O crítico Dan Morgenstern conta que durante uma temporada no Birdland, nos anos 60, a big band de Count Basie estava com um pequeno problema. As apresentações eram divididas em dois sets, com um intervalo de uma hora entre eles e o clube precisava, exatamente, de uma atração que pudesse manter o interesse da platéia durante esse hiato. Afinal de contas, não é todo mundo que consegue manter o pique da audiência, logo depois de uma apoteótica apresentação do Conde e de sua explosiva orquestra.
Pois bem. Morgenstern testemunhou com os próprios olhos alguns bons pianistas da época – cujos nomes ele, elegantemente, não revela – falharem estrepitosamente. O trio entrava em cena, tocava algumas músicas, mas a resposta era a mesma: frieza e apatia. Talvez os músicos tivessem ficado intimidados com a grandeza da coisa, mas o certo é que ninguém conseguia deixar a platéia eletrificada o bastante para o segundo set. Até que o clube resolveu chamar Julian Clifford Mance Jr. e seu trio. Aí, segundo o crítico, “ele entrava no palco swingando e antes que a platéia percebesse, todo o público do local já estavam completamente seduzido”.
Adotando o nome artístico de Junior Mance, o pianista possui uma carreira das mais admiráveis e longevas da história do jazz. De fato, ele está na estrada desde os anos 40, tendo tocado com alguns dos músicos mais importantes de todos os tempos. Conhecido pela confiança inabalável e pela velocidade de sua execução, ele costuma dizer que é de um tempo em que “os pianistas tinham que tocar rápido e forte, além de estarem sempre aptos a solar com brilhantismo e acompanhar o líder com inspiração e elegância”.
Nascido no dia 10 de outubro de 1928, em Evanston, distrito de Chicago, Mance começou a estudar piano muito cedo. Aos cinco anos já arranhava os primeiros acordes no piano da casa e aos oito começou a estudar música formalmente, pelas mãos de Dorum Richardson. Naquele tempo, recorda ele, “ao invés de televisão, as casas tinham um piano na sala”. As primeiras lições lhe foram dadas pelo pai, um apaixonado pelo jazz que também era pianista amador e que ensinou ao filho os rudimentos do blues, do boogie-woogie e do stride.
Não por acaso, os primeiros ídolos de Junior foram Albert Ammons, Meade Lux Lewis, Jimmy Yancey e Earl Hines. O pai costumava freqüentar as animadas sessões do Grand Terrace Ballroom e do Regal Theatre, onde eram comuns as apresentações de orquestras famosas, como as de Duke Ellington, Earl Hines e Count Basie. Em casa, ambos rememoravam os grandes momentos dos concertos, ouvindo os precários 78 rotações daqueles artistas.
Aos dez anos, Junior teve a sua primeira experiência profissional, tocando com um saxofonista local chamado T. S. Sims, cujo pianista não pôde comparecer a uma apresentação de sua banda. Amigo de Mance Sênior, Sims pediu sua autorização para levar o garoto a uma gig e o pai concordou. Tudo correu bem e a audiência, composta, em sua maioria, de caminhoneiros, não intimidou o garoto. De qualquer forma, o saxofonista nunca mais hesitou em levar o pequeno Junior para tocar, toda vez que seu pianista original não podia acompanhá-lo.
Mance ingressou no Roosevelt College em 1946. A mãe, Marie McCollum, queria que ele fosse médico, mas ao chegar no campus, Junior se deparou com um prédio onde estava escrito “Roosevelt School of Music”. Ele não teve dúvidas e se matriculou no curso, para decepção da mãe, que não queria que o filho seguisse a carreira musical. A temperatura em casa esquentou, quando o rapaz comunicou à mãe e ao pai a sua escolha. Após muita confusão, eles finalmente entenderam que a escolha do filho era para valer e acabaram por apoiá-lo. O argumento do jovem para explicar a sua recusa em seguir a carreira médica foi irresistível: “Eu seria um péssimo médico. Se eu seguisse a carreira, a senhora seria responsável pela maior queda populacional de todos os tempos”.
De qualquer modo, a experiência na faculdade não era das mais animadoras. Junior teve problemas com uma professora francesa, que odiava jazz e fazia questão de manter seus alunos nos comportados limites da música erudita. Certa feita, essa professora flagrou-o tocando jazz em uma das salas de ensaio da escola e não teve dúvidas: suspendeu o “rebelde” por uma semana! O pianista e compositor Eddie Baker, outro célebre aluno da Roosevelt School of Music, também foi vítima da rigorosa professora francesa e amargou diversas suspensões por conta do seu amor pelo jazz.
Altamente envolvido com a cena jazzística da cidade e tocando com freqüência nos clubes da região, Junior não demorou a chamar a atenção de músicos mais velhos, como Jimmy Dale, em cuja orquestra tocou por algum tempo. Em 1947, quando tinha apenas 18 anos, decidiu abandonar os estudos para se juntar à banda do saxofonista Gene Ammons, ao lado de quem excursionou pelo país e entrou pela primeira vez em um estúdio de gravação.
Foi com Ammons que Mance viajou pela primeira vez a Nova Iorque e ali conheceu os célebres clubes da Rua 52, que na época já começavam a viver uma inexorável decadência. O saxofonista fez uma curta temporada na cidade, alternando-se no palco com um trio formado por Oscar Pettiford, George Shearing e Shelly Manne. Nos poucos dias que esteve em Nova Iorque, Mance conheceu pessoalmente alguns dos grandes nomes do jazz, como Charlie Parker e Thelonious Monk.
Em 1949, Lester Young faria uma temporada no Congo Lounge, em Chicago, e precisava de um pianista, já que o seu, Bud Powell, havia perdido o avião e não tinha demonstrado a menor vontade de retornar ao posto. Mance foi indicado para substituí-lo e Young gostou bastante do rapaz, tanto que ao final da temporada, convidou-o para continuar em sua banda. Junior foi falar com seu patrão, que não impôs dificuldade – coincidentemente, naqueles o próprio Ammons havia sido convidado por Woody Herman para substituir Stan Getz na sua orquestra. Aceito o convite, Mance partiu para Nova Iorque com Pres e com ele permaneceu até 1951.
Naquele ano, o pianista foi convocado pelo exército, servindo em Fort Knox, Kentucky. Sua primeira vontade foi se juntar a uma das bandas da corporação, mas o único instrumento disponível era o impronunciável glockenspiel, uma espécie de xilofone feito com barras de aço. Dada a absoluta falta de intimidade com o instrumento, Mance foi posto no serviço de rotina, enquanto se preparava para ir combater na Guerra da Coréia. Uma de suas tarefas era fazer a ronda noturna e certa noite ouviu uma animada algaravia, vinda de um dos barracões, onde funcionava uma espécie de clube.
Ele entrou e viu uma banda liderada por um altoísta gorducho, talentoso e criativo, que não faria feio diante de cobras como Sonny Stitt ou Charlie Parker. Louco para matar a saudade do piano, Mance pediu ao pianista para dar uma canja e subiu ao palco. Todos os músicos estavam em trajes civis e ele era o único a usar botas, capacete e rifle, mas quando começou a tocar, os sujeitos da banda viram que se tratava de um virtuose. Ao final da apresentação, todos os músicos vieram cumprimentá-lo e elogiar a sua performance.
Feitas as apresentações, foi dessa maneira que Mance conheceu Julian Cannonball Adderley, o altoísta que havia incendiado a platéia, bem como o irmão deste, o cornetista Nat Adderley, e o trombonista Curtis Fuller, que também tocaram naquela noite. No dia seguinte, o pianista estava em uma agradabilíssima sessão de tiros, praticando com a sua delicada M-16, quando Cannonball aparece em um carro, trazendo ordens para levá-lo. Ele logo pensou que tivesse havido algum problema, especialmente pela cara que o seu sargento fez ao ler os papéis entregues por Adderley. Ocorre que o saxofonista, que tinha um enorme prestígio no quartel, havia conseguido um teste para Mance e levou-o até o oficial responsável pela orquestra da corporação.
Mance foi aprovado, mas não foi imediatamente incluído na orquestra. Algum tempo depois, o clérigo da base, que também era datilógrafo, foi removido para a Alemanha e o quartel precisava de um substituto. Desse modo, o pianista foi destacado para o cargo e deixou o batalhão, para fixar-se em tarefas administrativas. Isso, provavelmente, salvou-lhe a vida, pois a companhia a que pertencia foi mandada para a Coréia algumas semanas depois e ali sofreu uma violenta emboscada. Dos quase 200 integrantes, pouco mais de 20 conseguiram voltar para casa. De qualquer forma, além do trabalho como datilógrafo, Junior tinha liberdade para participar das apresentações da banda de Cannonball e os dois se tornaram grandes amigos.
Em 1953, Junior foi dispensado do serviço militar e voltou para Chicago, onde integrou, juntamente com o baixista Israel Crosby e o baterista Buddy Smith, a sessão rítmica do Bee Hive Jazz Club, que acompanhava virtualmente todos os grandes músicos que se apresentavam na cidade, incluindo Charlie Parker, Coleman Hawkins, Eddie “Lockjaw” Davis, Sonny Stitt e muitos outros. No ano seguinte, deixou o emprego para acompanhar a diva Dinah Washington, ocupando o lugar que havia sido de Wynton Kelly.
Mance participaria de alguns dos discos mais relevantes da cantora, como “After Hours With Miss D” e, sobretudo, “Dinah Jams”, que conta com as participações de, entre outros, Clifford Brown, Max Roach, Clark Terry, Maynard Ferguson, Herb Geller e Harold Land. Além da oportunidade de tocar com tantas feras, o período com Dinha lhe permitiu um contato mais próximo com o arranjador da banda, o também pianista Jimmy Jones. De Jones, recebeu uma importante lição: “quando você acompanha um cantor, imagine um lindo quadro, pendurado na parede de um museu. Pois bem, o cantor é a personagem retratada nesse quadro. E do que esse quadro precisa? De uma bela moldura. E essa moldura é você!”.
Durante as gravações de “Dinah Washington In The Land Of Hi-Fi”, em 1956, Mance se reencontrou com o velho parceiro Cannonball Adderley, que também tocava naquele disco. O saxofonista precisava de um pianista para a sua própria banda e o convite foi aceito na mesma hora. Até o final daquele ano, Junior excursionaria intensivamente ao lado de Adderley, cujo quinteto gravaria com alguma regularidade para a Mercury.
Ao mesmo tempo, Mance caminhava para se tornar um dos mais disputados acompanhantes do mercado, registrando, desde então, trabalhos ao lado de James Moody, Joe Gordon, Art Blakey, Johnny Griffin, Wilbur Ware, Arnett Cobb, Clifford Brown, Ella Fitzgerald, David “Fathead’ Newman,Benny Green, Irene Kral, Art Farmer, Sonny Stitt, Johnny Hodges, Lionel Hapton, Illinois Jacquet, Leo Wright, Dexter Gordon, Harry “Sweets” Edison, Clark Terry, Ben Webster, Howard McGhee e incontáveis outros.
Impressionado com o talento de Mance, Dizzy Gillespie o contratou em março de 1958 e o manteve em sua banda até julho de 1960. Por coincidência, mais uma vez Mance foi chamado para substituir Wynton Kelly, que desta feita havia ido tocar com Miles Davis. Durante esse período, que o pianista considera um dos pontos altos de sua carreira, ele pôde aprender muito, não apenas com o líder, mas também com seus companheiros de banda, que incluía feras como Les Spann, Sam Jones e Lex Humphries. Junior costuma dizer que recebeu de Dizzy valiosas lições sobre “musicalidade, carisma e tudo o que se relaciona com a música”.
Paralelamente ao trabalho com o trompetista, Mance também mantinha seu próprio trio, tendo lançado seu primeiro álbum como líder em 1959. Intitulado simplesmente de ”Junior”, o álbum foi gravado para a Verve e conta com a participação de Ray Brown no contrabaixo e de Lex Humphries na bateria. Após deixar a banda de Gillespie, o pianista integrou o quinteto liderado por Eddie “Lockjaw” Davis e Johnny Griffin.
Data daquele período um dos discos mais vibrantes e bem avaliados de sua carreira. Gravado ao vivo nos dias 22 e 23 de fevereiro de 1961, “Junior Mance Trio At The Village Vanguard” flagra o pianista no auge da forma, tocando com uma precisão e uma energia ímpares. Produzido por Orrin Keepnews para a Jazzland, o disco traz as presenças estimulantes de Larry Gales no baixo e de Ben Riley na bateria e sintetiza, em seus pouco mais de 42 minutos, boa parte das qualidades que fizeram de Mance um dos pianistas mais queridos e respeitados no meio jazzístico.
Três das faixas são de autoria do líder: “Looptown”, que abre o disco em ponto de ebulição, “Letter From Home” e “Smokey Blues”. A primeira é um bebop rápido e esfuziante, veículo perfeito para os dedos ensandecidos de Mance. A segunda é um soul-jazz de excelente safra, assentado no blues e com uma levada pulsante, destacando-se o entrosamento telepático entre baixo e bateria. A terceira é um blues sincopado, no qual o líder se sente mais do que confortável e utiliza os registros mais graves do piano com invejável destreza.
Soberba é a interpretação de “Girl of My Dreams”, de Sunny Clapp. A canção foi imortalizada no filme “Coração Satânico”, de Alan Parker. Para quem não viu a película, é com esse tema que o obscuro cantor Johnny Favourite conseguiu um relativo sucesso nos anos 30. Depois disso, ele desapareceu misteriosamente, levando o detetive Harry Angel a empreender uma verdadeira descida ao inferno para encontrá-lo. Embora a versão do trio seja bastante dinâmica e descontraída, é impossível não lembrar do tenebroso Louis Cypher.
“63rd Street Theme” é uma composição de Johnny Griffin, em cujo quinteto o pianista atuava na época em que o álbum foi gravado. Trata-se de um blues dramático, abrasivo, executado com uma paixão quase orgânica. Fiel ao estilo vigoroso de Chicago, Mance impõe a si mesmo e ao ouvinte uma carga emocional de elevada sinceridade, como se extraísse a fórceps cada nota do seu piano. Todos os méritos para a performance de Riley, dono de um articulado discurso rítmico, que é intensa e bastante arrojada, merecendo uma audição bastante atenta.
“9:20 Special”, de William Engvick e Earle Warren, é um clássico da orquestra de Count Basie. A versão de Mance e seus comandados é vibrante e cheia de swing. Certamente, o pianista tinha em mente as memórias da infância, onde costumava assistir, ao vivo, as apresentações das fabulosas orquestras dos anos 30. Curioso perceber que a abordagem do pianista, em um tema tão caro a Basie, remete o ouvinte às sofisticadas harmonias de Ellington e seu fraseado límpido e sem arestas. A destacar, ainda, ensolarada percussão de Riley, dotada de um irrepreensível senso de tempo e de um dinamismo contagiante.
“Bingo Domingo” foi composta por Eddie “Lockjaw” Davis e, ao contrário do que o título pode sugerir, não traz qualquer elemento de música latina ou bossa nova. Trata-se de um delicioso hard-bop, energizado e repleto de groove, onde o pianista não renega a força do blues e do boogie-woogie em sua formação. No acompanhamento, o contrabaixo de Gales é expressivo, robusto e sólido como uma rocha; nos solos, é malemolente e cheio daquela malandragem que os americanos apelidaram de swing.
Dando uma maneirada no clima festivo, o trio reconstrói a introspectiva “You Are Too Beautiful”, de Richard Rodgers e Lorenz Hart, que encerra o disco com doses superlativas de refinamento e ternura. A balada deixa no ar uma atmosfera nostálgica, facilmente curável com uma providência das mais prosaicas: simplesmente aperte o play e ouça novamente este trabalho nada menos que magistral!
Conhecido por sua confiabilidade e seu profissionalismo extremos, o pianista mereceu do crítico Ira Gitler a seguinte avaliação: “se dessem medalhas para o músico que cria o menor número de problemas nos estúdios, Junior Mance, que é celebrado pela tranqüilidade com que se comporta durante as sessões de gravação, ficaria muito parecido com um herói olímpico”. Essa postura discreta e eficiente é bastante apreciada pelos cantores, muitos dos quais são conhecidos pelo temperamento difícil. Além de Dinah Washington, Joe Williams também teve a felicidade de contar com Mance em sua banda, entre 1963 e 1964.
Durante a década de 70, além de excursionar com habitualidade, o pianista manteve um duo com o baixista Martin Rivera, que durante muitos anos foi atração constante em vários clubes de Nova Iorque, como o Village Gate e o Bradley’s. A atuação como sideman continuou a todo vapor, destacando-se a sua participação em álbuns da diva da soul music Aretha Franklin e do bluesman Buddy Guy. Dignas de registro também são as suas associações com o saxofonista Hank Crawford e com o tecladista Joe Zawinul.
Em 1988 assumiu o programa de “Jazz and Contemporary Music” da New School University, também em Nova Iorque, e se mantém como um ativo educador musical, ministrando cursos e oficinas nos Estados Unidos, Europa e Japão. Sua paixão pelo blues e seu profundo conhecimento do estilo, levaram-no a escrever o livro “How To Play Blues Piano”. A discografia assinala trabalhos para gravadoras como Verve, Atlantic, Enja, Inner City, Chiaroscuro, Milestone, Capitol, Tokuma e Sackville, sendo que em boa parte dos seus álbuns o pianista lidera azeitados trios, por onde já passaram, entre outros, os baixistas Aron Bell, George Tucker, Gene Taylor e Keter Betts, e os bateristas Oliver Jackson, Alan Dawson, Billy Cobham e Mickey Roker.
Mance tem sido presença constante no projeto “Fujitsu 100 Gold Fingers”, que a cada edição anual promove excursões e concertos, no Japão, de dez pianistas de renome. Já participaram do projeto, entre outros, luminares como Kenny Barron, Hank Jones, Mal Waldron, John Lewis, Marian McPartland, Duke Jordan, Cedar Walton, Barry Harris, Toshiko Akioshi, Tommy Flanagan, Don Friedman, Ray Bryant, João Donato, Roger Kellaway, Gene Harris, Lynn Arriale, Cyrus Chestnut, Monty Alexander, Dave McKenna, Renee Rosnes, Hod O’Brien, Mulgrew Miller, Harold Mabern e Jessica Williams. Os acompanhantes são escolhidos a dedo como o baixista Bob Cranshaw e o baterista Grady Tate.
Na década de 90, fez parte do grupo allstar “Golden Men of Jazz”, liderado por Lionel Hampton e que incluía Clark Terry, Harry “Sweets” Edison, James Moody e Benny Golson. Em novembro de 1997, o pianista teve seu nome incluído no “The International Jazz Hall of Fame” e declarou-se extremamente honrado de fazer parte do seleto grupo de artistas que, ao longo dos tempos, moldaram a face do jazz. Outro momento que o encheu de orgulho foi a sua primeira apresentação solo no prestigioso Lincoln Center, em outubro de 2000. Junior mora em Nova Iorque e costuma se apresentar com freqüência no Café Loup, à frente do seu trio, atualmente integrado pelo baterista Jackie Williams e pelo baixista Hide Tanaka.
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