MEDIEVAL 400 - 1450
No primeiro século da nossa Era, ocorreu em Roma a simultaneidade de duas culturas e filosofias opostas: a civilização cristã, que nascia, e a antiga civilização romana, já em grande decadência espiritual. Com o aparecimento do Cristianismo, ainda no Império Romano, a música volta a desempenhar uma função respeitável (somente entre os adeptos da nova religião). Por volta do ano 100 começa então a surgir uma nova música, na qual os primeiros cristãos exprimiam os seus sentimentos de fé, esperança e amor através desta arte. Escondidos nas catacumbas por baixo da cidade de Roma, devido às perseguições, os cristãos criaram as suas próprias formas de prática religiosa e musical, entoando um tipo de oração: salmos cantados a uma só voz em latim (língua oficial da Igreja) e sem acompanhamento musical. Eram cantados numa das mais velhas formas musicais que conhecemos, «pergunta e resposta», em que uma frase cantada por um líder é repetida pelo grupo sem alterações ou apenas com alguma variação. A Idade Média durou um milénio, desde a queda do Império Romano do Ocidente (476 até cerca de 1450). De 500 a 1000, período em que o Cristianismo se impôs ao paganismo em toda a Europa, a sociedade e o poder estavam nas mãos dos reis, que tinham o apoio da Igreja. Carlos Magno, o lendário Imperador dos Francos, monarca progressista, desenvolveu a educação e deixou atrás de si uma ideia de justiça social que iluminou o “obscurantismo” do mundo medieval dos primeiros séculos. Foi em mosteiros que os monges e as freiras preservaram o conhecimento do mundo antigo e o transmitiram, através dos seus manuscritos, para o presente. Para os serviços da igreja necessitavam de música e, por isso, a arte da música era largamente religiosa ou sacra. De 1000 a 1450, os mosteiros românicos deram lugar à construção de grandes catedrais num estilo mais leve: o gótico. Fundaram-se Universidades em toda a Europa. As cidades tornaram-se centros de arte e cultura e surgiram os primeiros burgueses que tiveram um papel importante na vida social. Apesar da sociedade feudal ser dominada por homens, a mulher era muito respeitada devido ao culto universal a Maria, Mãe de Cristo. Nas canções da Corte, os trovadores cantavam poemas onde a mulher era venerada. Os trovadores eram, normalmente, poetas músicos que apresentavam material original, ao contrário dos músicos de igreja que baseavam a sua arte em melodias do passado (nos cantos gregorianos). Os trovadores pertenciam à classe aristocrática, mas um artista, mesmo sem linhagem, podia ser bem aceite pelo seu talento. A música profana fazia parte da corte medieval. Servia para dançar, para animar o jantar, para se ouvir. Era indispensável em cerimónias, civis e militares, e também para animar os Cruzados quando partiam para a Terra Santa ou de júbilo, quando regressavam das suas campanhas. Os jograis pertenciam a outra classe de músicos. Eles recitavam, cantavam, tocavam, dançavam, faziam acrobacias e exibiam as habilidades de animais domesticados. Iam de terra em terra e, com as suas diversões, entretinham a nobreza e os ajuntamentos de pessoas nas praças públicas. Eram vistos como vagabundos e viviam à margem da sociedade, mas eram muito populares por trazerem as novidades e as notícias de outras terras.
CARACTERÍSTICAS MUSICAIS
Estilo Imitativo (mp3) – Técnica de composição polifónica que envolve a repetição mais ou menos integral de uma frase numa voz, depois de esta já ter sido anteriormente citada por outra voz.
Canto Gregoriano (mp3) - A grande quantidade de melodias tradicionais do rito cristão que na sua forma final se designam por canto gregoriano. Compreende linhas monofónicas de melodia vocal, que em execução correcta não são acompanhadas, em ritmo livre, sem divisão em compassos. Tem um sistema de notação próprio, usando uma pauta de 4 linhas em vez de 5. A palavra é uma tradução dolatim cantus planus em oposição a cantus figuratus (canto florido, indicando contraponto sobre a melodia tradicional) ou cantus mensuratus (canto medido, indicando regularidade do ritmo associada com a música polifónica. O ramo grego da igreja cristã e a religião judia possuem um corpo semelhante de melodias rituais, mas o termo cantochão, no seu uso comum, não inclui estas tradições. O ritmo do cantochão é o ritmo livre do discurso; é um ritmo prosódico que emerge do ritmo não métrico das palavras que são recitadas - salmos, orações, etc. Quanto às suas características, o cantochão pertence a dois grupos distintos - o responsorial (desenvolvido a partir da recitação de salmos em tomo da «dominante») e o antifonal (desenvolvido como melodia pura). O cantochão desenvolveu-se durante os primeiros séculos da cristandade, influenciado pelo sistema modal grego (ver Modos) e possivelmente pela música das sinagogas judias. No Século XV foi instituída uma reforma muito importante, aparentemente sob o impulso do papa Gregório Uma outra reforma foi tentada no final do Século XVI, mas com resultados desastrosos. Palestrina foi encarregado de rever o cantochão do Gradual e Antifonário, mas morreu quase imediatamente após ter aceite esta encomenda. Felice Anerio e Soriano encarregaram-se então da revisão, e a sua edição foi publicada pela Impressora dos Médicis em dois volumes, 1614-15. Esta Edição Mediciana, como é conhecida, com a sua adição e supressão de melismas, as suas melodias alteradas e melodias novas, tomou-se a base de muitas edições de fraca qualidade destinadas à execução do cantochão. No séc. XVIII, era comum a introdução de notas de ornamento e notas de passagem no cantochão (esta prática é chamada em francês machicotage). No Século XIX, realizou-se outra reforma e foi publicada a famosa Edição de Ratisbona (Regensburg) - baseada, infelizmente, na Edição Mediciana. Seguiram-se anos de controvérsia, já que os monges de Solesmes, em França, estavam a trabalhar há algum tempo, de um modo sistemático e científico, fotografando e comparando inúmeros manuscritos, em todas as bibliotecas da Europa. Publicaram o seu Gradual em 1883 e o Antifonário em 1891. À Edição de Ratisbona tinham sido conferidos privilégios papais, mas em 1903 estes expiraram e no mesmo ano Pio X foi eleito papa e imediatamente emitiu o seu famoso Motu Proprio sobre música religiosa, no qual referia, entre outras coisas, a importância do cantochão e a necessidade de o ir buscar a fontes mais antigas e mais puras. Entre as reformas introduzidas pelos monges de Solesmes.
No que respeita ao aspecto estilístico, há que distinguir entre o canto silábico, neumático e melismático. No primeiro, a cada sílaba do texto corresponde apenas um som; no último, a voz lança-se em longos vocalizos sobre uma única sílaba: o canto neumático situa-se entre estes dois extremos: embora sem longos vocalizos, é mais rico do que o canto silábico. Por volta do Século IX apareceu, pela primeira vez, a pauta musical. O monge italiano Guido d'Arezzo (995 - 1050) sugeriu o uso de uma pauta de quatro linhas. O sistema é usado até hoje no canto gregoriano. A utilização do sistema silábico de dar às notas deve-se também ao monge Guido d'Arezzo e encontra-se num hino ao padroeiro dos músicos, São João Batista:
Ut queant laxit Ut queant laxit Ressonare fibris Mira gestorum Famuli tuorum Solvi polluti Labii reatum Sancte Joannes |
(Com o passar do tempo o Ut foi substituído pelo Dó)
Música Modal (mp3)- As escalas que dominaram a música europeia durante 1100 anos (aproximadamente de 400 a 1500 d. C.) e influenciaram fortemente compositores durante outros cem anos (até cerca de 1600). Reapareceram de tempos a tempos na obra de alguns compositores, especialmente no séc. XX. Ao longo desse período total de 1500 anos, o cantochão da Igreja, que é inteiramente «modal», continuou a habituar os ouvidos das gerações mais jovens ao efeito melódico dos modos. Mas a expressão «modos eclesiásticos» está errada, já que o seu uso era generalizado. O material musical disponível na época em que os modos foram aceites era equivalente às teclas brancas do piano ou órgão de hoje, cujas notas formam (com ligeiras diferenças de tom) a escala cientificamente estabelecida no Século IV a. C. por Pitágoras e pelos pensadores gregos do seu tempo. No Século XI da nossa era, os Gregos usavam esta escala de 7 maneiras diferentes: a influência grega era grande na primitiva Igreja Cristã, tendo-se desenvolvido, como medida prática, mudanças no sistema modal entre os cantores. No Século V, foram adoptados 4 modos (modos autênticos) e, no tempo do papa S. Gregório, o Grande (cerca de 540-604), acrescentaram-se mais de 4 modos (plagais) e, mais tarde, outros 4, perfazendo 12. Nos modos autênticos, a 5ª nota (dominante) era muito usada como nota de recitação no cantochão e a primeira (final) como nota cadencial para encerrar uma passagem. Os modos autênticos podem ser recriados tocando no piano escalas de oitava de notas brancas começando respectivamente em ré, mi, fá e sol. A melodia tocada num dos modos e depois em outro alterar-se-á em alguns dos seus intervalos, e portanto no seu efeito geral, por oposição a uma melodia tocada nas nossas 12 escalas maiores ou menores, todas elas idênticas na sua estrutura intervalar. Os modos plagais eram apenas novas formas dos autênticos, mas cujo âmbito já não se situava entre final e a respectiva oitava superior dos modos autênticos correspondentes, mas movia-se da quarta inferior à quinta acima da final. Para evitar ter a nota de recitação no extremo superior ou inferior da escala, a dominante dos modos plagais estava três notas abaixo da dos modos autênticos correspondente. Toda a série era como se segue (A = autêntico, P = plagal):
I - (A) Âmbito Ré-Ré com Dominante Lá II - (P) Âmbito Lá-Lá com Dominante Fá III - (A) Âmbito Mi-Mi com Dominante Dó (originalmente Si) IV – (P) Âmbito Si-Si com Dominante Lá V – Âmbito (A) Fá-Fá com Dominante Dó VI – Âmbito (P) Dó-Dó com Dominante Lá VII – Âmbito (A) Sol-Sol com Dominante Ré VIII – Âmbito (P) Ré-Ré com Dominante Dó (originalmente Si)
Cerca de mil anos depois de São Gregório, um monge suíço, Henrique de Glaro ou Henricus Glareanus, num livro chamado Dodecachordon (1547), propôs uma teoria segundo a qual deveria haver historicamente 12 modos em vez de 8. Ele acrescentou modos em Lá e Dó (nenhum em Si), com as suas formas plagais, de modo que a tábua acima ficou assim completada:
IX - (A) Nível Lá-Lá com Dominante Mi X - (P) Nível Mi-Mi com Dominante Dó XI - (A) Nível Dó-Dó com Dominante Sol XII - (P) Nível Sol-Sol com Dominante Mi
Glareano devolveu os 12 modos ao que pensou ser a sua origem. Nomes gregos, como estes (embora incorrectos), acabaram por ser aceites:
I - Dórico II - Hipodórico III - Frígio IV - Hipofrígio V - Lídio VI - Hipolídio VII - Mixolídio VIII - Hipomixolídio IX - Eólico X - Hipoeólico XI - Jónico XII - Hipojónico
Claramente se deveria entender que a diferença entre os vários modos não está na altura dos sons mas na ordem em que aparecem os tons e semitons. Qualquer modo pode ser utilizado numa altura diferente da original (ou seja, pode ser transposto), mas nesse caso os seus intervalos permanecem os mesmos que na forma original. Com o desenvolvimento da música harmonizada, o sistema modal tendeu a desintegrar-se: os dois modos autênticos acrescentados por Glareano (o jónico e o eólico) pareciam os mais aptos à harmonia e permaneceram como as nossas escalas «maiores» e «menores».
Música Polifónica (mp3)- Termo que, literalmente, significa a sobreposição de diversos sons; mas que, no seu sentido habitual, tem implícita a presença do contraponto - é o oposto de homofonia, em que o interesse está virtualmente confinado a uma única «linha» musical, actuando os outros sons apenas como acompanhamento. Daqui deriva polifónico. Período polifónico é uma expressão pouco precisa que, geralmente, indica o século XVI e os princípios do Século XVII, isto é, o período de, por exemplo, Palestrina, Lasso e Byrd. (O estilo de um compositor bastante posterior como Bach é também polifónico, mas ai a polifonia é subordinada ao esquema harmónico, ao passo que no período anterior a polifonia é considerada como a base única de construção musical.
Organum (mp3)- As primeiras músicas polifónicas (com duas ou mais linhas melódicas tecidas conjuntamente) datam do século IX. Por essa época, os compositores partiram para urna série de experiências, introduzindo urna ou mais linhas de vozes com o propósito de acrescentar maior beleza e refinamento a suas músicas. A composição nesse estilo é chamada organum e sua forma mais antiga é o "organum paralelo", pois a voz organu (vox organolis, a que foi adicionada) tinha unicamente o papel de duplicar a voz -principal (vox - principalis, a que conservava o cantochão original), num intervalo inferior, de quarta ou quinta. Esse som, um tanto rígido e despojado, frequentemente era enriquecido por meio da duplicação de uma ou ambas as vozes na oitava. Nos dois séculos seguintes, os compositores foram gradualmente dando alguns passos no sentido de libertar a voz organal de seu papel como cópia fiel da voz principal. Por volta do século XI, além do movimento paralelo, a voz organal também usava o movimento contrário (elevando-se quando a voz principal abaixava e vice-versa), o movimento-oblíquo (conservando-se fixa enquanto a voz principal se movia) e o movimento directo (seguindo a mesma direcção da voz principal, mas separada desta não exactamente pelos mesmos intervalos). No "organum livre", a voz organal já aparece, escrita acima da voz principal. É feita ainda ao estilo de nota contra nota, mas se observe que, na peça mostrada abaixo, há três ocasiões em que a parte da voz organal tem duas notas para cantar contra uma única da voz principal. No começo do Século XII, esse rigoroso estilo de nota contra nota foi inteiramente abandonado, substituído por outro em que a voz principal se esticava por notas do canto com longos valores. A voz principal passou, então, a ser chamada de tenor (do latim tenere, isto é, manter). Acima das notas do tenor, longamente sustentadas, uma voz mais alta se movia livremente, expressa por notas de menor valor que, com suavidade, se iam desenvolvendo. Dá-se a um melodioso grupo de notas numa única sílaba o nome de melisma, daí esse tipo de organum ser conhecido como “organum melismático”.
Motetos (mp3)- No Século XIII, as vozes mais altas das clausulae começaram a receber palavras independentes do texto. O duplum, então, a ser conhecido como motetus (do francês mots, que significa “palavras”), dando assim origem a um tipo de música popular que foi chamada de moteto. Como muitas dessas composições foram elaboradas para serem cantadas fora das igrejas, passaram a ser usadas palavras seculares. Sobre a clausula, talvez tirada de um organum a duas vozes, acrescentava-se uma terceira voz (triplum), escrita com notas mais rápidas. Esta tinha palavras inteiramente independentes, às vezes até em outra língua."É curioso observar que, musicalmente, o triplum poderia tanto ajustar-se ao tenor (agora mais tocado do que cantado) como o duplum, mas não precisava necessariamente adequar-se aos dois, do que por vezes resultavam conflitos dos mais dissonantes"! É típica da Idade Média essa forma de construção musical em camadas, por vezes resultantes do trabalho de diferentes compositores.
Danças e Canções Medievais (mp3)- Em sua maioria, as danças e canções medievais são monofónicas (tessitura de uma só linha). Durante os séculos XII e XIII, houve intensa produção de obras na forma de canção, compostas pelos troubadours, os aristocráticos poetas-músicos do Sul da França, e pelos trouvères, a contrapartida destes no Norte. São duas palavras que estão associadas ao moderno verbo francês trouver que significa "descobrir" - de modo que troubadours e trouvères eram aqueles que descobriam ou inventavam poemas e melodias. Eram melodias que davam clara ideia do tom, mas não dos valores reais das notas, que adivinham certamente do ritmo natural das palavras. Não existe qualquer informação sobre os instrumentos que deveriam acompanhá-las, mas é pouco provável que fossem cantadas sem acompanhamento. Também é possível que houvesse uma introdução e interlúdios entre os versos, executados por algum instrumento. Dentre as canções dos troubadours, uma das mais conhecidas é Kalenda Maya, música que pode ser cantada em um tempo de dança bem ritmado: "Primeiro de Maio, mas nenhuma folha, flor ou canto de pássaro me pode dar prazer, enquanto notícias de meu amor não receber..." De entre as dos trouvères, C'est la fin, de autor anónimo, traduz um estado de espírito ainda mais melancólico: "É o fim. Não importa o que se diga, eu amarei…” As formas mais populares da dança medieval foram a estampie (provavelmente, "dança sapateada") e o saltarello ("dança saltitante"). São músicas construídas por partes, cada qual repetida uma vez. A parte, antes de se fazer a repetição, é chamada "ouvert" (aberta), e da segunda vez em que é executada tem o nome de "clos" (fechada). Tanto podia ser tocada por um ou dois instrumentos como por um grupo mais numeroso, com um ou dois solistas executando as partes iniciais para depois juntar-se os demais instrumentistas. Mostramos aqui uma dança de corte na França do Século XIII, chamada ductia, cuja forma é a da estampie, mas com um número menor de partes.
INSTRUMENTOS MUSICAIS
Alaúde (mp3) – o alaúde, na forma que a Renascença tornou famosa, só foi introduzido na Europa no Século XII, pelos mouros, com seu nome árabe (al’ud, que se tornou laud na Espanha, depois luth na França). No fim do Século XIV, adquiriu aspecto característico com caixa piriforme composta de lados de sicónomoro e o cravelhal recurvado para trás. Carrilhão - conjunto de sinos graduados, para ser tocado com martelos de metal. Charamela (mp3) - instrumento de sopro e palheta dupla, antepassado do oboé. Cítola ou cistre - instrumento de 4 cordas de arame. Cornamusa – instrumento de sopro que consiste de um chalumeau melódico dotado de palheta dupla e inserido em um reservatório de pele hermético (odre ou saco). O ar entra no odre através de um tubo superior, com uma válvula para impedir o seu retorno. Na Idade Média este instrumento podia ou não ter um bordão. Flauta e tambor - taborin (nome dado ao executante). Flauta de três furos tocada com uma das mãos enquanto a outra toca o tambor que é sustentado no ombro ou debaixo do braço pelo mesmo executante. Animava todas as danças e festividades e o seu auge foi entre os Séculos XV e XVI. Este instrumento é até hoje presente em algumas tradições no sul da França e no País Basco. Flauta dupla – os instrumentos de sopro duplos são conhecidos desde Antiguidade. A flauta dupla foi um instrumento bastante utilizado e desapareceria somente no século XVI. Flauta reta – as flautas retas englobam as flautas doces (flauta de oito furos, um deles na parte posterior destinado ao polegar) e as flautas de seis furos com agudos feitos através de harmónicos, já que não possuem o furo posterior. É classificado na Idade Média como instrumento de som suave, baixo, diferenciando-se dos instrumentos altos, como as bombardas. Flauta transversal – Presente em Bizâncio pelo menos desde o século XI, é pela primeira vez representada no manuscrito d’Herrade de Landsberg. Os estudiosos dos instrumentos do período estão de acordo em afirmar que a flauta transversal, bem como as flautas retas, tinham formato cilíndrico. Galubé e tamboril - flauta e tambor de duas faces, tocados por uma só pessoa. Harpa (mp3) – as harpas são reconhecidas por sua forma aproximadamente triangular e pelas cordas de comprimentos desiguais estendidas num plano perpendicular ao corpo sonoro. As cordas são presas por cravelhas, que podem variar de sete a vinte e cinco. A pequena harpa portátil veio sem dúvida da Irlanda, com a chegada dos monges irlandeses (a harpa é o emblema heráldico deste país). Organetto ou portativo - (porque podia ser carregado ou portado pelo executante). Bizâncio foi o primeiro centro de construção de órgãos da Idade Média. Na figura ao lado temos uma representação do instrumentista tocando o fole com a mão esquerda, enquanto a direita executa a peça no teclado. Órgão (mp3) - além do órgão da igreja, havia o órgão portátil, que podia ser carregado. Percussão – antes do século XII, praticamente não existia, a excepção dos jogos de sinos (cymbala) empregados nos mosteiros. Só nos Séculos XII e XIII aparecem na Europa provenientes provavelmente do Oriente, os tambores de dois couros, o pequeno tambor em armação, que por vezes era dotado de soalhas (pandeiro), címbalos de dedos etc. Rabeca – instrumento de cordas friccionadas com caixa monóxila, isto é, escavada em uma só peça de madeira. As formas variavam entre as ovais, elípticas ou rectangulares. De proporções menores do que a viela de arco tem um som agudo e penetrante. Saltério (mp3) – Aparece no século XII numa escultura da catedral de Santiago de Compostela. Neste instrumento as cordas são estendidas em todo o seu comprimento acima da caixa de ressonância, ao contrário do princípio da harpa. Viela - maior que as violas modernas, possuía um cavalete achatado. Viela de arco (mp3) – os instrumentos de cordas friccionadas da Idade Média, chamados vièle, fiddle, giga, lira, começaram a ser utilizados no século X, quando o arco surge na Europa (introduzido provavelmente pelos árabes). A viela de arco pode ter formas bastante diversas e apresenta normalmente de três a cinco cordas. Pode ser tocada apoiada no ombro ou no joelho. Viela de roda – ou symphonia - Espécie de viela em que o arco é substituído por uma roda, que fricciona as cordas sob a acção de uma manivela. As cordas são encurtadas não directamente pelos dedos, mas através de um teclado. Este instrumento pertence ao folclore desde o Século XVII.
RENASCIMENTO 1450 - 1600 O Renascimento (termo proveniente de «renascer») caracteriza-se essencialmente por dois aspectos fundamentais: o interesse pelo saber e o interesse pela cultura. Estes ideais, provenientes dos antigos Gregos e Romanos, marcaram fortemente este período, de grandes descobertas e explorações, com notáveis avanços na Ciência e na Astronomia. Deixa de existir a visão teocêntrica do Homem da Idade Média, isto é, Deus deixa de ser razão para todas as explicações acerca do Universo.
Terminada a Guerra dos Cem Anos, a Inglaterra e o Ducado de Borgonha, que compreendia a Bélgica, a Holanda e a França, converteram-se nos centros da cultura musical do século XV. Os compositores ingleses viajaram ao longo do continente europeu na primeira metade deste século. Alguns estabeleceram-se onde hoje é a França, na época território inglês. A transferência do Ducado para o imperador Maximiliano I, em 1477, transferiu o centro cultural para os Países Baixos. Esta escola (franco-flamenga) irradiou a sua influência de quase 200 anos pela Europa. O período da Renascença se caracteriza, na história da Europa Ocidental, sobretudo pelo enorme interesse devotado ao saber e à cultura, particularmente a muitas ideias dos antigos gregos e romanos. Foi também uma idade de grandes descobertas e explorações, a época em que Vasco da Gama, Colombo, Cabral e outros exploradores estavam fazendo suas viagens de descobrimento, enquanto notáveis avanços se processavam na ciência e na astronomia. Entre os principais compositores da primeira geração renascentista, encontram-se Guillaume Dufay e Johannes Ockeghem, dois homens eruditos, que deram continuidade e desenvolvimento ao estilo musical que, distintamente, Dunstable tinha criado. A música introduzida por Dufay e seus contemporâneos tinha uma clarividência sem precedentes. As técnicas medievais começam a ser esquecidas. CARACTERÍSTICAS MUSICAIS Música Sacra (mp3) - Música sobre temas religiosos. Música Profana (mp3) - Música de divertimento, para ouvir ou dançar, podendo ser programática ou pura e que não diz respeito à religião nem a temas religiosos.
Polifonia (mp3) - Sobreposição de diversos sons mas que tem implícita a presença do contraponto – é o oposto de homofonia, em que o interesse está confinado a uma única “linha” musical, actuando os outros sons apenas como acompanhamento. O período polifónico é uma expressão que indica o Século XVI e os princípios do Século XVII, o período de Palestrina, Lasso e Byrd. Imitação contínua (mp3) - Imitação é o processo de que os compositores se servem na escrita da partitura: uma voz repete uma figura que foi enunciada antes por outra voz. Contínuo é um tipo de linha melódica grave que se compunha para um instrumento de teclado destinado a tocar a parte de acompanhamento ou a fazer parte de um conjunto instrumental especial. Dada uma única nota grave, o músico tinha de elaborar ele próprio as harmonias correctas a tocar acima daquela nota. Cantus firmus - Cantus firmus é uma melodia, geralmente extraída do canto gregoriano, usada por compositores dos séculos XIV – XVII como base da composição polifónica e contra a qual as outras melodias são escritas em contraponto. Pavana (mp3) - Dança espanhola, aristocrática, que remonta pelos menos ao Século XVI e é mencionada em Shakespeare. Era frequentemente seguida por uma veloz Galharda. Galharda (mp3) - Dança animada mas nem sempre no compasso 3/2 e que ascende ao Século XV. Entrava frequentemente nas suites orquestrais dos sécs. XVI e XVII, em contraste com uma Pavana, que é mais lenta, e às vezes era construída com o mesmo material desta. INSTRUMENTOS MUSICAIS Alaúde (mp3) - Instrumento de cordas com trastos, muito antigo, dedilhado pelos dedos (inicialmente usava-se um plectro ocasionalmente). Provavelmente, em Espanha, foi transformado no alaúde europeu, com uma separação nítida entre o braço e a caixa de ressonância central. Bombarda (mp3) - Tipo de Charamela, embora nos séculos XIV e XV o termo fosse aplicado à charamela alto na França e Inglaterra. O nome provém provavelmente de uma peça de artilharia com o mesmo nome. Espineta (mp3) - Instrumento de tecla de pequena dimensão, da família do cravo, no qual as cordas estão dispostas em diagonal, em frente do executante, e mais ou menos paralelas ao teclado, como no virginal. Fagote (mp3) - Membro mais grave da família das palhetas duplas, afinado em Dó. Feito em madeira, com um tubo cónico. Flauta Travessa (mp3) - Flauta tocada transversalmente, que se distingue da flauta direita, a qual é tocada com a ponta virada para baixo. Harpa (mp3) - Instrumento de origem muito remota, que se pode definir muito simplesmente como uma armação aberta sobre a qual está esticada uma série de cordas de dimensão crescente, postas em vibração quando são dedilhadas. Órgão (mp3) - Instrumento de tecla operado pela pressão de ar transmitida dos foles aos tubos, fazendo soar as notas. Sacabuxa (mp3) - Antiga designação de um instrumento de sopro, espécie de trombone. Usado a partir de finais do século XV. Pouco diferente do trombone moderno, este instrumento tem apenas uma campânula maior. Trompete (mp3) - Instrumento de sopro do grupo dos metais, com um tubo de curvatura interna cilíndrico, que no último quarto da sua extensão se vai alargando até tomar quase a forma de uma campânula. Vihuela (mp3 ) - Instrumento espanhol de forma semelhante à guitarra. Maior do que a guitarra e tinha geralmente 6 pares de cordas e 10 trastes. Foi substituído gradualmente pela guitarra cerca de 1700. A sua música era escrita em tablatura. Viola de Braço (mp3) - Instrumento de corda que se toca apoiado no braço mas posteriormente aplicou-se aos membros da família do violino. Viola da Gamba (mp3) - Instrumento de corda, embora se refira mais especificamente ao instrumento baixo, que se segurava entre os joelhos. Virginal (mp3) - Instrumento de tecla de corda beliscada. O virginal típico tem uma forma oblonga com uma série de cordas paralelas ao teclado. A origem do termo é obscura mas é provável que venha da associação deste instrumento com executantes femininas ou possivelmente do seu timbre (semelhante ao de uma voz de menina).
MÚSICA BARROCA
1600-1750
Barroco, termo que foi aplicado a pedras preciosas de formato triangular, terá sido também usado para definir o estilo arquitectónico em particular e a arte em geral, pelo emprego excessivo de ornamentos. Em finais do século XVI, a música procurava ainda os caminhos que outras artes tinham já trilhado: o regresso aos padrões clássicos greco-romanos. Durante o período que decorreu aproximadamente entre 1600 e 1750, o desenvolvimento da música assentava em duas vertentes principais: o melodrama - baseado no teatro grego, em que as palavras e o canto davam maior expressividade sentimental - e a música instrumental - que durante estes anos teve um notável desenvolvimento, tornando-se uma arte completamente autónoma. Em Florença, Itália, um grupo de intelectuais que se auto-intitulou de camerata, reuniam no Palácio de Pitti, ou na residência do mecenas Giovanni Bardi, preparando a renovação musical. Este novo género que se desenvolvia tinha uma grande adesão por parte de alguns aristocratas da época que, através do apoio prestado às artes, eram reconhecidos socialmente. Esses aristocratas chegaram à conclusão que o elaborado contraponto, até esse tempo utilizado no canto, encobria o sentido das palavras que, segundo eles, deveria ter mais importância do que a música. A polifonia dos séculos XV e XVI foi a mais complexa de todos os tempos.
CARACTERÍSTICAS MUSICAIS
Suite - Nome mais comum dado a uma composição instrumental em diversos andamentos, uma sequência de danças. Nos séculos XVII e XVIII, a sua característica era a inclusão das danças “Allemande”, “Corrente”, “Sarabanda” e “Giga” com a adição de outras danças. Tonalidade maior e menor - A distribuição dos tons e meios tons pelas notas de uma escala determina os vários modos. Se uma escala no modo Maior começar em Dó, diz-se que está na tonalidade (ou no tom) de Dó; se começar em Ré, diz-se que está na tonalidade (ou no tom) de Ré, etc. As notas que estão fora do tom da escala diz-se que estão fora do tom.
Os sustenidos e bemóis que pertencem ao tom utilizado podem ser reunidos junto da clave; os outros sustenidos e bemóis naturais que aparecem «acidentalmente» na música são escritos como acidentes. Os modos maior e menor e respectivos tons são os dois únicos tipos de ordenação de notas usados na música ocidental aproximadamente entre 1600 e 1900; antes disso predominavam os modos gregorianos.
Melodia - Uma sucessão de notas, variáveis de altura, que tem uma forma organizada e reconhecível. A melodia é horizontal, ou seja, as notas são ouvidas consecutivamente, ao contrário da harmonia, em que as notas soam simultaneamente («vertical»). Estilo monódico - Género de composição em melodia e contínuo, por exemplo, na ópera italiana dos princípios do Século XVII, em contraste com o estilo polifónico precedente, quando as partes eram tratadas como tendo a mesma importância.
ESTILO | COMPOSITOR | MÚSICA | Suite | Johannes Sebastien Bach | Suite 2 | mp3 | Galharda | Jean-Baptiste Lully | Abertura | mp3 | Aria | Claudio Monteverdi | Qual onor | mp3 | Minueto | George Friedrich Handel | Suite 1 | mp3 | Prelúdio e Fuga | Johannes Sebastien Bach | Dó Menor | mp3 | Sonata | François Couperin | La tromba | mp3 | Concerto - abertura | Alessandro Scarlatti | Lá menor | mp3 | Concerto | Arcangelo Corelli | Natal | mp3 | Baixo Contínuo | Arcangelo Corelli | Trio Sonata Op.3 n.º2 | mp3 | Cantata | Johannes Sebastien Bach | Wachet auf | mp3 | Coral | Johannes Sebastien Bach | Ich will hier bei dir stehen | mp3 | Oratória | George Friedrich Handel | O Messias - Alleluia | mp3 | Responsório | Calos Seixas | Tantum Ergo | mp3 | Dinâmica | Henry Purcell | Come, ye sons of arts, come away | mp3 | Melodia | George Friedrich Handel | I know that my redeemer liveth | mp3 | Homofonia | Giulio Caccini | Amarilli | mp3 |
MÚSICA CLÁSSICA 1750-1810 Por um lado, o termo «clássico» poderá ter significados diferentes, mas por outro, seja qual for a interpretação, significa algo de valor duradouro, eterno, ao qual estão associadas qualidades como, entre outras, simplicidade, clareza, equilíbrio, elegância e lógica. Sendo vulgarmente chamada clássica a toda a música que não é efémera, passageira, significando o oposto de ligeira ou popular, deve ser enquadrada no período histórico a que nos estamos a referir; compreendido aproximadamente entre 1750 e 1810. No decorrer do século XVIII, realizou-se plenamente aquilo a que os últimos compositores barrocos já aspiravam: a criação de uma arte abstracta. Os classicistas não pretendiam que a sua música fosse uma linguagem para cantar a religião, o amor; o trabalho, ou outra coisa qualquer. Procuravam darlhe pureza total, a fim de que o mero acto de ouvi-Ia bastasse para dar prazer. A perfeição formal era o seu ideal estético, baseado na abstracção completa. Essa abstracção foi obtida, desenvolvendo a sonata clássica (sonata forma/forma sonata) e a sinfonia. A música clássica tornou-se mais leve e menos complicada que no período Barroco. Nela predomina a melodia com acompanhamento de acordes, as frases são bem delineadas e mais curtas que anteriormente. A dinâmica das obras torna-se mais variada, aparece o Sforzato (acentuação forte numa nota), o crescendo (aumento gradual da intensidade do som) e o diminuendo (diminuição gradual da intensidade do som). A música é tonal. O cravo cai em desuso e é substituído pelo piano (piano-forte). A orquestra cresce em tamanho e acolhe um diversificado número de instrumentos. Por seu lado, a Ópera conhece um grande desenvolvimento e popularidade e começa a tratar temas do dia-a-dia. É um período musical extremamente fértil em grandes compositores e talvez a mais produtiva de todos os períodos da história da música. Viena de Áustria é considerada a capital da música clássica pois foi lá que se concentraram a maioria dos compositores. CARACTERÍSTICAS MUSICAIS Sonata - Originalmente, peça para ser tocado em vez de ser cantada. A sonata barroca tem de 3 a 5 andamentos, mais extensos e autónomos. No período romântico tem dois a quatro andamentos, o primeiro dos quais usa sempre a forma sonata. Música pura ou absoluta - Música que não recorre a referências directas a coisas exteriores, isto é, que não é acompanhada de palavras nem é música descritiva, que descreve uma história, ou uma cena. Sinfonia - Grande obra orquestral. Normalmente em três ou quatro andamentos, um dos quais costuma ser na forma sonata.
COMPOSITOR | MÚSICA | Joseph Haydn | Concerto Trompete e Orquestra | mp3 | Wolfgang A. Mozart | Eine Kleine Nachtmusik | mp3 | Wolfgang A. Mozart | Flauta Mágica | mp3 | Wolfgang A. Mozart | Sinfonia 40 | mp3 | Wolfgang A. Mozart | Sonata Piano Lá M | mp3 | Wolfgang A. Mozart | Requiem | mp3 |
MÚSICA ROMÂNTICA 1810-1910
Depois da Revolução Francesa, o Liberalismo espalhou-se por toda a Europa e, seguidamente, para o resto do mundo que tinha sido alvo de uma grande transformação. Os ideais políticos, assim como a estrutura cultural que parecia ser sólida e definitiva, acabaram por desmoronar e, consequentemente, as artes não escaparam. Como expressão cultural deste novo ideal (Liberalismo) surgiu, atingindo todas as artes, o movimento romântico. Relativamente à música, os novos conceitos tinham como objectivo: 1 - eliminar a arte de salão feita para uma elite aristocrática e 2 - direccionar a música para o povo através de uma linguagem simples. As primeiras manifestações dessa nova música eram geralmente obras de exaltação revolucionária em que se celebravam os acontecimentos nacionais e as liberdades conquistadas. A «antiga» linguagem musical clássica já não servia, visto ser limitada por regras muito rígidas. Perante os novos conceitos, a música devia dramatizar-se, tornar-se sentimental, exprimir sentimentos interiores, ser mais livre e, para isso, precisava de formas mais livres que favorecessem, entre outros aspectos, a improvisação. Assim, ao lado de concertos, sinfonias e sonatas surgiam fantasias, nocturnos, baladas, rapsódias, prelúdios e poemas sinfónicos. Em França, os músicos desdobram-se numa produção contínua e descontrolada desse tipo de obras, mas é entre os alemães que o Romantismo se afirmará. O rumo será este até meados do Século XIX, altura em que se deu o casamento entre o Romantismo e o Nacionalismo (Casamento esse que veio a ser dos mais felizes… para a música!).
CARACTERÍSTICAS MUSICAIS
Música programática - É música instrumental sugerida por um termo não musical e que trata de descrever, por exemplo, uma história, uma pintura, etc. Ópera - Género de peça teatral em que todos ou a maior parte dos personagens cantam os seus papéis e em que a música constitui um dos elementos fundamentais. As primeiras obras que se podem classificar neste género são as que apareceram em Itália por volta de 1600, embora se encontrem precursores na Idade Média. Há diversos sinónimos para o tema ópera, cujos significados exactos dependem do contexto histórico. Música nacionalista - Um movimento musical que começou durante o Século XIX e foi marcado pela ênfase dada a elementos nacionais da música, como canções tradicionais, danças tradicionais, ritmos tradicionais ou assuntos para óperas e poemas sinfónicos que reflectiam a vida e história nacionais. Paralelamente deu origem a movimentos políticos de independência, tais como os que ocorreram em 1848, como uma reacção à dominância da música alemã. Na Rússia, A Vida pelo Czar de Glinka (1836) iniciou um movimento nacionalista que foi sustentado por Cui, Mussorgsky, Balakirev, Rimski-Korsakov. Liszt expressou o espírito húngaro nas suas obras e este espírito foi intensificado por Bartók e Kódaly. Smetana, Dvorák e Janácek foram os principais nacionalistas da Boémia; na Noruega, Grieg, na Finlândia, Sibelius; em Espanha, Falla, Albéniz e Granados; em Inglaterra, Holst e Vaughan Willliams; nos E.U.A., Copland, Gershwin, Ives e Bernstein; no Brasil, Villa-Lobos.
COMPOSITOR | MÚSICA | Berlioz | Sinfonia Fantástica Op. 14 | mp3 | Fryderyk Chopin | Estudo 4 Dó Sust. Piano | mp3 | Franz Lizt | Concerto Orq. 1 Mib m | mp3 | Richard Wagner | Navio Fantasma | mp3 | Johannes Brahms | Dança Húngara 5 | mp3 | George Bizet | Carmen | mp3 | Tchaikovsky | Abertura 1812 | mp3 | Claude Debussy | O Mar: diálogo do vento e do mar | mp3 |
|
|
|