A FÚRIA CATALÃ
Música e outras coisas

A FÚRIA CATALÃ





Alguns escrevem Vicente. Mas para ser fiel à originalíssima grafia catalã, seu nome correto é Vicenç. Vicenç Montoliu y Massana, mais conhecido no mundo do jazz como Tete Montoliu. Este fabuloso pianista nasceu em Barcelona no dia 28 de março de 1933, em uma família extremamente musical. Seu pai, também chamado Vicenç, foi membro da Banda Municipal de Barcelona e da Orquestra del Gran Teatro del Liceo, nas quais tocava clarinete, saxofone e oboé.

A mãe, Ângela Massana, era uma grande fã do jazz norte-americano e desde muito cedo incutiu no pequeno Tete o amor pela música de Fats Waller, Art Tatum, Earl Hines e Duke Ellington. Embora tivesse nascido cego, o garoto desde a mais tenra idade demonstrou possuir uma assombrosa vocação musical. Aos cinco anos começou os estudos de piano clássico, com Enric Mas, emu ma instituição voltada para crianças cegas. A seguir, foi estudar com a renomada professora Petri Palou.

Segundo Tetê, as perspectivas fora da música eram bastante sombrias, por causa de sua deficiência visual. Bem-humorado, certa vez comentou: “ou eu me tornava músico ou ia acabar vendendo bilhetes de loteria”. A loteria, no caso, é a chamada “La Quiñela”, que na Espanha é vendida por deficientes físicos. Decidido a escapar desse destino, aos treze anos entrou para o “Conservatório Superior de Música de Barcelona”, onde estudou piano, órgão, além de harmonia, solfejo e composição.

O curso foi um grande desafio, pois para tocar Tete só podia usar, basicamente, a mão esquerda, uma vez que a direita era usada para ler as partituras em Braille. De qualquer modo, ele soube superar os obstáculos e graduou-se com louvor em 1953. Mesmo antes de se graduar, Montoliu costumava participar de gigs no Hot Club de Barcelona e o saxofonista Don Byas, que na época morava na capital da Catalunha, foi o primeiro grande músico a perceber que ali havia um talento genuíno e tomou-o sob sua proteção.

Os dois tocaram juntos diversas vezes e Byas se tornou uma espécie de conselheiro do pianista mal saído da infância. No final da década de 40, Tete já comandava o seu próprio grupo, apresentando-se com freqüência nos clubes de Barcelona. Em 1954 ele entrou pela primeira vez em um estúdio, tendo feito algumas gravações para a Philips, na Holanda, durante uma série de apresentações que fazia naquele país. No ano seguinte, o lendário Lionel Hampton fez alguns concertos na cidade e durante sua permanência ali, pôde assistir a um concerto de Tete e seu grupo.

O entusiasmo de Hampton foi tamanho que ele chegou a declarar que o jovem catalão era “o melhor pianista de jazz da Europa”. Tete foi convidado a se juntar à orquestra do vibrafonista e com ela excursionou pela Europa, além de ter participado de algumas gravações com a big band. O pianista ia firmando seu nome no cenário europeu, tendo feito alguns shows na França durante aquele período.

Grande admirador de Fats Waller, Tete não ficou imune aos pianistas modernos. John Lewis, Horace Silver e Oscar Peterson foram alguns dos  nomes que exerceram sobre ele maior influência e ajudaram a modelar o seu estilo. Em 1958, ele tocou no Festival de Cannes, liderando um trio que incluía o baixista Doug Watkins e o baterista Art Taylor. Outros grandes músicos com quem tocou naquela época foram Dizzy Gillespie, Donald Byrd e Kenny Clarke.

No ano seguinte, foi uma das atrações da primeira edição do Festival de Jazz de San Remo, na Itália. Em 1960 foi contratado pela “Blue Note” européia e realizou concertos em Berlim e Frankfurt, juntamente com Albert Mangelsdorff, Chet Baker, Sahib Shihab, Herb Geller e Benny Bailey. Ainda naquele ano, fez o concerto de inauguração do clube “Whiskey Jazz”, em Madri, juntamente com o seu trio, formado pelo baixista Pedro Iturralde e pelo baterista Peer Wyboris.

A década de 60 flagra o pianista trabalhando e viajando incessantemente. Apresentações em Frankfurt, Copenhague e no “Molde Jazz Festival”, na Noruega e concertos ao lado de figuras como Roland Kirk, Dexter Gordon, Herb Geller, Ben Webster, Lucky Thompson, Stephane Grapelli, Benny Golson, Kenny Dorham, Niels-Henning Orsted Pedersen (então com 17 anos), Anita O’Day e Archie Shepp eram uma constante. Em 1961 e 1962, Tete Montoliu foi eleito “Melhor Pianista Europeu de Jazz”.

Em 1965, o pianista montou um novo trio, juntamente com o baixista Eric Peter e o baterista Billy Brooks. O grupo, atração fixa do clube Jamboree, em Barcelona, realizou diversas gravações para o selo “Concentric” e participou de uma série de festivais pela Europa, como o de Antibes, o de Jean-les-Pins e o de Bolonha. O Tete Montoliu Trio recebeu no Jamboree vários músicos norte-americanos de passagem pela Espanha, como Art Farmer, Dexter Gordon, Booker Erwin, Donald Bird, Lee Konitz e Lucky Thompson, entre outros.

Em 1966 Tete se estabeleceu na Holanda, trabalhando sobretudo em orquestras de rádio e de televisão. No ano seguinte, fez uma excursão de três meses pelos Estados Unidos, à frente de um trio que contava com os ótimos Richard Davis, no contrabaixo, e Elvin Jones, na bateria. A década de 70 se inicia no mesmo ritmo frenético. Temporadas na Iugoslávia, ao lado do fabuloso trompetista Dusko Gojkovic, apresentação no festival de Pori, na Finlândia (como curiosidade, nesse show o então jovem Chick Corea pilotava a bateria) e concertos na Alemanha, França, Inglaterra e Bélgica.

Chegando ao ano de 1972, encontramos o pianista gravando com Ben Webster. 1974 foi um ano bastante marcante. Primeiro, porque Tete acompanhou o saxofonista Johnny Griffin em uma extensa temporada pela Europa. Logo em seguida, Montoliu excursionou com Joe Henderson, consolidando seu nome como referência primordial do jazz europeu. Um dos seus trabalhos mais interessantes naquele período foi no álbum duplo “In The Tradition” (SteepleChase, 1974), sob a liderança do vanguardista Anthony Braxton.

Em 1975, mais uma turnê com outra lenda do jazz, Dexter Gordon, e lançamento do álbum “Tate a Tete at La Fontaine, Copenhagen” (Storyville), no qual divide a liderança com o grande Buddy Tate. O pianista esteve presente na edição daquele ano do Festival de Jazz de Konsberg, na Noruega, à frente de um trio formado por Niels-Henning Orsted Pedersen e Albert “Tootie” Heath.

No ano de 1977, tocou com George Coleman no “Ronnie Scott’s Club”, em  Londres, e no “Paull’s Club”, em Bruxelas. Em 1979, voltaria ao célebre clube inglês, desta feita dividindo os créditos com o fabuloso guitarrista Joe Pass. Naquele ano, Tete realizou o sonho de se apresentar no “Palau de la Musica Catalana”, verdadeiro templo da música erudita localizado em Barcelona. Ainda em 1979, participou do North Sea Festival, na Holanda e do Festival de Monterrey. A década viu nascer uma extraordinária seqüência de álbuns, fruto da parceria do pianista com o selo dinamarquês SteepleChase.

Em 1980, Montoliu percorreu a Europa em turnê com o saxofonista Jackie McLean, seguida por excursões ao Canadá e aos Estados Unidos, onde gravou, nas dependências da Berkley School of Music”, o álbum “Boston Concert”. Seus parceiros mais habituais naquele início de década eram os baixistas Herbie Lewis e John Heard e os bateristas Billy Higgins e Albert “Tootie” Heath. Naquele mesmo ano, a morte de seu grande amigo abalou-o profundamente. Em homenagem ao amigo, Tete realizou uma série de apresentações em Barcelona.

Velhos camaradas, como Johnny Griffin, Joe Henderson e George Coleman, lendas vivas do jazz, como Sonny Stitt, Slide Hampton, Jerome Richardson, Eddie "Lockjaw" Davis, Max Roach, Milt Jackson, Hank Jones e Bobby Hutcherson e jovens talentos como Ralph Moore, Randy Brecker, Roy Hargrove e Jesse Davis tiveram a honra de dividir os palcos e estúdios com Montoliu. Em 1982, ele foi o grande homenageado do Festival de Jazz de San Sebastian.

Tete fez uma apresentação consagradora  no “Carnegie Hall”,  em 1985, mesmo ano em que recebeu homenagens especiais nos festivais de Andorra e Nice. No ano seguinte, participou do Festival de Jazz de Madrid juntamente com o saxofonista Harold Land e foi um dos destaques do Festival de Jazz de La Habana, em Cuba. 1987 marca o reencontro do Catalão com Dizzy Gillespie, com quem se apresenta em duo, na França. No mesmo ano, temporadas em Buenos Aires e no Canadá. No ano seguinte, outro momento especial: apresenta a sua suíte “Monkiana” no Teatro Real de Madri.

Em 1989, Tete se apresenta com a Orquestra Ecos del Bebop e sai em excursão com o grande Paquito D’Rivera. Aquele ano marca o encontro do pianista com o fabuloso Mundell Lowe, para as gravações dos álbuns “Sweet’n Lovely – Volumes I & II”. Ambos foram gravados em sessão única, no dia 30 de setembro, em Barcelona e foram lançados pelo selo catalão Fresh Sound.

O final da década é marcado pela série de álbuns chamada “The Music I Like To Play”, gravados apenas ao piano, sem acompanhamento, para o selo italiano Soul Note. Ali é possível perceber, em sua plenitude, aquilo que Sylvio Lago classifica de “estilo dotado de diversas propriedades, com cores harmônicas brilhantes, toucher percussivo e de intensa expressão individual, que revela uma personalidade artística extremamente poderosa, repleta de idéias brilhantes e intensas”.

Tete deu as boas vindas aos anos 90 em grande estilo e fazendo aquilo que melhor sabia fazer: lançou o elogiado “The Man From Barcelona”, pela Timeless, secundado pelos ótimos George Mraz e Lewis Nash. À frente do seu novo trio, composto pelo baixista Hein Van de Gein e pelo baterista Idris Muhammad, e tendo como convidado especial o vibrafonista Bobby Hutcherson, Montoliu se apresenta na abertura dos Jogos Paraolímpicos de Barcelona, em 1992.

No ano anterior, Tete havia feito a sua segunda gravação para uma gravadora norte-americana, o sensacional “Spanish Treasure”, para a Concord (o primeiro disco para um selo dos Estados Unidos foi “Lunch In LA”, de 1979, para a Contemporary). O “Tesouro Espanhol” foi gravado no dia 27 de junho de 1991, em Tóquio, no Japão, e o pianista está amparado por uma sessão rítmica soberba: Rufus Reid no contrabaixo e Akira Tana na bateria.

Uma trepidante versão de “Israel”, de John Carisi, abre o disco, mostrando toda a intimidade do pianista com o idioma bop. Descendente direto de Bud Powell, Tete possui uma articulação de idéias das mais fluentes e em sua execução há espaço, inclusive, para formas mais próximas ao jazz de vanguarda. A afinidade com o baixista e o baterista é imediata e remete aos trabalhos do catalão para a SteepleChase, onde geralmente se via acompanhado pelos excelsos Niels-Henning Orsted Pedersen e Albert “Tootie” Heath.

Versátil, Tete consegue impor-se também pelo lirismo de seu toque, característica que o aproxima de nomes como Bill Evens e Tommy Flanagan. Essa faceta pode ser muito bem observada em baladas como “Don't Blame Me”, de Dorothy Fields e Jimmy McHugh, “What's New?”, de Robert Burke e Johnny Haggart, ou em “Like Someone in Love”, de Johnny Burke e Jimmy Van Heusen. Em todas elas se pode perceber o cuidado harmônico extremo, a riqueza de timbres, o dedilhado repleto de sutilezas e o esmero formal quanto aos mínimos detalhes da execução. Mais que um pianista, Montoliu é um verdadeiro ourives de sonoridades.

O clássico “Tricrotism” ganha uma versão endiabrada, com amplo destaque para Reid, que se mostra um herdeiro dos mais dignos do legado de Oscar Pettiford, autor do tema. A agilidade e a leveza de Montoliu e o som rico e arredondado de Reid, criam uma química perfeita, exemplo muito bem acabado de que no jazz as sonoridades mais distintas podem conviver lado a lado. A percussão de Tana, notável pela delicadeza e pelo apurado senso de tempo, é fundamental para a atmosfera de cumplicidade na diversidade.

“Mysterioso”, de Thelonious Monk, merece um arranjo evocativo, que ao um só tempo subverte a ortodoxia do blues e expõe as entranhas do estilo em toda a sua inteireza. Não haveria o jazz se não fosse o blues, parece nos advertir o Sumo Sacerdote do Bebop. Montoliu transita pelas regiões fronteiriças dos dois estilos com enorme competência e familiaridade, como se tivesse nascido e se criado às margens do Mississipi. O excepcional trabalho de Tana, que cria um clima sombrio e quase opressivo, também merece ser destacado.

O trio se reencontra com as flamejantes harmonias do bebop em “Our Delight”, petardo de autoria de Tadd Dameron. O discreto Reid faz as bases para o inflamado diálogo entre Tete e Tana, dois verdadeiros gigantes em seus respectivos instrumentos. O baterista responde com vigor e dinamismo às investidas do pianista, nada menos que explosivo em suas intervenções. A velocidade estonteante e a potência demolidora sugerem um improvável duelo entre um furioso Art Tatum e um indomável Elvin Jones, sob as bênçãos plácidas de Ray Brown.

A interpretação de “The Way You Look Tonight”, gema de autoria de Dorothy Fields e Jerome Kern, realça os aspectos dançáveis da canção, com uma levada irresistível e uma discretíssima inflexão de valsa. Tete é um solista brilhante, que consegue sempre surpreender na escolha dos acordes, dos timbres, do arcabouço melódico. Quando o ouvinte imagina que o pianista vai acelerar o andamento, ele diminui o ritmo, quando se pensa que ele vai enveredar pelos registros mais graves, o catalão se aventura nos agudos – aqui o adjetivo monumental talvez não seja suficiente para qualificar o brilho de sua execução.

“All of You”, a imortal composição de Cole Porter, ganha um arranjo que se poderia classificar de brejeiro. Se Ernesto Nazareth tivesse enveredado pela seara do jazz, é provável que o resultado se aproximasse da versão engendrada pelo trio. Tudo aqui é harmonioso e encantador – da percussão infalível de Tana à profusão de notas que, por vezes, jorram do piano. O casamento entre opulência e minimalismo é dos mais felizes e  é bom que se diga que Tete não abre mão de um discurso melódico coerente – todas as notas que usa são absolutamente certeiras e indispensáveis à articulação do tema.

A versão de “All Blues”, emblemática composição de Miles Davis, ganha contornos de valsa e um toque lúdico, sobretudo em função do uso recorrente dos registros mais agudos do piano. Em outra atuação marcante, Tana desconstrói a batida típica do blues, incorporando a ela discretos elementos de R&B e do jazz de vanguarda. Reid tem uma pegada sinuosa e ao mesmo tempo robusta, adequando-se às modulações do pianista e ao dinamismo do baterista de maneira absolutamente precisa. Um álbum irrepreensível, que se alinha, com todos os méritos, entre os melhores trabalhos de um pianista genial.

Ainda em 1992, Montoliu se apresenta no Festival Internacional del Castell de Perlada, como solista convidado da Orquestra Sinfônica de Cadaqués, onde interpreta a suíte “Porgy and Bess”, dos irmãos  Gershwin. Durante as comemorações dos seus 60 anos, em 1993, recebe uma comovente homenagem por parte dos organizadores do Festival Internacional de Jazz de Barcelona. O concerto, realizado no “Palau de La Musica Catalana”, contou com as participações de Johnny Griffin e Roy Hargrove.

Em 1994, percorreu o Oriente Médio em uma turnê que passou pelo Egito, Jordânia e Síria. No final do ano, o pianista fez uma memorável apresentação no Festival de Jazz de Terrasa, na sua adorada Catalunha, em duo com o saxofonista Joe Henderson. No ano seguinte, mais uma maratona de apresentações em festivais de jazz pela Europa, como os de Gasteiz, Marciac, Genebra e Junas (França, com Horacio Fumero e Peer Wiboris). Durante o Festival de Sevilha, Tete e seu trio convidam o veterano saxofonista francês Guy Laffite.

Montoliu chegou à sua centésima gravação como líder em 1996 e comemorou o feito com o álbum “Free Boleros”, onde, ao lado da cantora Mayte Martin, do percussionista Nan Mercader e do baixista Horacio Fumero, interpreta uma série de clássicos do bolero, com um indisfarçável acento jazzístico. Grande fã da música brasileira, Tete também lança um álbum inteiro dedicado às canções do maestro Tom Jobim, “Interprets Antonio Carlos Jobim” (1996), para a gravadora Melopea Records.

O ano também é marcado pelas comemorações pelo aniversário dos seus 50 anos como músico de jazz e o pianista é homenageado pelaSociedad General de Autores com um concerto no Teatro Monumental de Madri, onde estiveram presentes Alvin Queen, Gary Bartz e Tom Harrell, entre outros. A nota triste é que naquele ano tão fecundo o pianista recebeu o diagnóstico de um câncer.

No ano seguinte, embora bastante debilitado, ele ainda encontrou forças para participar do Festival de Jazz de Terrasa e para se apresentar, em março, no Palau de La Música Catalana, em um recital de piano solo. O concerto, realizado no dia 21 de março, foi gravado e posteriormente lançado em cd pela gravadora DiscMedi. Tete Montoliu morreria apenas três dias depois, no dia 24 de março de 1997, em Barcelona.

O pianista recebeu várias condecorações e homenagens durante sua longa carreira, com destaque para a “Creu de Sant Jordi de La Generalitat de Catalunya” e a “Medalla de Oro del Ayuntamiento de Barcelona”. Torcedor do Barcelona ganhou do clube de coração a insígnia de “Oro Y Brillantes del Football Club de Barcelona”.

O incansável Pedro Cardoso, nosso querido Apóstolo do Jazz, ensina que Tete “foi, sem dúvida, bem influenciado pela arte de Bud Powell e de Al Haig e, de alguma forma por Lennie Tristano, ainda que tivesse desenvolvido ao longo de sua trajetória um estilo e uma “linguagem” muito pessoais, com base em uma pulsação percussiva, com articulação nítida e forte inclinação por toques golpeados com rapidez; em alguns solos nota-se certa descontinuidade, acentuadas “escapadas” da estrutura em desenvolvimento, assim como farto ludismo na exploração de figuras bluesy”.

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