Música e outras coisas
DOUTOR, EU NÃO SOU POETA !
Nessa atividade diária com a poesia de cordel, de dois anos pra cá, tenho aprendido -e muito- com amigos poetas já consagrados.
O Jornal da Besta Fubana é um polo de desenvolvimento e luta pela manutenção desSa tradição maravilhosa que os poetas nordestinos não deixam morrer.
A literatura de cordel é uma marca na cultura do Nordeste brasileiro que interessa a estudiosos e pesquisadores da literatura universal, tanto pelo seu aspecto folclórico, como do ponto de vista histórico.
Fincou raízes por aqui de tal maneira que é difícil dissociar seus elementos com os da cultura ibérica de onde evoluiu e aqui aportou trazido pelos colonizadores.
Apaixonei-me de tal modo por essa arte que sempre admirei desde a infância, ouvindo os emboladores, cantadores, repentistas em geral, mas nunca havia tentado escrever poesia de cordel.
Até que, instigado pelo movimento cordelista abundante no Jornal da Besta Fubana, que congrega gente de todo o Brasil, passei a praticar e estudando sempre as formas e modos de versejar, tentando sempre obedecer às rígidas regras dessa arte, tenho hoje algum reconhecimento dos meus pares.
E uma forma de agradecer a eles é divulgar as suas glosas, no meu espaço literário, que são os blogs SETE INSTRUMENTOS e PROSA & RIMA (este desativado, no momento) e também na minha coluna do JBF (Mascate das Lembranças).
Trago então um mote do caro poeta JESUS DE RITA, de Acari, RN, que foi glosado pelo nosso grupo de apaixonados por cordel, destacando Maria de Lourdes Catunda, de Ipu (CE), a nossa querida DALINHA CATUNDA.
O mote é: "Doutor eu não sou poeta, sou curioso somente." Vamos às glosas:
DOUTOR, EU NÃO SOU POETA.
Mas creio que não tem jeito
DOUTOR, EU NÃO SOU POETA.
DOUTOR, EU NÃO SOU POETA.
MAS DOUTOR, NÃO SOU POETA
Com mil versos num repente
eu sei que sou um pixote,
DOUTOR, EU NÃO SOU POETA..
sou somente “versão Beta”,
mas digo, muito contrito:
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