Top 10: algumas paradas obrigatórias de 2011
Música e outras coisas

Top 10: algumas paradas obrigatórias de 2011


Dificilmente uma lista de ‘melhores’ ou ‘destaques’ escapará de subjetivismo e visões pessoalíssimas. Mas talvez a função basilar dessas seleções temporais e/ou temáticas seja exatamente essa: a de desnudar as impressões de seu autor, nada mais.
Este Top 10 busca somente apontar alguns discos que saíram em 2011 e deveriam ser obrigatoriamente degustados pelos apreciadores da boa música, daquela que procuramos tratar por aqui. Assim, o ideal seria não encará-los como os melhores do ano ou algo do tipo – quer seja em relação aos que ficaram de fora, quer seja hierarquicamente dentro da própria listagem –, mas como grandes trabalhos que apareceram nos últimos 12 meses. Àqueles que deixaram de ouvir algum desses álbuns, ficam as dicas*.




1. “Coin Coin Chapter One: Gens de couleur libres
Matana Roberts

Ambicioso projeto da saxofonista Matana Roberts, que passeia com um extenso grupo por jazz, free, blues, gospel, composição e improvisação, drama, fúria e lirismo. Que venham os próximos capítulos.





2. “Unreleased?
Fire!

Mats Gustafsson e seus parceiros de Fire! acertaram em cheio ao convocar Jim O’Rourke para esse segundo rebento. A simbiose perfeita permite a ebulição de momentos ainda maiores que os contidos na intensa estreia do trio.




3. “Empire
RED Trio

Mais um trabalho engrandecido com a escolha exata de um convidado perfeito. John Butcher, incendiário, trouxe com seu sax potência extra ao trio português. Sorte de quem pode ver o quarteto em ação ao vivo.   





4. “The Hour of the Star
Ivo Perelman

Ao convidar antigos conhecidos (Mathew Shipp e Joe Morris) para fazer mais essa visitação sonora ao universo de Clarice Lispector, Perelman nos deu um dos melhores trabalhos de sua discografia.




5. “Ghosts
Peter Evans Quintet

O trompetista americano tem se firmado como um dos jovens instrumentistas mais vibrantes da atualidade. Com um som contemporâneo, livre sem deixar de ser devedor do melhor jazz, Evans compôs uma das unanimidades do ano.




6. “Big Gurl (Smell My Dream)
Darius Jones Trio

Outro nome cuja discografia vai aos poucos se encorpando com exemplares primorosos e excitantes. Além de ‘Big Gurl’, o saxofonista Darius Jones lançou um importante duo com Shipp em 2011.





7. “Vol. 03
FLAC

A dupla mais feroz da free music nacional, criada em 2010, atingiu neste ‘Vol. 03’ seu ponto mais elevado até então. Música livre sem concessões, com muita personalidade, sax e bateria em momentos explosivos.




8. “Planetary Unknown
David S. Ware

Retomando o formato quarteto, com o qual realizou obras-primas na década de 90, Ware conseguiu a façanha de ‘desaposentar’ o recluso baterista Muhammad Ali. Música maior conduzida por indiscutíveis mestres.



9. “Polylemma
Joe Hertenstein 4tet

O baterista alemão Joe Hertenstein vai aos poucos demarcando seu espaço, com uma pegada solta, improvisação repleta de rastros melódicos. Fundamental a presença do trompetista Thomas Heberer que, junto ao clarone de Joachim Badenhorst, traz sabor especial ao título.
  



10. “La Continuidad
Ada Rave Cuarteto

A argentina Ada Rave fecha nossa lista. Entre o free, a improvisação e o jazz, a saxofonista mostra que passou da hora de ser convidada para exibir sua música além das fronteiras da cena de seu país.





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*texto de apresentação repescado da lista de 2010...



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