Novidades de Brötzmann
Música e outras coisas

Novidades de Brötzmann


O mercado recebeu há pouco dois novos álbuns de Peter Brötzmann. Um deles é um relançamento com disco bônus (material inédito). Trata-se do grupo Full Blast, que aparece em edição nova do álbum Black Hole _agora duplo. A novidade é uma gravação do Full Blast ao vivo em 5 de novembro de 2005, no Tampere Jazz Happening, na Finlândia. Chamado de Black Hole/Live at Tampere, o álbum duplo traz o trio que esteve em SP e Porto Alegre em junho de 2008 (além de Peter, Marino Pliakas (baixo elétrico) e Michael Wertmueller (bateria)). Brötzmann apresenta sua ampla palheta, indo dos saxofones tenor e alto ao clarinete e tarogato. Quem lá esteve para apreciar o saxofonista alemão em ação sabe o que esperar: de Pliakas, baixo pesado, transformado por pedais e distorções; das mãos e pés de Wertmueller, intensidade mais rocker que jazzística; de Brötzmann, as torrentes vulcânicas a que nos acostumamos.


A apresentação reportada nesse disco ao vivo em Tampere, que carrega sete faixas, foi um dos primeiros shows protagonizados pelo Full Blast. Em muito traz o que pôde ser ouvido em seu primeiro álbum oficial, gravado um pouco depois, em Loft Kohn (Alemanha), no ano de 2006. A ideia original do selo é que essa versão dupla Black Hole/Live at Tampere se restrinja a 1.000 cópias. Melhor será se mais gente puder ter acesso a essa incrível apresentação. O outro disco, “Black Hole”, apareceu em 2009 e mostra o grupo em faixas mais curtas e com uma pegada um pouco menos agressiva _mas não menos interessante.

Paralelamente a esse duplo, desembarca o álbum solo Lost & Found.


Gravado originalmente em 14 de julho de 2006, no Jazzgalerie (Alemanha), Lost & Found mostra Brötzmann em ação solitária alternada em alto, tenor, b-flat clarinet e tarogato. Creio que esse é o quinto disco-solo de Brötzmann e, mesmo sendo admirador incondicional de seu trabalho, sinto que as especulações solistas de Kaoru Abe e Evan Parker são mais intensas, profundas e melhor sucedidas que as do alemão. De qualquer forma, Brötzmann é Brötzmann e sempre merece nossa escuta atenciosa.



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