MODERNO? NÃO, APENAS ETERNO!
Música e outras coisas

MODERNO? NÃO, APENAS ETERNO!




As primeiras orquestras de jazz surgiram no final do século XIX e início do século XX, em Nova Orleans. Nessas bandas, os instrumentos mais utilizados eram o piano, a corneta, a clarineta, a tuba, o trombone, o banjo e a percussão, geralmente feita por meio de uma prosaica tábua de lavar roupa. Com o advento do swing, bem poucos se mantiveram na linha de frente do jazz.

A corneta, a tábua de lavar roupa, o banjo e a tuba foram substituídos por instrumentos mais versáteis, como o trompete, a bateria, a guitarra e o contrabaixo, respectivamente. Outros, como a clarineta, continuaram a ter espaço durante a Era do Swing, mas com o advento do bebop foram praticamente relegados ao segundo plano. Curioso é o caso do saxofone, que aos poucos foi se consagrando como o mais típico dos instrumentos do jazz, rivalizando com o trompete.

O xilofone, o vibrafone e a marimba são instrumentos de percussão que pertencem à mesma família. Nenhum deles fazia parte das bandas e orquestras precursoras do jazz. Sua incorporação ao universo jazzístico deveu-se, em boa medida, ao trabalho desenvolvido por um notável instrumentista chamado Kenneth Norville. Se esse nome não soa familiar à maioria dos fãs do jazz, o apelido poderá ajudar a identificar melhor o personagem: Red Norvo.

Kenneth nasceu na cidade de Beardstown, estado de Illinois, no dia 31 de março de 1908. O pai era ferroviário e pianista amador e o garoto costumava viajar com a família nos célebres barcos que cruzavam o rio Mississippi, onde eram comuns as apresentações de pioneiros do jazz como o saxofonista Frankie Trumbauer e o lendário cornetista Bix Beiderbecke. Numa dessas viagens, quando ia visitar seus irmãos mais velhos, que estudavam no estado do Missouri, Red assistiu, pela primeira vez, a uma apresentação com um xilofone.

Aquele instrumento era diferente de tudo o que ele já tinha visto ou ouvido. A sonoridade hipnótica, a forma como ele era tocado, usando mallets (baquetas especiais, com a cabeça revestida de feltro) ao invés das escovas e baquetas tradicionais, a perfeita integração com os outros instrumentos, tudo isso deixou o garoto fascinado. Reza a lenda que ele vendeu um pônei de estimação e, com o dinheiro apurado, comprou o seu primeiro instrumento, uma marimba, cuja sonoridade é bastante semelhante à do xilofone.

Autodidata, Red passou a acompanhar espetáculos de vaudeville, a partir de 1925, fazendo parte de uma banda chamada “The Collegians”. Uma das apresentações do grupo foi assistida pelo bandleader Paul Whiteman, então um dos mais poderosos nomes do showbizz norte-americano, que não hesitou em contratar o rapaz para a sua orquestra, então vinculada à rádio NBC, de Chicago, onde era uma das atrações mais populares da programação.

Com a popularidade em alta, o caminho natural para Whiteman era Nova Iorque, capital cultural e econômica do país. Norvo seguiu o patrão nessa mudança e na nova cidade, não demorou a despertar o interesse dos produtores fonográficos. Já naquela época, ele se dividia entre a marimba, o xilofone e o vibrafone, instrumento inventado em 1927 e cujas primeiras gravações foram feitas por Lionel Hampton, em outubro de 1930, sob a liderança de Louis Armstrong. Uma das faixas gravadas naquela ocasião, “Memories of You”, foi um grande sucesso de vendas e chamou a atenção do meio jazzístico para aquele curioso instrumento.

As primeiras gravações de Norvo como líder foram feitas em novembro de 1933, para a Brunswick Records, com produção de Jack Kapp: “Knockin’ on Wood” e “Hole in the Wall”. Ainda naquele ano, em uma nova sessão, Norvo gravou um tema de Bix Beiderbecke, “In a Mist” e, aproveitando-se da ausência de Kapp no estúdio, uma composição sua, chamada “Dance of the Octopus”, que tinha uma estrutura harmônica complexa e era diferente de tudo o que estava sendo feito naquele período.

Nesta segunda sessão, o Norvo (que na oportunidade tocava marimba) estava acompanhado por Artie Bernstein no contrabaixo, Dick McDonough na guitarrra e Benny Goodman no clarinete baixo. Ao ouvir o resultado da gravação, especialmente a faixa composta por Norvo, Kapp ficou possesso e demitiu o vibrafonista da gravadora, sob o argumento de que ninguém iria querer ouvir aquela música tão estranha. Curiosamente, o 78 RPM contendo “Dance of the Octopus” foi lançado comercialmente e mantido em catálogo até o final da década de 30.

Em 1934, Norvo montou um pequeno grupo, que era atração fixa de clubes de Nova Iorque, como o Hickory House e o Famous Door. Entre 1934 e 1935, ele fez diversas gravações para a Columbia e para a Decca, onde se reencontrou com o produtor Jack Kapp, mas desta vez a convivência entre os dois foi pacífica e o vibrafonista teve liberdade para gravar o que desejasse. Uma dessas gravações, “I Surrender Dear”, feita em setembro de 1934, com acompanhamento do pianista Teddy Wilson, do clarinetista Artie Shaw e do saxofonista Charlie Barnet, alcançou boas posições nas paradas de sucesso.

Em 1936, Norvo montou a Swing Orchestra e seu trabalho, finalmente, começou a ser reconhecido pelo grande público. Além do vibrafone, outros atrativos da orquestra eram os arranjos do trompetista Eddie Sauter e os vocais de Mildred Bailey, esposa do vibrafonista. Os dois se casaram em 1930 e eram conhecidos no meio musical como “Mr. & Mrs. Swing”. O casal promovia festas em sua casa, em Forest Hills, Nova Iorque, que costumavam ser um verdadeiro ponto de encontro de músicos.

Alguns dos seus freqüentadores mais habituais eram a cantora Bessie Smith, o pianista Fats Waller, o clarinetista Artie Shaw e os trompetistas Red Nichols e Bunny Berigan. As festas de Bailey e Norvo foram importantes para a história do jazz porque foi durante uma delas que Benny Goodman montou o seu o grupo que, logo em seguida, evoluiria para o seu célebre quarteto. Após uma animada jam session com o pianista Teddy Wilson e o baterista Gene Krupa, Goodman encontrou os músicos de que precisava para montar o seu combo. Alguns meses mais tarde, Lionel Hampton se juntaria aos três e o resto é história.

Durante o terço final da década de 30, as gravações da orquestra de Norvo, feitas para selos como ARC, Brunswick, Vocalion e Columbia são consideradas das mais refinadas de toda a Era do Swing. Em 1938, pelo menos dois temas gravados pela orquestra de Norvo chagaram ao primeiro lugar da parada pop: “Please Be Kind” e “Says My Heart”, ambas com Mildred nos vocais.

Entre os músicos que passaram pela orquestra, destacam-se os nomes do pianista Ralph Burns, do trombonista Ed Bert, do saxofonista Russell Procope e do trompetista Charles Shavers. Apesar de divorciados em 1942, Mildred e Norvo continuaram amigos e ainda fariam diversas gravações ao longo da década de 40. A cantora morreria no dia 12 de dezembro de 1951, em conseqüência de um ataque cardíaco.

As dificuldades econômicas, a carência de músicos (muitos deles estavam sendo convocados para lutar na II Guerra Mundial) e o declínio do swing, impuseram duras perdas às orquestras e boa parte delas teve que ser desfeita. Norvo não foi uma exceção e ele se viu obrigado a desmontar a sua big band em 1943. No ano seguinte, juntou-se ao grupo de Benny Goodman, para ocupar o lugar de outro gigante, Lionel Hampton, e daí por diante fixou-se apenas no vibrafone.

Em janeiro de 1944, Norvo foi um dos integrantes do chamado  “Esquire All-Stars”, grupo integrado, anda, pelos trompetistas Louis Armstrong e Roy Eldridge, pelo pianista Art Tatum, pelo contrabaixista Oscar Petitford e pelo trombonista Jack Teagarden. A apresentação, realizada nas dependências da prestigiosa New York’s Metropolitan Opera House, é considerada um dos marcos simbólicos na história do jazz, pois assim como ocorrera com o concerto de Benny Goodman no Carnegie Hall alguns anos antes, significava que o jazz havia rompido, definitivamente, as barreiras entre o erudito e o popular.

Norvo foi, ao lado de Coleman Hawkins e Buddy Johnson, um dos poucos músicos de sua geração a compreender a revolução do bebop e a apoiar os seus líderes. Em junho de 1945, quando ainda fazia parte do sexteto de Benny Goodman, ele liderou algumas gravações para a Comet, chamando para acompanhá-lo ninguém menos que Charlie Parker e Dizzy Gillespie.

Ele recorda: “Bird e Diz eram palavrões para os músicos da minha geração. Mas o jazz sempre evoluiu e os anos 40 trouxeram consigo uma verdadeira revolução. Bird e Diz estavam propondo coisas novas e excitantes e eu tinha muita convicção de que eles estavam no caminho certo”. Na sessão, os demais acompanhantes eram o saxofonista Flip Philips, o pianista Teddy Wilson, o baixista Slam Stewart e o baterista J. C. Heard.

Em 1947, Norvo deixa a banda de Goodman e após uma rápida passagem pela orquestra de Charlie Barnet, vai trabalhar com o bandleader Woody Herman. Além disso, faz gravações como acompanhante, em álbuns de Billie Holiday, Dean Martin, Dinah Shore, Frank Sinatra e outros mais. Então casado com Eve Rogers, irmã do trompetista Shorty Rogers, Norvo se muda, naquele mesmo ano, para a Califórnia, onde chega a fazer alguns trabalhos para o cinema e a TV.

No início de 1949 ele deixa a orquestra de Herman e, de volta a Nova Iorque, monta um quarteto com o pianista Dick Hyman, o guitarrista Mundell Lowe e o clarinetista Tom Scott, mas apesar dos talentos envolvidos, o trabalho da banda não obteve o sucesso esperado. Norvo retorna à Califórnia no mesmo ano e decide montar um trio, chamando para acompanhá-lo dois jovens e talentosos músicos: o guitarrista Tal Farlow, que foi contratado por indicação de Lowe, e o baixista Red Kelly, logo substituído pelo fenomenal Charles Mingus, que na época se dividia entre a música e um emprego nos correios.

As gravações do trio feitas para a Savoy não custaram a chamar a atenção da crítica especializada e embora não provocassem abalos sísmicos nas paradas de sucesso, eram consumidas por um público numeroso e fiel. De acordo com o catedrático Luiz Orlando Carneiro, esse grupo “representou para o jazz então moderno o que o trio de Benny Goodman foi para o swing”.

Em 1951 Mingus se desliga do trio, a fim de tocar seus próprios projetos, e foi substituído pelo estupendo Red Mitchell, que, de acordo com o insuspeito Ray Brown era, juntamente com Oscar Pettiford, um verdadeiro gênio do contrabaixo. Em 1953 é a vez de Farlow deixar o posto, cedendo o lugar ao não menos talentoso Jimmy Raney.

E foi com essa nova formação, apresentando Jimmy Raney na guitarra e Red Mitchell no contrabaixo, que o vibrafonista gravou, para a Fantasy, um dos seus mais preciosos trabalhos, o formidável “Red Norvo Trio”. As gravações foram feitas em março de 1954, nos estúdios United Sound Services, em Detroit, com produção de Marvin Jacobs.

“Bernie’s Tune” de Jerry Leiber, Bernard Miller e Mike Stoller, é uma das músicas mais emblemáticas do West Coast Jazz. A gravação feita por Gerry Mulligan no ano anterior deu ao tema o status de standard do jazz e ele já foi gravado por gente como Phil Woods, Terry Gibbs, Frank Morgan e Buck Clayton, entre outros. A versão do trio é quase camerística, com Mitchell garantindo o suporte rítmico e Raney caprichando nos improvisos. O líder tem uma abordagem moderna, alinhada com a sintaxe bop e bem mais próxima do discípulo Milt Jackson que do contemporâneo Lionel Hampton.

“J9 Hate K9”, do pianista Hal Overton, é um tema rebuscado do ponto de vista harmônico e o trio elabora uma versão ousada e inventiva. Mitchell tem mais espaço para os solos, a guitarra de Raney soa melodiosa como de hábito e Norvo cria frases complexas, percutindo as teclas do vibrafone com dois mallets em cada mão, o que dá uma idéia de profundidade e robustez, como se fossem dois instrumentos sendo tocados ao mesmo tempo.

A interpretação de “Out of Nowhere”, de autoria de Johnny Green e Ed Heyman, não traz grandes surpresas no que se refere às investigações harmônicas, mas a rejuvenesce, do ponto de vista melódico, dando à canção, composta em 1931, um saudável ar de contemporaneidade. A discreta tintura de ritmos latinos, a pegada vigorosa de Mitchell e o elegante fraseado de Norvo merecem ser ressaltados.

“Crazy Rhythm”, composição de Irving Caesar, Gus Kahn e Joseph Meyer, também se beneficia da orientação moderna do trio, sendo que aqui o trio adiciona à faixa fartos elementos do bebop. Raney é particularmente feliz em suas frases e embora não seja tão veloz quanto Farlow, é mais equilibrado na estruturação dos andamentos. Norvo, impecável, transita entre as charmosas inflexões do swing e as inspiradas incursões pelos caminhos mais ariscos do bebop.

A indefectível “Prelude to a Kiss”, de Duke Ellington e Irving Mills, tantas vezes gravada, parece ser aquele tipo de standard que clama por ser deixado em paz. O trio, no entanto, consegue fazer uma leitura absolutamente original, elaborando um clima onírico e fluido, próximo da vertente conhecida como Third Stream, da qual o Modern Jazz Quartet talvez seja o principal representante. Na versão de Norvo e seus homens, tudo é delicadeza e introspecção, onde se percebeem com nitidez ecos da escola impressionista, tão em voga nos primórdios do século XX.

Composta por Raney, “Puby la Keg” é a mais agitada do disco e, certamente, a que possui a maior quantidade de elementos bop em seu DNA. Não obstante, não se trata, propriamente, um tema expansivo, frenético, como são as composições de Charlie Parker ou Dizzy Gillespie. Norvo é um esteta de sonoridades, que procura sempre impor um timbre diferente ou criar alguma nuance incomum, e mesmo nos andamentos mais rápidos ele não abre mão de propor, ainda que tangencialmente, algum tipo de reflexão.

“Ev'rything I've Got (Belong to You)” é uma composição algo obscura de Richard Rodgers e Lorenz Hart, composta em 1942 para o musical “By Jupiter”, um dos menos conhecidos da dupla. O apuro melódico e o bom humor dos compositores estão presentes na interpretação de Norvo, que recria a atmosfera dos cabarés dos anos 20 com charme e uma pitada de nostalgia. As intervenções de Raney são refinadas, e os acordes são construídos com uma sofisticada precisão.

Cole Porter não poderia ficar de fora e a faixa escolhida foi “Just One of Those Things”, que encerra o disco. Norvo rememora os primórdios de sua carreira, com uma interpretação em clima de vaudeville, com direito a um tratamento rítmico-harmônico que se aproxima do ragtime. O contraste fica por conta da abordagem de Raney, completamente imersa nos cânones do jazz moderno, traduzindo-se em improvisos nervosos, inquietos e desafiadores.

O restante da década foi de trabalho ininterrupto, com direito a excursões à Europa com Benny Goodman. Durante uma temporada em Las Vegas, recebeu um convite do próprio Frank Sinatra, que então era atração fixa do Sands Hotel, para integrar sua banda, tendo como companheiros craques como o trompetista Bill Harris e o flautista Sam Most, em 1959. Em 1959, Norvo e seu quinteto participaram de uma extensa turnê pela Austrália, acompanhando o Sinatra. Os demais membros da banda eram Bill Miller (piano), John Markham (bateria),  Red Wooten (contrabaixo) e Jimmy Wyble (guitarra)

O resultado da excursão australiana pode ser ouvido no álbum “Frank Sinatra with the Red Norvo Quintet: Live in Australia” (Blue Note, 1959, mas lançado comercialmente apenas em 1997), considerado um dos pontos altos da carreira de Sinatra, tendo recebido a cotação máxima no site Allmusic. Norvo também atuou na orquestra do programa televisivo “The Dinah Shore Chevy Show”, do final dos anos 50 até o comecinho da década seguinte.

O vibrafonista trabalhou na trilha sonora do filme “Ocean’s 11” (no Brasil, “Onze homens e um segredo”), de 1960, estrelado por Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr. e Peter Lawford, com direção de Lewis Milestone. Norvo e seu quarteto acompanham Dean Martin em “Ain't That a Kick in the Head?”, um grande sucesso da época, na companhia da orquestra de Nelson Riddle, responsável pela condução e pelos arranjos.

Os anos 60 também são marcados por diversas viagens à Europa e por uma nova associação com o velho amigo Benny Goodman, entre 1968 e 1969. Somente naquela década, o veterano vibrafonista decidiu investir no aprendizado musical formal, estudando harmonia e composição com Wallace Wesley La Violette, renomado compositor e regente estabelecido na Califórnia e que teve entre seus alunos figuras de proa como Shorty Rogers e Jimmy Giuffre.

Durante os anos que se seguiram Norvo se manteve em atividade regular. Fez incontáveis temporadas em clubes e casas noturnas de Denver, Palm Springs, Las Vegas e Lake Tahoe, apresentou-se em vários festivais de jazz ao redor do planeta e tinha uma predileção pelo clube Rainbown Room, em Nova Iorque, onde sempre dava um jeito de se apresentar, quando estava na cidade. Também fez uma série de shows com o clarinetista Peanuts Hucko, com excelente receptividade por parte do público.

No final dos anos 80, o vibrafonista sofeu um AVC e foi obrigado a se aposentar. Ele faleceu no dia 6 de abril de 1999, em sua casa, na cidade de Santa Monica, Califórnia, devido a uma parada cardíaca. Seu legado continua vivo, não apenas nos inúmeros discos gravados, mas sobretudo, por conta do seu pioneirismo, deixando o caminho aberto para sucessores como Milt Jackson, Cal Tjader, Gary Burton e John Locke.

Homem afável e de uma modéstia comovente, Norvo também nos legou preciosas lições de vida. Uma das mais comoventes foi dada durante um entrevista dos anos 70: “O jazz tem sido muito generoso comigo. Na verdade – e eu reconheço isso humildemente – o jazz talvez tenha me dado muito mais do que eu mereço. Eu nunca fui obrigado a fazer algo que não tivesse vontade. E sempre me diverti muito fazendo o que faço. A razão pela qual o jazz continua me encantando talvez seja essa: eu amo tocar e me divirto muito fazendo isso”.

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Bem, amigos do Jazz + Bossa, espero que vocês tenham curtido a brincadeira de 1º de Abril. Eu me diverti muito escrevendo esse "post" e lendo os comentários. É bom dar uma descontraída de vez em quando, mas agora voltemos ao nosso querido jazz, porque senão corro o risco de ser detonado pelo furioso Predador e seu gatilho atômico. Grande abraço a todos e chega de "beijo no coração", não é mesmo?

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