CARRERO - "STAR", A SEU MODO
Música e outras coisas

CARRERO - "STAR", A SEU MODO


Raimundo Carrero, primeiro à esquerda

Personalidade forte, jeito de star.  Pintou de repente, em 66, sorriso de orelha a orelha.
Um sax-tenor tenor no estojo.  Cabelão a Beatles. 
Por fora do estojo, botou graúdo: RAY CARRERO. 
Acho que pra ficar parecido com Ray Conniff (vide, hoje, as inúmeras referências ao Maestro e a outros grandes músicos do jazz, em alguns romances de sua autoria (Maçã Agreste, Os extremos do Arco-Íris, Sinfonia para Vagabundos..)
Soprava legal o tenor.  Tirava dele um som rouco, estilo Manito, dos Incríveis, seu ídolo declarado.
Quando queria, era renitente.  Ensaiava seus solos e -na hora certa- mandava som.
Quando não, a gente tinha que tocar no tom mais favorável para o si-bemol  do seu instrumento.

Da esq para a dir: Carrero, Araújo, Walter, Fred; na bateria Djilson

Sem grandes performances, a verdade é que todos nós, dos Tártaros, Raimundo incluído, fomos músicos à nossa maneira competentes.  Prova disso, são os inúmeros festivais que vencemos, medalhas e homenagens que recebemos, fã-clubes que centenas de garotas do Recife fundaram em nossa homenagem, discos que gravamos, etc.. Como atuávamos mais em bailes que em shows, tínhamos um repertório bem variado, mediando umas duzentas canções.  Quase tudo no órgão ou na guitarra.  Aqui, ali, vinha o Carrero no tenor.  Um solo, uma cervejinha, um arranjo, mais outra que ninguém é de ferro. Mas, no meio da festa, o cara se invocava e atacava de cantor, batendo um indefectível pandeiro na perna, como era moda.. O star aparecia.  O cabelão rodava: I can't get no, satisfaction...

Apontando o título, Carrero..

Grande Ray.. hoje acho que nem se lembra mais do nome artístico e se orgulha, com razão, de ser Raimundo Carrero, romancista consagrado, cartaz internacional.  Star, a seu modo...

(do meu livro de crônicas "Tártaros, os Seis do Recife" - Recife, 1995 - ed. do autor)



loading...

- Minibiografias Dos TÁrtaros (didi)
Ou melhor, Waldilson.  Irmão do nosso Walter.  E do Waldir, da Waldjane, da Waldilene, do Walney, da Waldja e haja "dabliú" !   Outro caso de nomes diferentes.   Nosso mascote, caçula da turma, tinha uns quinze anos quando começou...

- Minibiografias Dos TÁrtaros (zÉ AraÚjo)
"Bandleader".  Até mesmo pelas circunstâncias.  Ensaiávamos na sua casa, fornecia os amplificadores, carro para transportar a turma, sua paciência e sua amizade.  Cara legal, o Zé.  Até hoje, o mesmo.  Pacato feito o pai,...

- A Peruca
Os Tártaros, em 1968, num trabalho artístico muito bacana, da Rayama., uma fã da nova geração !O Gordo Walter é mesmo uma figura.. Certa vez, num show de que participamos, na antiga FECIN, Cidade Universitária, o Walter escondeu a peruca de um...

- Abacaxi
Os Tártaros em 1965 - Da esq p/ dir : José Araújo, Fred, Walter, Djilson e Maristone Três horas da manhã... Boate Candomblé,onde os Tártaros atuaram durante todo o ano de 1967. Casa cheia, como sempre.  Muitos turistas que, em época de alta...

- Os TÁrtaros
Eu tinha oito anos quando ganhei meu primeiro instrumento, uma gaita de boca Hering cromática, linda e sonora.  Foi presente de aniversário de minha tia Mary, que tocava acordeon e cantava no Coral do Carmo, no Recife. Logo aprendi umas melodias...



Música e outras coisas








.