Mas eu trabalho em Houston e a minha orquestra jamais o contrataria”.
Em 1960, mudou-se para Nova Iorque, onde fez mestrado em performance de contrabaixo, na Manhattan School of Music, obtendo o título de mestre no ano seguinte. Para se manter, Carter começou a atuar como sideman do pianista Jaki Byard e do baterista Chico Hamilton, além de Eric Dolphy (com quem fez as suas primeiras gravações) e do trompetista e bandleader Don Ellis.
Ao mesmo tempo, foi se consolidando como um dos mais confiáveis músicos de estúdio, registrando participações em discos de Randy Weston, Bobby Timmons, Thelonious Monk, Wes Montgomery e Cannonball Adderley. Seu primeiro disco como líder, “Where?”, foi gravado em 1961, para a Prestige, e apresenta Carter dividindo-se entre o contrabaixo e o violoncelo. O álbum conta com as participações de Eric Dolphy, Charles Persip, George Duvivier e Mal Waldron.
Em 1963, Carter assumiu o contrabaixo na banda do trompetista Art Farmer e, nessa posição, despertou o interesse de Miles Davis, que na época estava montando um novo grupo. Convidado por Davis, Carter disse que só sairia da banda se o patrão concordasse com a sua saída. Miles não se fez de rogado e conseguiu convencer Farmer a liberar o baixista.
O quinteto de Davis, do qual Carter fez parte, é considerado um marco na história do jazz. Além do baixista e do líder, o time era completado por Herbie Hancock, Tony Williams e George Coleman (posteriormente substituído por Wayne Shorter). À frente desse grupo, um dos combos mais influentes de todos os tempos, Miles lançou álbuns espetaculares, como “E. S. P.” (1965), “Miles Smiles” (1966) e “Nefertiti” (1967). Daquela época, ele guarda apenas boas recordações: “Sabíamos que estávamos criando algo diferente do que todos os outros músicos faziam naquele momento, mas ainda não tínhamos idéia do nível (de qualidade) daquela música”
O elegante Carter jamais tornou pública qualquer desavença que possa ter tido com Miles. Ao contrário, suas palavras em relação ao temperamental trompetista são sempre elogiosas, tendo declarado em uma entrevista recente: “Jamais tive algum tipo de problema com Miles, que sempre foi um bom amigo. Eu adorava tocar com ele e, com certeza, todos sentiam um enorme prazer em tocar naquele quinteto. Tivemos muita sorte ao sermos escolhidos para tocar com um músico tão especial. Miles foi capaz de perceber que poderíamos levar sua música na direção que ele desejasse.”
E os elogios não param por aí. Em outra oportunidade, Carter se manifestou nos seguintes termos: “Suponha que você trabalhe num laboratório cujo cientista responsável pedisse para você criar uma fórmula diferente por dia. Com Miles, era assim. Ele nos dava espaço para criar e fazer experimentações a cada noite. E deve ter gostado muito do meu trabalho, pois nunca chamou minha atenção”.
A parceria com Davis se encerraria em 1968, quando Carter resolveu se dedicar a outros projetos, deixando em seu lugar um jovem contrabaixista inglês chamado Dave Holland. Apesar de não ser mais um membro efetivo da banda de Miles, Carter ainda participaria de mais algumas gravações com o ex-patrão nos anos seguintes, geralmente tocando contrabaixo elétrico, embora o instrumento nunca tenha sido o seu preferido.
A separação se deu por motivos eminentemente musicais e os dois continuaram amigos. Carter revela que “aquele tipo de música não me interessava. Não havia nela algo que eu sentisse que poderia contribuir para eu me tornar um músico melhor”. Ademais, continua o baixista, “a banda de Miles estava viajando muito e, depois de passar cinco anos na estrada, achei que já estava na hora de ficar mais em casa, para ver meus filhos crescerem. Além disso, já havia muitas sessões de gravação em Nova York, onde eu teria a chance de ganhar a vida, ficando ao lado de minha família”.
No início dos anos 70, Carter acumulou as funções de produtor e diretor artístico da CTI Records, companhia fundada por Creed Taylor. Ali, lançou vários álbuns em seu próprio nome e atuou em dezenas de gravações acompanhando artistas como Wes Montgomery, Herbie Mann, Paul Desmond, George Benson, Milt Jackson, Jim Hall, Nat Adderley, Antonio Carlos Jobim, J. J. Johnson, Kai Winding, Eumir Deodato, Esther Phillips, Freddie Hubbard, Stanley Turrentine, Kenny Burrell, Chet Baker, Herbie Hancock e uma infinidade de outros.
Ainda naquele período, entrou para o departamento de música do City College of New York, onde lecionaria por mais de duas décadas, aposentando-se no cargo de Professor Emérito. Dentre os seus alunos mais célebres, estão os hoje celebrados David Wong (da banda de Jimmy Heath), David Williams (que substituiu o próprio Carter no Sweet Basil Trio, liderado pelo pianista Cedar Walton), Victor Bailey (que substituiu o “insubstituível” Jaco Pastorius no Weather Report) e Larry Grenadier (baixista do trio de Brad Mehldau).
Carter participou de diversos projetos ou grupos allstar, como o New York Jazz Sextet, o New York Jazz Quartet, o V.S.O.P. Tour (integrado pelos ex-membros do quinteto de Miles Davis Herbie Hancock, Tony Williams e Wayne Shorter, com Freddie Hubbard assumindo o trompete), o Great Jazz Trio (sob a liderança de Hank Jones em uma formação que incluía Tony Williams na bateria) e o Milestone Jazzstars. O baixista também participou das trilhas sonoras dos filmes “Round Midnight”, de 1986, e “Bird”, de 1988.
A lista de nomes com os quais Carter tocou é gigantesca e inclui luminares como Tommy Flanagan, Gil Evans, Yusef Lateef, Bill Evans, Cecil Payne, Dexter Gordon, Benny Golson, Sonny Rollins, Billy Cobham, Stan Getz, Coleman Hawkins, Joe Henderson, Horace Silver, Shirley Scott, Helen Merrill, Dizzy Reece, Houston Person, Junior Mance, Red Garland, Sadao Watanabe, Sam Rivers, Lee Morgan, McCoy Tyner, Freddie Hubbard, Cedar Walton, Jim Hall, Lou Donaldson, George Duke, Chick Corea, Lena Horne, Luiz Bonfá, Joe Henderson, Barry Harris, Oliver Nelson, Woody Shaw, Andrew Hill, Duke Pearson, Gary Bartz, Quincy Jones e Aretha Franklin, apenas para citar alguns.
Além do violoncelo e do contrabaixo convencional, muitas vezes Carter utiliza sua técnica impecável para tocar o contrabaixo piccolo, instrumento que possui uma sonoridade mais aguda e menos encorpada. Em suas aparições como líder Carter, freqüentemente, incorpora outro contrabaixista a seu grupo, a fim de assegurar uma base rítmica mais sólida.
Versátil como poucos, o baixista consegue se adaptar a qualquer contexto, indo da soul music de Roberta Flack ou do rock do Jefferson Airplane, passando pela bossa nova de Astrud Gilberto e chegando ao hip hop da banda A Tribe Called Quest. Sobre o fato de ser um dos músicos mais requisitados do planeta é encarado por ele com muito bom humor: “Às vezes eu me surpreendo com o fato de artistas e bandas famosas saberem que eu ainda estou vivo”.
E mesmo sendo tão respeitado, Carter não perde a humildade: “Toda vez que músicos como Paul Simon ou Aretha Franklin me chamam para participar de seus projetos, eu me sinto muito agradecido. É ótimo saber que James Brown ou a banda Kiss, para a qual gravei com um naipe de cordas, pensaram que eu poderia contribuir para que seus projetos musicais fossem bem sucedidos.”
Sempre conciliando o trabalho como sideman, com a liderança de seus próprios conjuntos, Carter vem construindo, nos últimos quarenta anos, uma alentada obra, que se encontra espalhada em selos como Atlantic, CTI, Milestone, Timeless, EmArcy, Galaxy, Somethin’ Else, Elektra, Concord, Prestige e Blue Note, sendo que em alguns discos ele se dedica ao repertório clássico, interpretando peças de Bach, Grieg e Ravel.
Uma pequena jóia se esconde no meio dessa discografia repleta de álbuns premiados, como “All Blues” (CTI, 1973) ou “Dear Miles” (Blue Note, 2007). Trata-se de “Third Plane”, um disco pouco badalado, mas que traz a arte superior de Carter em toda a sua plenitude. Acompanhado pelos velhos parceiros Herbie Hancock ao piano e Tony Williams na bateria, o disco foi lançado pela Milestone e as gravações ocorreram em uma única sessão, no dia 15 de julho de 1977, em San Francisco, na Califórnia. Para que se tenha uma idéia da qualidade do material, basta dizer que os rigorosos Richard Cook e Brian Morton qualificam o álbum como “a mais impressionante aparição de Carter como líder”.
A faixa que dá nome ao disco, e que também abre os trabalhos, é uma composição do líder. Trata-se de uma curiosa valsa-bop, com uma batida que em algumas passagens lembra a estrutura sincopada do nosso samba – cortesia do sempre inventivo Williams. Atenção para o trabalho de Hancock, que cria as chamadas “patterns” (repetições sucessivas de acordes) com extrema perícia. O baixista trafega pelos registros mais graves do seu instrumento, despejando uma sonoridade que o mestre Luiz Orlando Carneiro chama de “ressonante e oblonga”.
“Quiet Times”, também de autoria de Carter, é uma balada de contornos impressionistas. Sua melodia é pouco convencional, dissonante, quebradiça e repleta de alternâncias. O líder tem uma atuação antológica, investigando minuciosamente todas as possibilidades harmônicas do contrabaixo, equilibrando-se entre o classicismo de Milt Hinton ou Oscar Pettiford e a abordagem ousada de seus contemporâneos Gary Peacock ou Charlie Haden. Williams e Hancock fazem a ancoragem rítmica com sutileza e discrição.
Williams contribui com a vibrante “Lawra”, a mais animada do disco. É um bebop contemporâneo, com algumas passagens assimétricas, que lembram os temas complexos de Wayne Shorter, outro egresso do célebre quinteto de Miles. O baterista produz aqui alguns dos seus solos mais empolgantes, e a interação entre os três se dá ao nível do inconsciente, em um exercício de telepatia que junta intuição e técnica em doses formidáveis.
Único standard do disco, “Stella By Starlight” ganha uma interpretação introspectiva, com direito a uma atuação soberba de Hancock. O pianista enfatiza os aspectos melódicos com enorme sensibilidade e lirismo, sublinhando as passagens mais densas com uma primorosa utilização dos registros agudos. Carter agrega profundidade ao tema, enquanto Williams se mostra um verdadeiro mestre com as escovas.
Terceira composição de Carter incluída no álbum, “United Blues” é uma subversiva releitura dos cânones do blues, com um leve flerte com o jazz de vanguarda. Os solos do líder são vigorosos e fluentes, merecendo atenção também as luxuriantes intervenções de Hancock e a percussão repleta de nuances de Williams.
Em “Dolphin Dance”, uma das mais belas composições de Hancock, o trio cria uma atmosfera onírica e envolvente, perpetrando um verdadeiro tributo à elegância e à sobriedade. O contrabaixo musculoso do líder se curva à languidez da melodia e derrama acordes de genuína emoção. Um encerramento à altura do disco, que “apresenta excelentes solos de contrabaixo e onde tudo faz sentido, sendo muito bem construído e executado”, nas palavras dos já citados Richard Cook e Brian Morton.
Além do jazz e da música erudita, Carter é um apaixonado pela música brasileira, tendo tocado com dezenas de artistas brasileiros, como Hermeto Pascoal, Flora Purim, Milton Nascimento, Airto Moreira, Rosa Passos e os já citados Tom Jobim, Luiz Bonfá e Astrud Gilberto. A paixão pelo Brasil é tanta que no encarte do disco “The Golden Striker” o baixista veste uma camisa do Botafogo, além de ter dedicado um álbum inteiro, “Orfeu” (Blue Note, 1999), à música brasileira. Para o baixista, “se alguém do Brasil ligar para mim agora, querendo que eu contribua com seu projeto, ficarei muito feliz se puder participar.”
Ao longo da carreira, Carter tem recebido uma infinidade de prêmios, além de ter vencido, sistematicamente, as eleições para “melhor baixista do ano” promovidas por revistas especializadas como a Down Beat e a Metronome. Já chegou a ser considerado “The Most Valuable Acoustic Bass Player”, pela National Academy of Recording Arts and Sciences e recebeu a denominação de “Outstanding Bassist of the Decade”, pelo jornal Detroit News.
Ele também exerceu, durante vários anos, o cargo de diretor artístico do Thelonious Monk Institute of Jazz Studies. O título de Jazz Master, maior honraria a que um músico de jazz pode aspirar, lhe foi concedido pela NEA - National Endowment for the Arts em 1998. Carter também recebeu do governo da França o título de “Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras”, a mais importante comenda na área artística daquele país.
Carter abocanhou vários prêmios Grammy. O primeiro deles foi em 1993, na categoria “Best Jazz Instrumental Group”, quando integrava o Miles Davis Tribute Band. Em 1998 foi a vez de receber o prêmio de melhor composição, para “Call ‘Sheet Blues”, que acabou incluída na trilha sonora do filme “Round Midnight”, de Bertrand Tavernier. O baixista também barticipou da trilha de outro filme dirigido pelo francês, “The Passion of Beatrice”.
“Haraka” (1980), dirigido pelo nigeriano Ola Balogun e “A Gathering of Old Men” (1987), estrelado por Richard Widmark, Holly Hunter e Louis Gossett Jr. são outros trabalhos cinematográficos que contam com a participação de Carter em suas respectivas trilhas. Ele também realizou trabalhos para a TV, podendo ser ouvido na trilha sonora da série “Twin Peaks”, do cultuado diretor David Lynch.
Na área da educação musical, seus livros “Building Jazz Bass Lines”, “Comprehensive Bass Method” (este na area da música erudite), “Ron Carter’s Bass Lines” e “The Music of Ron Carter” (que contém partituras de cerca de 130 de suas composições. Em 2004, o baixista recebeu o doutorado honorário da tradicional Berklee College of Music, juntando-se a outros títulos da mesma natureza, concedidos pelo New England Conservatory of Music e pela Manhattan School of Music.
Outra premiação outorgada por uma instituição de ensino de renome foi o “Hutchinson Award”, concedido em 2002 pela University of Rochester. Desde 2008 ele exerce a função de professor de contrabaixo na Juilliard School, em Nova Iorque. Em 2009, lançou a sua autobiografia, “Ron Carter: Finding the Right Notes” (Artist Share), escrita em parceria com o jornalista Dan Oullette.
Para V. A. Bezerra, do site Ejazz, as principais características do instrumentista Ron Carter seriam “som encorpado, rico timbre “de madeira”, afinação perfeita, improvisos bem desenvolvidos e swing impecável”. Carlos Calado observa que “diferentemente da maioria dos baixistas, que se limitam a marcar o ritmo com notas básicas, ele é um solista criativo, que usa esse instrumento para improvisar”.
Carter reverencia a tradição, mas com o olhar voltado para o futuro e sempre sob uma perspectiva coletivista. Embora seja um excepcional solista, ele é incapaz de sacrificar a harmonia do grupo e jamais utiliza o seu assombroso talento para ter mais visibilidade que seus companheiros de banda. Essa postura fica bastante evidente quando ele descreve a importância do jazz em sua vida: “Essa é a música que eu sempre quis tocar. O jazz permitiu que eu pudesse participar de muitos trabalhos, nesses anos todos, tocando com pessoas das quais acabei me tornando amigo. É um privilégio poder tocar boa música todas as noites
O Brasil tem sido parada obrigatória para as apresentações do baixista nas últimas décadas. A última vez em que esteve em nosso país foi em outubro deste ano, liderando o quarteto Foursight, do qual fazem parte a pianista canadense Renée Rosnes, o baterista Payton Crossley e o percussionista Rolando Morales-Matos. O grupo se apresentou no Sesc Pinheiros, em São Paulo, durante quatro noites, sempre com casa lotada. O repertório foi baseado no álbum “Dear Miles” (Blue Note, 2007), e incluiu standards como “My Funny Valentine” e “Bye Bye Blackbird”, alguns dos temas preferidos de Miles Davis.
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