Um personagem marcante na vida de um ator ou de uma atriz pode ser uma faca de dois gumes. Se, por um lado, um papel inesquecível pode levá-lo(a) ao estrelato, também pode marcá-lo(a) de tal maneira que, muitas vezes, o personagem se torna maior que o próprio intérprete. Foi o que aconteceu, por exemplo, com Mark Hamill, que viveu nas telas o bravo Luke Skywalker, personagem principal dos três primeiros filmes da série Guerra nas Estrelas, mas que jamais teve outro papel de igual destaque.
E alguém poderia associar o nome de William Shatner a outro personagem que não James Kirk, o eterno capitão da nave Enterprise, na série televisiva – e, posteriormente, cinematográfica – Jornada nas Estrelas? Nenhum outro ator parecia mais talhado para viver o Super-Homem que Christopher Reeve, cuja carreira jamais decolou, embora ele tenha tido excelentes atuações em “Monsenhor”, “Em algum lugar do passado” e “Armadilha mortal”, este último ao lado do genial Michael Caine.
O circunspecto pistoleiro Shane, de “Os brutos também amam”, marcou a vida de Alan Ladd de tal maneira que ele jamais conseguiu se livrar do personagem e morreu em 1964, em conseqüência de uma overdose de álcool e antidepressivos, desiludido com a carreira artística. Outros atores encaram com bom humor e uma certa dose de resignação a armadilha do personagem único. Até hoje Adam West colhe os louros por sua atuação como o Batman da série televisiva exibida pela ABC entre 1966 e 1968 e, sem qualquer constrangimento, costuma aparecer em convenções de histórias em quadrinho, vestindo o uniforme do personagem.
A maldição parece pesar com mais intensidade em atores jovens ou crianças. Jennifer Gray e Macaulay Culkin até que tentaram, mas jamais conseguiram se livrar dos papéis vividos em “Dirty Dancing” e “Esqueceram de mim”, respectivamente. Ricky Schoder emocionou o mundo nos anos 70, ao viver o filho de um boxeador decadente em “O campeão”, mas, depois disso, a sua carreira se limitou a papeis inexpressivos no cinema e na TV. Ralph Macchio será sempre lembrado como o garoto franzino que se torna um mestre das artes marciais, no clássico oitentista “Karate Kid”, mas o único papel de algum relevo que fez depois foi no fraco “Meu primo Vinnie”, com o insuportável Joe Pesci.
Claro que há inúmeros exemplos de grandes atores que souberam redirecionar suas carreiras e conseguiram vencer o desafio de ter vivido um personagem extremamente carismático. 007 poderia ter aprisionado Sean Connery para sempre, como fez, por exemplo, com Roger Moore. Mas o escocês soube se reinventar e em sua carreira despontam outros personagens tão inesquecíveis quanto o charmoso espião britânico, como o frade William de Baskerville, em “O nome da rosa”, ou o incorruptível Jim Malone, em “Os intocáveis”, que lhe rendeu o Oscar de melhor ator coadjuvante.
Harrison Ford está presente em duas das mais bem-sucedidas franquias do cinema: “Guerra nas estrelas” e “Caçadores da arca perdida”. Mas jamais se acomodou com os louros do sucesso e deixou para trás o cínico Han Solo, que havia escancarado as portas da fama, e o impagável Indiana Jones, que o elevou à categoria de superstar, para encarar personagens de grande carga dramática, como o detetive Ricky Deckard, no extraordinário “Blade Runner”, e o policial John Book, em “A testemunha”, pequena obra-prima de Peter Weir.
Hannibal Lecter era um brilhante psiquiatra, que costumava ajudar a polícia em investigações sobre assassinos seriais. Mas escondia um segredo terrível: o insaciável apetite por carne humana. Lecter também poderia tragar o seu intérprete para o perigoso limbo do personagem único, se esse intérprete não fosse o exuberante Anthony Hopkins, cuja versatilidade permitiu-lhe evitar a tentação da auto-indulgência e viver novos desafios. Seu talento deu uma nova dimensão a figuras históricas como o pintor Pablo Picasso, no filme “Os amores de Picasso” e os ex-presidentes norte-americanos Quincy Adams e Richard Nixon, respectivamente, em “Amistad” e “Nixon”, além de ter criado personagens inesquecíveis, como o obsessivo Van Helsing, em “Drácula”, e o fleumático Mr. Stevens, o mordomo dividido entre o amor e as obrigações profissionais em “Vestígios do dia”.
Ainda que muitos queiram reduzir Jimmy Wilbur Cobb a “músico de um álbum só”, esse fabuloso baterista também soube, a exemplo dos citados Harrison Ford, Sean Conery e Anthony Hopkins, se livrar dos estigmas e chegou aos oitenta anos esbanjando saúde, vitalidade e muita alegria de viver. É claro que seu nome está fortemente associado a Miles Davis, cuja banda integrou por quase seis anos. Mas por mais que alguns fãs do jazz queiram rotulá-lo, ele é muito mais do que o simples baterista de “Kind Of Blue”.
Nascido no dia 20 de janeiro de 1929 em Washington, D.C. Autodidata, começou a tocar bateria por brincadeira, ainda na infância. Em pouco tempo, já possuía um ótimo domínio técnico do instrumento e somente na adolescência é que realizou alguns estudos formais, com Jack Dennett, um percussionista da cidade, envolvido com a música erudita. Jimmy se tornou profissional no final dos anos 40 e tocou com Charlie Rouse, Leo Parker, Frank Wess, Billie Holiday e Pearl Bailey, sempre na região de Washington.
Em 1949 foi contratado pelo saxofonista Earl Bostic, ao lado de quem fez as suas primeiras gravações. Bostic fazia muito sucesso na época, e sua banda foi uma das pioneiras no R&B. Durante aquele período, Cobb conheceu um jovem saxofonista em início de carreira, chamado John Coltrane, com quem voltaria a trabalhar alguns anos depois, já na banda de Miles Davis.
Insatisfeito com o tipo de música que Bostic fazia, Cobb, já profundamente seduzido pela batida do bebop, deixou a banda em 1951, para acompanhar a cantora Dinah Washington. Foram cerca de quatro anos de uma relação que extrapolou o âmbito musical, e o baterista viveu um rápido, porém intenso, romance com a temperamental cantora. Os dois chegaram a dividir um apartamento na 7ª Avenida, em Nova Iorque, no mesmo prédio em que moravam o pianista Erroll Garner e o casal Dizzy e Lorraine Gillespie.
Com o fim da parceria amorosa e musical, em 1955, Cobb continuou em Nova Iorque e tocou com uma infinidade de grandes músicos. Clark Terry, Dizzy Gillespie e Stan Getz foram alguns deles. No ano seguinte, faria parte do quinteto de Cannonball Adderly, onde pontuavam o irmão deste, Nat, o pianista Junior Mance e o baixista Sam Jones. O grupo foi desfeito naquele mesmo ano, mas Cannonball e Cobb continuaram amigos.
Em 1958, por indicação de Adderley, Jimmy foi contratado por Miles Davis, para substituir o excelente Philly Joe Jones. Embora o estilo de Cobb seja menos expansivo que o de Jones, ele se adequou perfeitamente à sonoridade da banda e a parceria com Davis se estendeu por vários anos. Além de “Kind of Blue”, de 1959, Cobb participou de muitos outros álbuns do trompetista, como “Sketches of Spain”, “Someday My Prince Will Come”, “Live at the Blackhawk” e “Porgy and Bess”.
A associação com Miles encerrou-se em 1963, quando Jimmy foi substituído por Tony Williams. Ele então formou um trio com dois ex-companheiros da banda de Davis, o pianista Wynton Kelly e o baixista Paul Chambers, um dos melhores pequenos conjuntos dos anos sessenta. O trio gravou extensivamente para a Vee Jay e está presente em álbuns de gente do calibre de Kenny Burrell, J. J. Johnson e, sobretudo, Wes Montgomery.
O trio foi desfeito no final dos anos 60 e Cobb foi trabalhar com Sarah Vaughn, com quem permaneceu por nove anos. O baterista esteve no Brasil em várias ocasiões, acompanhando a cantora. Numa delas, participou de um show histórico em Vitória, no dia dia 23 de outubro de 1977, no Teatro Carlos Gomes. Produzido pelo notável Marien Calixte e pelo amigo e blogueiro Rogério Coimbra, o show foi um dos momentos mais marcantes do jazz no Espírito Santo. A banda da cantora era integrada, então, pelo pianista Carl Schroeder e pelo baixista Walter Booker.
Coimbra relembra, com muito humor, o que se passou naqueles dias, incluindo um passeio de Fusca “envenenado” e um jantar em homenagem à Diva: “Houve resistência por parte do grupo, mas, diante de insistência minha e de Arlindo Castro, embarcamos no meu fusquinha. Eu dirigindo, Sassy ao meu lado e, no banco atrás, aquela montanha de carne: Walter Brooker e Jimmy Cobb esmagando Arlindinho. Mr Booker providenciou outra cigarrilha mágica. Com os vidros cerrados, para não poluir a cidade, ficamos a passear pela Praia do Canto e Camburi, num tempo que parecia não terminar. De repente, Mrs. Vaughn sentenciou: “I’m hungry, let’s eat”. Lembrei que em Vitória não tinha nada aberto àquela hora. Ponderei sobre o jantar e que seria simpático comparecermos; o ambiente seria agradável, sem tietagem e tudo mais que a convencesse a ir. A larica falou mais alto”.
Chegando na casa da anfitriã, Sarah matou o apetite e, depois, sentou-se ao piano para tocar e cantar até o dia amanhecer. Rogério relembra que naquela noite não desgrudou de Cobb, a fim de “ouvir as histórias de Miles Davis e John Coltrane. Ele portava no bolso de sua camisa um pente que a cada minuto tirava e passava no cabelo. E contava histórias como se estivesse executando um longo solo de bateria. Schroeder não apareceu no jantar”.
Jimmy permaneceu com Sarah até 1979, quando deixou a banda para montar um novo trio, desta feita em parceria com o pianista Joe Albany. Como sideman, seu nome pode ser lido nas capas de álbuns de feras como Ricky Ford, Nancy Wilson, Dave Holland, Gil Evans, Sonny Stitt, Nat Adderley, Hank Jones, Ron Carter, George Coleman, David “Fathead” Newman, Geri Allen, Nick Brignola, Jimmy Cleveland, Red Garland, Joe Henderson, Ernie Royal, Billy Mitchell, Bobby Timmons, Jerome Richardson, Tito Puente, Ernie Watts, Bill Evans, Julian Priester, Richard Wyands, Von Freeman, Richie Cole, David Amram, apenas para citar alguns.
Jimmy tem uma discografia relativamente pequena, para um artista há tanto tempo na Estrada. São cerca de 20 álbuns, distribuídos por selos como Sound Hills, Milestone, Concord, Philology, Nagel Hayer Records e JVC. Nesses discos, o baterista conta com as presenças de alguns dos maiores nomes do jazz, das mais diversas gerações, tais como Freddie Hubbard, Dave Leibman, Michael Brecker, Eddie Gomez, Jon Faddis, Christian McBride, Javon Jackson, Cedar Walton, Hank Jones e Eric Alexander.
Em meados da década de 90, ele montou o “Jimmy Cobb's Mob”, banda com a qual lançou alguns ótimos álbuns. Um deles é o excelente “Only for the Pure of Heart”, gravado para a Fable Records, no dia 19 de janeiro de 1998. Ao lado do baterista, atuam Richard Wyands no piano, Peter Bernstein na guitarra e John Webber no contrabaixo.
“Delilah” é uma composição de Victor Young e faz parte da trilha sonora de “Sansão e Dalila”. A versão do quarteto explora as sonoridades latinas como o bolero e a salsa e é bastante diferente da célebre interpretação de Max Roach e Clifford Brown. A percussão de Cobb é discreta e permite que Wyands e Bernstein construam solos longos e eloqüentes. O guitarrista tem uma atuação tranqüila e relaxada, e sua sonoridade se mantém próxima à de Jim Hall.
Andrew Tex Allen é um trompetista pouco conhecido, mas é um grande compositor e comparece com três temas: “Say Little Mama Say”, a faixa-título e “Ma Turk”. Na primeira, o bebop é a principal referência, com direito a improvisações exuberantes por parte de Webber, Bernstein e Wyands e a um poderoso suporte rítmico por parte de Cobb, especialmente na parte final do tema. A segunda é uma valsa executada em tempo médio e que conta com uma atuação de gala do guitarrista. A última é uma balada contemplativa, na qual fulgura a guitarra inebriante de Bernstein e a classe do líder, um engenhoso artesão de texturas.
“Stars Fell on Alabama” foi composta por Frank Perkins e Mitchell Parish e é um standard dos mais conhecidos. O quarteto faz uma releitura sóbria, arrimada na sonoridade elegante e límpida de Bernstein. Dentre as inúmeras virtudes de Cobb, está a sua capacidade de criar nuances sonoras hipnóticas e sua destreza no uso dos pratos. Nesta faixa, essas características se evidenciam e mostram a importância do silêncio e do senso de tempo para um baterista.
O saxofonista Jimmy Heath é o autor de “Gingerbread Boy”, na qual se pode perceber com maior nitidez a excelência da arte percussiva de Cobb. Ele prefere uma abordagem equilibrada à opulência rítmica, embora saiba fazer rufar os tambores com muita energia, como demonstra o seu exuberante solo. Outro destaque é a vigorosa performance do guitarrista, que se entrega às harmonias com a ferocidade e a urgência de um Grant Green.
A enigmática “Johhny Red” foi composta pelo baixista John Webber, que tem aqui uma excelente oportunidade para exibir suas qualidades como solista. Impecável no acompanhamento, ele demonstra igual perícia ao improvisar e uma profunda intimidade com o blues. O tema possui dissonâncias tipicamente monkianas e as oscilações de ritmo e andamento são soberbamente captadas pelo líder, com o auxílio sempre empolgante de Bernstein.
“Smile” é resultado da parceria entre Charlie Chaplin, Geoff Parsons e John Turner e a interpretação do quarteto é vibrante e extrovertida. Wyands tem aqui a sua atuação mais exuberante, com direito a solos atrevidos e de enorme expressividade. Cobb e o pianista dialogam em altíssima temperatura, no estilo pergunta-e-resposta, e Webber brilha em uma interpretação musculosa.
Peter Bernstein compôs “Vida Blue”, um blues sincopado e reflexivo, no qual o guitarrista transborda emotividade e ardor, com uma interpretação calorosa e de grande intensidade. Apoiado pelo contrabaixo volumoso e ritmado de Webber e pelo piano visceral de Wyands, Bernstein faz uma belíssima ponte entre o blues eletrificado de Chicago, estridente e urbano, e o blues do Delta do Mississipi, rural e cadenciado. Discreto, Cobb usa os pratos com maestria e parcimônia.
“Riverside” é a segunda composição de Webber incluída no álbum e foi escolhida para encerrar os trabalhos. Bebop cadenciado e melódico, possui uma levada irresistível, especialmente por conta das incendiárias performances de Bernstein e do líder. A velocidade e a precisão de Wyands também empolgam. Um disco que encanta e confirma todas as qualidades de Cobb como executante e bandleader.
O baterista mantém uma longa e prolífica associação com a Chesky Records, desde 2002, quando gravou o elogiado álbum “Four Generations of Miles”, onde se reúne com outros três ex-integrantes das bandas de Miles Davis, o guitarrista Mike Stern, o baixista Ron Carter e o saxofonista George Coleman. Em 2007, foi a vez de “Cobb’s Corner”, que conta com as participações de Roy Hargrove no trompete, Ronnie Mathews no piano e Peter Washington no contrabaixo. Em 2009 Jimmy se reuniu mais uma vez com Hargrove, para as gravações do sensacional “Jazz In The Key Of Blue”, onde também atuam o guitarrista Russell Malone e o baixista John Webber.
Uma das facetas menos conhecidas de Cobb é a de respeitado educador musical. Todos os anos, ele ministra cursos na Stanford University, dentro do seu programa University’s Jazz Workshop. Ele já deu aulas na Parsons New School for Jazz and Contemporary Music, em Nova Iorque, na University of Greensboro, na Carolina do Norte, na San Francisco State University, e na badalada Berklee’s College of Music, em Boston, além de realizar oficinas e seminários ao redor do mundo.
Único remanescente do sexteto de Davis, Jimmy escreveu, em 2000, o prefácio do livro “Kind of Blue – The Making of the Miles Davis Masterpiece”, do jornalista Ashley Kahn. Ele também tem recebido uma vasta gama de homenagens ao longo dos seus mais de sessenta anos de carreira. Em junho de 2008, recebeu o Don Redman Heritage Award e em outubro do mesmo ano a National Endowment for the Arts (NEA) o agraciou com o título de Jazz Master, a mais alta honraria concedida a um músico de jazz.
No ano seguinte, Cobb viajou pelo mundo, liderando a poderosa “So What Band”, com a qual fez uma infinidade de concertos em homenagem aos cinqüenta anos de “Kind of Blue”. A seu lado, os talentos de Javon Jackson (sax tenor), Wallace Roney (trompete), Buster Williams (contrabaixo), Larry Willis (piano), Vincent Herring (sax alto). A turnê se estendeu por 25 países, entre eles Canadá, Inglaterra, Espanha, Suécia, França, Portugal, Áustria, Bélgica e Suíça. No Brasil, o show foi realizado nos dias 14 e 15 de maio, em São Paulo, durante a edição de 2009 do Bridgestone Music Festival.
O baterista continua a atuar com regularidade e a fazer shows pelo mundo, incluindo países como China, Japão, África do Sul e Austrália. Seu prestígio como músico e educador se mantém intacto e recentemente, em maio de 2011, recebeu a The President Medal, honraria concedida pela San Francisco State University, cujo programa de estudos jazzísticos Cobb ajudou a montar.
Exímio acompanhante, Jimmy se destaca pela capacidade de imprimir grande coesão aos grupos em que toca e não vê problema algum em abrir mão do brilho individual em prol da atuação coletiva. Segundo o crítico Richard Cook, ele “é preciso como um relógio, muito paciente e possui pouco interesse em solos, preferindo empurrar a banda e, geralmente, o faz com muito swing”.
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