DINAMITE PURA!
Música e outras coisas

DINAMITE PURA!





Em meados do século XIX, o jovem químico Alfred Nobel estava inquieto. Acreditava que a nitroglicerina, explosivo líquido inventado pelo italiano Ascanio Sobrero em 1847, poderia ser de grande utilidade nas obras tocadas pelo pai, o engenheiro sueco Immanuel Nobel. O problema era a enorme instabilidade do produto. Seu transporte e manuseio eram extremamente perigosos. Qualquer oscilação mais brusca poderia redundar em uma terrível explosão – em 1964 ele perdeu o irmão, Emil, em uma explosão causada pelo uso inadequado do explosivo.

O químico, então, passou a pesquisar um modo de tornar mais seguro o uso da nitroglicerina. E conseguiu, usando um estratagema bastante simples: misturando o líquido explosivo a um pouco de terra diatomácea (dióxido de silício em pó) e colocando essa mistura em um recipiente, tinha-se um produto mais seguro e de mais fácil manuseio, transporte e armazenamento. O recipiente era um cilindro de plástico, hermeticamente vedado, com um pequeno furo por onde passava um rastilho ou um cabo elétrico.

O resto da história todo mundo conhece. A dinamite foi um retumbante – sem trocadilhos – sucesso comercial, e tornou Nobel um dos homens mais ricos do planeta. Criada para ser aplicada na construção civil, a dinamite passou a ser usada em larga escala na indústria bélica e nas guerras que, no final do século XIX, conflagravam a Europa. Influenciado pela condessa Bertha Von Suttner, grande amiga e pacifista renhida, Nobel deixou expresso em seu testamento que parte da sua fortuna deveria ser usada para premiar, anualmente aqueles que tivessem empreendido grandes esforços para promover a paz mundial.

O Prêmio Nobel foi, posteriormente, estendido a diversas áreas das artes e do conhecimento humano, como a química, a física, a medicina, a economia e a literatura. A dinamite, que era um explosivo ainda bastante perigoso, por conta da possibilidade de vazamento da nitroglicerina, viu seu uso diminuir consideravelmente com a popularização dos modernos explosivos plásticos, como o C4 e o Semtex, bem mais seguros e de mais fácil manuseio. Não obstante, a dinamite continua fazendo parte do imaginário popular, especialmente por conta do seu hilariante uso em desenhos animados como Pernalonga ou Tom & Jerry.

Na música, costuma-se designar que um determinado artista é “dinamite pura” quando consegue conjugar excepcional qualidade técnica e energia criativa. Bateristas, como Art Blakey ou Elvin Jones, costumam ser comparados ao célebre explosivo patenteado por Nobel. No Brasil, terra de bateristas fabulosos como Dom Um Romão, Airto Moreira, Robertinho Silva, Wilson das Neves, Pascoal Meireles ou Milton Banana, há um que merece, mais que qualquer outro, o título de Mr. Dinamite: o espetacular Edison Machado.

Nascido em 1934 no bairro do Engenho Novo, na zona norte do Rio de Janeiro, o carioca Edison Machado pode ser considerado um revolucionário, um pioneiro, um verdadeiro criador em seu instrumento. Inventou uma nova maneira de tocar o velho samba – a qual chamou de “samba no prato” – e, não menos importante, deu à bateria, geralmente relegada a um plano secundário, o nobilíssimo papel de protagonista. Sobre a invenção do samba no prato, reza a lenda que durante uma apresentação em um baile, no início dos anos 50, o bumbo furou e o baterista teve que improvisar, tocando apenas com os pratos e os tambores.

O superbaterista André Tandeta explica, do ponto de vista técnico, a importância dessa descoberta: “Até então o baterista reproduzia uma batucada de samba usando os tambores do instrumento – nisso o grande Luciano Perrone era mestre. Machado passou a tocar a batida de samba com a mão direita no prato, em semicolcheias. É uma nova atitude na bateria, muito mais parecida com a dos bateristas de jazz, interagindo mais com a musica ao invés de ser somente um acompanhante fornecendo o suporte rítmico. Foi com certeza um dos criadores do samba-jazz, ao lado de Dom Um Romão e Milton Banana”.

Munido de doses igualmente cavalares de coragem e talento, o inconformado Edison “Maluco”, como era carinhosamente conhecido nos meios musicais, não aceitava que a música brasileira, essencialmente rítmica em sua estrutura, reservasse ao baterista o papel de mero coadjuvante. Sua vida e carreira mostram um homem determinado a romper esse paradigma – e não é preciso conhecer a fundo a música brasileira moderna, surgida no final dos anos 50 e consolidada nas décadas seguintes, para saber que sua luta não foi em vão.

Como observou o contrabaixista Marcos Paiva, “numa época em que baterista era um “quase não músico”, ou apenas o ritmista do grupo, Edison teve uma capacidade única (e artística) de liderança ao lançar seus próprios trabalhos solos. Ao liderar seus grupos, criou uma forma de tocar com tanta energia e personalidade que até hoje é difícil de ver alguém superá-lo. Não é tocar rápido e não passa pela técnica. Passa, a meu ver, pela capacidade que poucos músicos conseguem obter na sua trajetória musical, a personalidade. Quando você ouve um disco, basta 5 compassos para saber se é ele tocando ou não. E isso é muito, muito difícil de se conseguir”.

Machado começou a carreira profissional muito cedo e antes de completar 18 anos já era respeitado no circuito das gafieiras. Em meados da década de 50, integrou o grupo A Turma da Gafieira, que tinha em seus quadros sumidades como Altamiro Carrilho, Baden Powell, Zé Bodega, Raul de Barros e Sivuca. Durante algum tempo foi um dos destaques da banda do cantor Miltinho, então na crista da onda com o sucesso “Mulher de trinta”.

Nos anos 60, quando o eixo da boemia carioca se deslocou para o Beco das Garrafas, em Copacabana, o baterista era uma das mais luminosas presenças nas casas noturnas ali estabelecidas: Little Club, Bottle’s e Bacarat. Rodeado de grandes músicos que tocavam ali, como Raul de Souza, Antônio Adolfo, Paulo Moura, Tenório Júnior, Victor Assis Brasil, Sérgio Mendes, Baden Powell, Durval Ferreira, Luiz Eça e muitos outros, Edison pôde depurar o seu gigantesco talento e incluir em suas referências generosas pitadas de jazz.

Não é à toa que a bossa-nova turbinada que essa turma fazia foi logo apelidada de samba-jazz. A música que saía dos palcos das boates do Beco era uma poderosa conjugação do ritmo contagiante do samba com doses anabolizadas de improvisação, típicas do jazz. Machado integrou um dos melhores trios formados naquele período, o Bossa Três, juntamente com Luís Carlos Vinhas ao piano e Tião Neto ao contrabaixo.

Em 1962, o grupo excursionou nos Estados Unidos, onde se apresentou em clubes renomados, como o Village Vanguard, e em programa de TV como o Ed Sullivan Show, de enorme audiência por lá. O trio gravou alguns discos nos EUA, incluindo “Os Bossa Três e Seus Amigos”, que contava com a participação de Sonny Simmons (sax alto), Clifford Jordan (sax tenor e flauta) e Prince Lasha (flauta).

Ao falar do amigo, Tião Neto relembra aqueles tempos heróicos: “Edison foi o maior baterista de samba de todos os tempos. O tempo dele no samba no prato e no pé direito é irreprodutível. Ele tinha um suíngue fantástico, e quem quisesse que fosse atrás. Foi, sem dúvida, uma figura de proa na MPB. A música brasileira atual, principalmente o samba, deve muito a Edison. Fui com ele para os Estados Unidos, na década de 60, com o Bossa Três. Foi uma grande aventura”.

Os concertos e gravações foram proveitosos para firmar o nome do baterista no disputado mercado norte-americano. Tanto é que no ano seguinte – 1963 – Edison retornou à terra de Tio Sam, para participar do fabuloso “The Composer Of Desafinado Plays”, de Tom Jobim, com arranjos do maestro Claus Ogerman. Naquele mesmo ano, participou das gravações do disco “Stan Getz With Guest Artist Laurindo Almeida” (Verve), integrando uma banda all-star que, além dos líderes, incluía o baixista George Duvivier e o pianista Steve Kuhn.

Em 1964, Edison integrou o Sérgio Mendes Trio, complementado pelo baixista Tião Neto, com quem gravaria os álbuns “The swinger from Rio” e “Brasil' 65”. Também fez parte do Sexteto Bossa Rio, capitaneado pelo mesmo Sérgio Mendes, tendo participado das gravações do antológico “Você ainda não ouviu nada!”. No final daquele ano o sexteto embarcaria para uma turnê nos Estados Unidos, que acabaria rendendo a participação no álbum “Bossa Nova”, do saxofonista Cannonball Adderley. Contudo, Machado deixou o grupo antes da viagem e foi substituído pelo não menos talentoso Dom Um Romão.

No ano seguinte, fundou, ao lado do pianista Dom Salvador e do contrabaixista Sérgio Barroso o Rio 65 Trio, que chegou a gravar dois álbuns: “Rio 65 Trio” (que traz alguns clássicos da bossa nova como “Desafinado”, de Tom Jobim e Newton Mendonça ou “Manhã de Carnaval”, de Luiz Bonfá e versões de temas jazzísticos, como “Sonnymoon for Two (Blues em Samba)”, de Sonny Rollins, e “Mau, Mau”, de Quincy Jones) e “A hora e a vez da MPM” (que traz músicas conhecidas, como “Apelo”, de Baden Powell e Vinícius de Moraes e “Upa, Neguinho”, de Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri, e canções obscuras como “Ponte Aérea”, de Zé Ketti, e “Seu Encanto”, de Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle). Ambos os discos foram lançados pela Philips e, apesar de bastante elogiados pela crítica, tiveram vendas bastante abaixo do esperado.

Edison era um dos mais respeitados e requisitados músicos do período, com trabalhos em discos de gente como Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Dorival Caymmi, Agostinho dos Santos, Victor Assis Brasil, Paulo Moura, Elis Regina, Hector Costita, Edu Lobo, Maria Bethânia, Dick Farney, Hélio Delmiro, Rosinha de Valença, Eumir Deodato, Pery Ribeiro, Wanda Sá, Johnny Alf, Nara Leão, Milton Nascimento e muitos outros. Boa parte de sua reputação havia sido firmada graças ao álbum “É Samba Novo”, petardo sonoro gravado em 1964, para a CBS.

Liderando um grupo que reunia a nata da música instrumental de então, Machado fez um disco que sintetiza, como poucos, os rumos que a moderna música brasileira tomava na primeira metade dos anos 60. Com arranjo do maestro Moacir Santos, os acompanhantes são de primeira grandeza: Paulo Moura e J. T. Meirelles nos saxofones, Maciel “Maluco” e Raul de Souza nos trombones, Tenório Júnior no piano, Tião Neto no contrabaixo e Pedro Paulo no trompete.

O disco abre com uma poderosa versão de “Nanã”, de Moacir Santos e Mário Telles – irmão da cantora Sylvia Telles e que, na versão original, teve seu nome, inexplicavelmente, trocado para Clóvis Mello. As características rítmicas de Machado podem ser ouvidas com muita clareza nesta faixa, na qual brilha o trompete assurdinado de Pedro Paulo.

A dupla Baden Powell/Vinícius de Moraes comparece com a vibrante “Só por amor”, cuja cadência evoca os gloriosos tempos das gafieiras. Aqui os trombonistas Maciel e Raul de Souza se desafiam ferozmente e apresentam alguns dos melhores solos do disco. Paulo Moura dá uma aula de sensibilidade e bom gosto e o líder mostra, na prática, o que significa o termo “samba no prato”.

“Aboio”, de J. T. Meireles, tem uma atmosfera agreste, agregando em seu núcleo melódico elementos da música nordestina. O trombonista Maciel é talvez o maior destaque individual, mas a percussão de machado, elétrica, também deve ser ouvida atentamente. “Tristeza vai embora” tem uma atmosfera nostálgica, flertando com o samba-canção, mas sem a mesma carga de tristeza que caracteriza o estilo. Mais uma vez, a performance de Pedro Paulo merece todos os encômios.

Meireles emenda dois temas seguidos. “Miragem” é um samba dolente, cadenciado, no qual o trombone de Raul transporta o ouvinte às estrelas. Tenório não é apenas um soberbo acompanhante, mas um solista notável, capaz de improvisar com fluidez de idéias e muito swing. “Quintessência” é, com o perdão do trocadilho, a quintessência do próprio samba-jazz. Percussão atordoante, improvisos endiabrados, diálogos alucinados entre os instrumentos e muita energia. De tirar o fôlego.

Moacir Santos e Vinícius compuseram a preciosa “Se você disser que sim”, na qual a bateria sincopada de Machado puxa o ritmo e os demais integrantes do sexteto seguem, euforicamente, a trilha aberta pelo líder. A ousada “Coisa nº 1”, também do maestro Moacir Santos e, desta feita, de Clóvis Mello, corretamente creditado, é uma complexa releitura do samba, com elementos do choro e do jazz. O solo de Paulo Moura é inacreditável – embora breve – e a atmosfera de jam session é contagiante.

Mais uma vez, o incansável Meireles exibe os seus dotes composicionais, agora com “Solo”, provavelmente a mais jazzística do álbum e veículo mais que perfeito para que Tenório exiba a sua técnica fabulosa. Machado desce a mão sobre a bateria, sem pena ou remorso. O compositor e Raul de Souza travam um duelo eletrizante, escoltados pela condução segura do competente Tião Neto.

Com pouco mais de 2 minutos, a vibrante “Você”, de Rildo Hora e Clóvis Mello, é um dos momentos mais intensos do disco e permite ao líder uma exibição de gala, com solos estonteantes. Os metais incandescentes acrescentam o molho, mas o destaque absoluto vai para o líder, soberano em seu instrumento e capaz de incendiar os companheiros com a energia típica de um Elvin Jones.

“Menino travesso”, de Moacir Santos e Vinícius de Moraes, encerra o disco com a mesma energia vulcânica das demais faixas. Um disco que redefiniu a música instrumental brasileira e influenciou gerações e mais gerações de músicos. Como disse, com bastante propriedade, o crítico Tárik de Sousa: “a riqueza da combinação de timbres e as ardilosas harmonizações deste disco só fazem pensar que nem sempre o tempo anda pra frente. Em relação a tanto atraso lançado depois, o Edison Machado deste disco é que continua mandando o verdadeiro samba novo”.

Os anos 70 começaram de maneira difícil para Edison e para muitos músicos que despontaram no Beco das Garrafas. A infantilização da música popular, o avanço da música pop norte-americana e a exclusão da música instrumental das rádios conspiravam para tornar a sobrevivência dos músicos profissionais uma tarefa inglória.

O baterista chegou a gravar , em 1970, o álbum “Obras”, ao lado de Ion Muniz (sax tenor e flauta), Alfredo Cardim (piano) e Ricardo dos Santos (baixo). No ano seguinte, mais uma aventura fonográfica: “O Pulo do Gato”, novamente secundado por Ion Muniz e por Ricardo Santos, com destaque para o jovem pianista Haroldo Mauro Jr. Contudo, a repercussão de ambos os discos, lançados pela pequena gravadora Stylo, foi mínima.

O baterista trabalhou na trilha sonora do filme “Terra em Transe”, dirigido por Glauber Rocha, e excursionou com Agostinho dos Santos por alguns países da América do Sul, mas a união durou pouco tempo. Em 1972, uma entrevista publicada no jornal O Globo trazia, como chamada, o texto a seguir, um diagnóstico irônico – porém realista – da situação dos músicos no país: “O melhor baterista do Brasil aceita emprego em espetáculo de qualquer natureza. Ligar para 224-1151 ou procurar Edison Machado na Rua Benjamim Constant 10, quarto 107”.

Desiludido com a situação, em 1976 ele tomou uma decisão radical: vendeu a bateria e se mandou, com a cara e a coragem, para a Europa. Fixou-se em Copenhagen, na Dinamarca, onde muitos músicos norte-americanos haviam se exilado nas décadas de 60 e 70. Certa feita, ao se apresentar no clube Bilboquet, em Paris, Machado viu na platéia três dos mais influentes e respeitados bateristas do jazz, que tinham ido ao local especialmente para vê-lo: Kenny Clarke, Max Roach e Sam Woodyard.

Pouco depois, nova mudança, desta vez para os Estados Unidos, onde trabalhou ao lado de grande nomes do jazz, como Ron Carter e Chet Baker. Fundou um quarteto, que se apresentava com bastante sucesso em festivais ao redor do globo e nas casas mais badaladas de Nova Iorque, como o Village Vanguard, o Blue Note e o Birdland. Um dos integrantes do conjunto era o pianista Harold Danko, então em início de carreira.

Após quase 15 anos longe do Brasil, Machado regressou ao país no início de 1990, disposto a retomar a carreira por aqui. Para celebrar o retorno, montou uma banda que incendiou as noites da Boite People, em uma temporada de enorme sucesso de público e crítica, que relembrava os melhores momentos do Beco das Garrafas. Além do próprio baterista, integravam o Edison Machado Sexteto o trombonista Edson Maciel “Maluco”, o saxofonista Macaé, o trompetista Paulo Roberto de Oliveira, o pianista Luís Paiva e o baixista Luiz Alves.

Este último, grande amigo de Machado, resume a importância do baterista no cenário da música brasileira: “Ele foi o papa da bateria moderna no Brasil, da bateria de samba. Era um gênio mesmo. Para mim a bateria brasileira pode ser classificada em antes de Edison Machado e depois de Edison Machado. Pessoalmente ele era muito agitado. Antes dele, praticamente não se usava prato para tocar samba, era só tambor e bumbo, ele foi mesmo um precursor da bateria moderna”.

Infelizmente, Edison Machado teve pouco tempo para usufruir o reconhecimento que aquela temporada prenunciara: no dia 15 de setembro daquele ano, em Niterói, um enfarte fulminante o retiraria do nosso convívio. Sobre seu estilo vigoroso e dinâmico, dizia: “minha bateria diz o que vejo e vivo, então sou barulhento”. Quem teve a honra de ouvi-lo tocar ao vivo vai confirmar a veracidade de suas palavras.

Pascoal Meirelles, outro dos nossos mais importantes bateristas, dá o seguinte depoimento: “Fui muito influenciado pelo Edison no começo da minha carreira, ele era um dos bateristas que eu mais ouvia. Basicamente, ele mudou a forma de se tocar a música brasileira na bateria. O samba no prato foi só uma das coisas em que ele inovou, mas nem acho que tenha sido a mais importante. Acho até um pouco redutor que as pessoas se lembrem dele só por causa disso. A meu ver, a importância dele é maior, é a concepção moderna que ele deu para a bateria”.

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